Capitulo 29

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Heitor

Alguns minutos antes

Sinto minha cabeça latejar e minha visão ficando escura, quase não tenho força pra me manter de pé.

Alguém me apoia ajudando me a andar, quando dou por mim estou no segundo andar do casarão.

Não bebi o suficiente para ficar bêbado. O que está acontecendo?

Sou jogado no chão e sinto minhas costas doerem por fim apagando.

Acordo com a movimentação no pequeno quarto, ainda jogado no chão minhas mãos estão amarradas, há uma fita em minha bota e estou sem minhas roupas.

Porra, que merda eu fiz? Não me lembro de nada.

- Olha só quem acordou. - a lâmina da faca está em meu queixo me obrigando a olhar para cima. - Olá bela adormecida.

É como se olhar no espelho e ver uma versão má e desprezível de você mesmo. Minhas roupas estão em seu corpo me causando um arrepio e medo do que ele possa fazer.

Meus primeiros pensamentos são: Maitê e Cecília. Tento sair das amarras me movimentando mas falho.

- É melhor não tentar fazer nada ou a sua preciosa vadia morre. - ele diz e arranca a fica da minha boca e não me seguro.

- Se você encostar um dedo nela eu juro que eu vou te matar, seu desgraçado. - me descontrolo e logo sou calado novamente com a fita.

Dois homens estado próximos de mim ambos segurando facas e prontos para usá-las a qualquer momento.

O medo me consome mão posso deixá-los chegar perto das minhas meninas.

Meu irmão ajeita a máscara preta em seu rosto e sai em direção ao corredor.

A única coisa que consigo fazer é rezar.

- Por favor Deus, cuide das minhas meninas. Não deixe que ele faça nada de mal com elas. - as lágrimas amavam cair enquanto clamo baixinho - Elas são minha família, proteja elas mesmo que eu tenha que morrer para isso.

Maitê

- Por que tá fazendo isso? - tomo forças para falar sentindo meu rosto inundado de lágrimas.

Suas mãos nojentas passeiam pela minha cintura me dando vontade de vomitar.

- Ah, querida... eu fiz uma pequena promessa há anos e só vim cumpri-la. - tento reagir e sair de seu agarre mas seus braços me seguram forte.

- O que você quer Hugo? - pergunto direta.

- Olha, gostei de como meu nome soou na sua boca. - ele ri - Sabe, eu acho que te matar não vai ser tão torturante assim. - arregalo os olhos e penso na minha filha e em Heitor - Acho que quero me divertir com você antes.

- Por favor, eu estou grávida. - digo pensando que isso poderia fazê-lo mudar de ideia.

- Bingo, e é aí que as coisas ficam ainda melhores. Ver meu irmão perdendo a mulher e o filho será inesquecível. - meu choro aumenta e sinto um agarre em meu braço me puxando. - Você vai subir comigo e se der algum alarme de que vai gritar ou fugir já sabe não é ?

Assunto com a cabeça seguindo ele e procurando por algum olhar familiar que possa me acudir. Meus passos são lentos e tento ao máximo pedir uma ajuda silenciosa.

Não vejo nada, ninguém reparou e o medo me consumiu por completo sem esperança de sair dessa.

Ele destranca a porta do quarto e dois homens fortes saem de lá, a visão do meu Heitor jogado no chão usando apenas uma cueca me faz chorar ainda mais.

- Fiquem lá embaixo e me avisem se houver algo estranho. - ele da ordem aos brutamontes e me joga na cama do quarto.

- Meu Deus... Ele te machucou? - pergunto olhando para Heitor.

Sua boca está tapada com uma fita e seus olhos estão vermelhos, minha visão está embaçada pelas lágrimas.

- Estou conseguindo exatamente o que eu prometi não é irmão? - ele se agacha em frente ao homem caído no chão e aponta a faca em seu peito - Mas vai ser um pouquinho pior, eu achei ela bem gostosa... acho que temos alguns gostos iguais não é ?

Ele da uma gargalhada e o nojo me preenche.

- Eu vou transar com ela aqui, agora e você vai assistir tudo. E depois... - eu vou matar ela e essa porra de bebê que era tem na barriga.

Heitor se mexe tentando se levantar mas o irmão chuta seu peito, seu rosto franze de dor e ele me olha como um pedido de desculpas balançando a cabeça e meu mundo acaba ali.

Não podia terminar assim... minha última gota de esperança se esvai quando ele se põe sobre mim e ouço a porta se abrindo bruscamente.

Marco

Vou esperar essa breguice de dança acabar e ir embora, Maitê está com Heitor no meio da pista, observo sua expressão e... lágrimas? Não parecem ser de alegria.

Eu vou matar esse desgraçado, algumas pessoas entram em minha frente e eu os perco de vista, encontro meus pais dançando na lateral e vou até eles.

- Maitê está em prantos junto com aquele filho da puta, perdi eles de vista. - meu pai me olha assustado e começa a procurar eles também. Do outro lado do grande salão consigo ver ele segurando ela pelo braço e subindo as escadas.

As pessoas começam a dar as mãos e formar uma roda como se fosse parte de uma dança maluca e por alguns segundos ficamos presos dentro.

- Da licença porra. - peço as pessoas mas elas parecem não ouvir pelo som alto.

Parece uma eternidade quando saímos de lá e vejo dois homens sem máscara descendo as escadas, observo suas expressões nada convidativas.

Eles se comunicam e por fim se dispersam no meio do salão, subo a escada correndo e começo a abrir as inúmeras portas, algumas trancadas então arrombo uma por uma.

Meu pai está logo atrás de mim seguido por minha mãe com uma expressão preocupada.

Uma luz fraca seguida de uma movimentação vinha da última porta do lado esquerdo do corredor, corro até lá e tento abri-lá. Trancada.

Alguns chutes depois ouço gritos que parecem ser da minha irmã e o desgraçado em cima dela.

Não penso muito quando o empurro jogando o no chão e deferindo socos em seu rosto.

O verme tenta se virar mas dou um soco tão forte que seu rosto relaxa e ele cai completamente no chão desmaiado.

- Heitor... meu Deus - minha irmã está ao lado da cama e quando olho vejo... porra. Que merda é essa?

Se Heitor está ali, quem é o homem que eu quase matei?

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Uma bomba atrás da outra 💣

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Flame - CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora