CAPÍTULO 42 A MANIPULADORA

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— Você está surpresa? — pergunto pelo telefone, girando a rosa vermelha entre meus dedos. Acordei com Sooyoung desaparecida e uma rosa em seu lugar.

A minha mãe suspira.

— Não, Não estou. Isso explica muito sobre sua vovó e seu estranho apego à casa.

Estou enrolada no sofá assistindo o canal de notícias, um sentimento de orgulho enchendo minhas veias como as palavras Últimas Notícias e Caso arquivado de 75 anos é resolvido aparecendo na tela.

Jungeun e eu reportamos nossas descobertas à polícia esta manhã. Passaram horas e horas analisando as nossas provas. Até que, depois de verificar que o número de série e os resultados do teste de DNA eram autênticos, eles declararam Frank Seinburg, o homem que assassinou Genevieve Peaches a sangue frio. Seu motivo: amor não correspondido.

Eles confiscaram os diários por enquanto, mas os fiz jurar que iriam devolver. O policial olhou para mim como se eu estivesse desequilibrada quando o fiz jurar fisicamente. Mas me fez sentir melhor por me separar dos diários, mesmo que seja temporário.

O repórter na tela fala da bisneta da vítima tropeçando em diários escondidos na parede e como isso levou à descoberta de seu assassinato e quem o fez. Olho para a janela, uma série de luzes piscando através do vidro.

Os repórteres estão do lado de fora da minha casa. Eles queriam colocar o Casarão Peaches em segundo plano na Tv. O que seria de uma história assustadora sem uma velha casa vitoriana atrás de uma linda mulher loira com batom vermelho nos dentes?

— Ela deve ter sentido tanta culpa a vida toda — digo baixinho, o pico de tristeza persistindo desde a percepção de que Nana ajudou a encobrir o assassinato.

Para minha surpresa, mamãe não me deu uma resposta sarcástica.

— Imagino que sim, Jiwoo. Isso é um fardo pesado para carregar, especialmente porque ela tinha apenas dezesseis anos quando aconteceu.

Ela provavelmente estava muito traumatizada.

Eu franzo a testa com mais força.

— Me surpreende que ela sempre tenha sido tão feliz.

— Às vezes, as pessoas mais felizes são as mais tristes — diz ela, recitando uma citação comum.

— Então, quais são as pessoas mais miseráveis do mundo?

— As cansadas.

— Parece miserável.

Ela dá uma gargalhada seca.

— Eu tenho uma casa em exibição daqui a pouco. Tenho que ir. Vejo você em algumas semanas no Dia de Ação de Graças.

— Ei, Mãe? Eu tenho uma última pergunta — eu apresso, as palavras explodindo de mim. Algo estava me incomodando sobre o caso, e a necessidade urgente de perguntar é insuportável.

Ela suspira, mas permanece na linha, silenciosamente me incentivando.

— Você me enviou um envelope preto cheio de fotos e uma carta?

Ela fica em silêncio, e meu coração dispara no meu peito.

— Mãe? — indago.

Ela limpa a garganta.

— Acho que sua vovó e eu somos mais parecidas do que você pensava.

Meus olhos se arregalam quando a compreensão surge, atingindo-me diretamente no peito. Ela me enviou o envelope. O que significa que ela sabia o tempo todo sobre o assassinato de Gigi e o papel da vovó nele.

1°  Livro| Assombrando Jiwoo (G!P Chuuves)Onde histórias criam vida. Descubra agora