CAPÍTULO 24 A MANIPULADORA

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— Há alguma coisa que eu preciso saber antes de você me trazer para o ninho das cobras? — pergunto enquanto Sooyoung dirige até o estacionamento.

Estacionamento com manobrista em sua própria casa. Essa merda deveria ser ilegal.

— Aqui, Sou homem, meu nome é Adam Forthright. Sou um milionário por mérito próprio e tenho minha própria empresa de web design. Nós moramos juntos no Casarão Peaches e somos um casal feliz, mas eu pulo a cerca e vou a clubes de cavalheiros sem o seu conhecimento.

Meus olhos saltam para os dela. Ela tem ido a clubes de cavalheiros? Tipo, os clubes que oferecem mulheres em uma bandeja de prata para os homens se divertirem? Clubes de cavalheiros de pessoas ricas, aqueles ocupados por sádicos corruptos. Quem sabe o que acontece nesses lugares com essas pobres mulheres?

Sentindo meus pensamentos, ela sorri.

— Antes que você julgue, eu não fiz e nunca vou me entregar ao que eles oferecem lá e, eventualmente, vou tirar todas essas garotas de lá. Mas eles não sabem disso. Não tenha ciúmes, ratinha. Ninguém jamais será capaz de deixar meu pau duro, exceto você.

O heroísmo guerreia com sua suposição imprudente. Parte de mim quer derreter, enquanto a outra, endurece em granito por ser acusada de tal coisa.

Eu reviro os olhos.

— Eu não estou com ciúmes — eu retruco. — E, para mim, parece que você tem disfunção erétil.

Ela reprime um sorriso, um olhar conhecedor brilhando em seus olhos. Sua voz se aprofunda enquanto ela fala preguiçosamente:

— Continue, e você vai se engasgar com essas palavras quando meu pau estiver enchendo sua garganta novamente. Todos que passarem me verão fodendo sua boquinha suja, e não haverá uma única pessoa naquela casa que não esteja ciente disso quando eu terminar.

Eu zombo, virando minha cabeça para longe dela. Apenas para esconder o rubor que sinto subindo pelas minhas bochechas e a emoção poderosa percorrendo a minha espinha. Ainda sinto a mordida fantasma de metal da fivela de seu cinto em volta do meu pescoço, e sei com toda certeza de que Sooyoung cumpriria sua ameaça se eu forçasse a barra.

Idiota.

Ela continua como se não tivesse acabado de me servir a ameaça mais deliciosa que já ouvi.

— Não fale de sua vida pessoal. Nada que signifique alguma coisa para você de qualquer maneira. Você está aqui para obter informações sobre Gigi, e isso é um incentivo suficiente.

— Incentivo? — interrompo, virando minha cabeça para ela.

— Você está entrando no ninho da víbora porque Mark encontrou algo com o qual você se importa e está segurando isso sobre sua cabeça — explica Sooyoung claramente. Eu fecho minha boca, arrependida e um pouco preocupada.

— Se ele descobrir mais alguma coisa com que você se importe, isso será algo que ele usará a seu favor se tiver a chance.

Minha boca se escancara.

— Mas não se preocupe — diz ela, interrompendo antes que eu possa exigir que ela me leve para casa. — Vou esfolar a pele do corpo dele antes que ele possa sequer pensar em fazer qualquer coisa para machucá-la.

Com isso, ela abre a porta, sai e joga as chaves para o manobrista que espera, fechando a porta com firmeza e cortando qualquer pergunta que eu tinha na ponta da língua.

Tipo... posso ir para casa agora?

Estou me perguntando se vale a pena resolver o assassinato de Gigi ao me envolver com pessoas perigosas. Mas é muito tarde. Estou aqui, e estou determinada a responder pelo menos mais algumas das minhas perguntas antes que Sooyoung me leve para casa.

1°  Livro| Assombrando Jiwoo (G!P Chuuves)Onde histórias criam vida. Descubra agora