Capítulo 37

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Maitê

Heitor precisou sair cedo para resolver algumas coisas na empresa e por isso Cami está aqui comigo.

Hoje Cecília completa uma semana de vida, ela é a bebê mais fofa e delicada que eu já vi.

Sou extremamente apaixonada na minha princesinha.

Estamos na sala assistindo um filme que está passando na TV, Cecília está dormindo entre nós duas no sofá.

- E então, como anda com o Enzo? - pergunto.

Desde que ela me falou que gostava dele eles estão ficando exclusivamente juntos, somente eles, sem mais ninguém.

Não oficializaram um namoro mas qualquer um que olha de longe vê que estão apaixonados. Por fim, ele era louco por ela e tinha medo de falar também. 

- Normal... - nesse momento Ceci chora.

- Oh filhinha, tá com fome? - pego ela em meu colo, levanto a blusa e posiciono em frente ao meu seio exposto.

A garotinha está com fome quase arrancando meu peito fora.

- Então, normal como? - pergunto e Cami está focada na minha filha.

Sua expressão é de terror e ela está com os olhos arregalados.

- Ei? Quer um pouco de leite também? - dou risada da cara dela e logo ela me encara.

- Desculpa... - seu olhar está perdido, ela está estranha.

- Oxi, que bicho te mordeu?

Ela se vira totalmente pra mim e põe a cabeça entre as mãos apoiadas na perna.

- Amiga... Eu tô com medo, acho que... - seus olhos encontram com o meu e estão cheios de lágrimas.

- Meu deus Cami, o que aconteceu? - pergunto preocupada me virando pra ela ainda com Ceci no meu peito.

- Eu acho que eu tô grávida.

Ela seca as lágrimas e me olha assustada.

- Como assim acha?

- Minha menstruação tá atrasada. - percebo em sua voz o medo.

- Você fez o teste?

Ela nega com a cabeça, abro o aplicativo da farmácia e peço 3 testes de gravidez, só pra termos certeza.

Não demora muito para que o motoboy chegue e Cami o recebe.

Ela entra no banheiro fazendo xixi no 3 potinhos e coloca o palito neles.

Coloco Ceci dormindo no berço e vou até ela, observo o líquido em cima da pia e minha amiga sentada no vaso sanitário.

- A ideia de ter um bebê é tão ruim assim? - me sento no banquinho do espaçoso banheiro.

- Eu tô com medo, nunca me imaginei sendo mãe e... - ela me olha - você faz tudo tão perfeito, a Ceci tem sorte de ter uma mãe tão perfeita como você.

- Amiga... - seguro sua mão - eu não sou perfeita. É difícil ser mãe, tem momentos que eu quero surtar mas quando eu olho para aquela coisinha minúscula, eu vejo o real significado de amor. O amor mais puro e lindo que eu já vivi.

- Meus pais vão me matar... - ela desaba em lágrimas e me abraça.

Meu coração se aperta em ver tal situação.

Enxugo as lágrimas de seu rosto e a olho com ternura.

- Independente do resultado eu vou estar com você, ok?

O celular toca marcando que o tempo já foi suficiente para sabermos o resultado.

Me levanto e ela vai em direção aos potinhos tirando um por um.

Ela junta os três e seus olhos focam nos palitinhos.

- Aí meu deus... - ela começa a chorar e se abaixa no chão abraçando as pernas.

Não sei se ela está feliz ou triste.

- O que deu? - pergunto ansiosa e ela levanta a cabeça ainda com os olhos vermelhos.

- Deu negativo... Nunca estive tão aliviada. 

- Que susto Camily, pensei que Ceci iria ter um priminho.

No final demos risada e ela jurou tomar anticoncepcional até que estivesse pronta pra ter um bebê.

Ela é minha melhor amiga, mas se estivesse grávida e decidisse não seguir a gravidez eu não sei como reagiria.

Afinal, acabei de parir o amor da minha vida e eu só quero proteger ela de tudo e todos. 

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Flame - CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora