CAPÍTULO 38 A MANIPULADORA

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Todas as informações que Jungeun e eu reunimos até agora estão espalhadas no balcão diante de nós. Torço meus lábios enquanto reflito sobre o que sabemos pela milionésima vez, e Jungeun torce seu piercing, girando e girando. Ela está esperando uma ligação para saber os resultados do teste de DNA do sangue no relógio.

— Sabe, ainda não descobrimos quem me enviou o envelope com todas aquelas fotos e o bilhete — murmuro.

— Sim — diz Jungeun, deixando os braços caírem e franzindo os lábios. — Isso é tão estranho. Não faço ideia de quem pode ter sido.

Assim que abro a boca, o celular de Jungeun toca. Ela pegar o aparelho tão rápido como se estivesse o tirando do fogo.

— Alô? — ela atende, colocando a chamada no viva-voz.

— Alô, Lip Jungeun? — uma mulher pergunta.

— Sou eu — ela responde, a ansiedade a fazendo olhar ao redor da sala. Ela morde o lábio inferior, deixando os brancos da frente à mostra, enquanto eu também mordo os meus.

— Estou com os resultados referentes à amostra que você enviou. — Ela faz uma pausa, e a sensação é igual quando uma montanha-russa para no ponto mais alto dos trilhos. E apenas por um único segundo você está suspenso no tempo antes de cair de volta ao chão. — Encontramos uma correspondência. Genevieve Peaches.

Meus olhos castanhos se encontram com seus olhos igualmente castanhos em uma sinfonia de choque e excitação. Jungeun limpa a garganta.

— Perfeito. Obrigada, Gloria. Eu agradeço.

— Sem problemas — ela diz antes que a ligação se encerre. O silêncio mútuo se estabelece enquanto Jungeun e eu processamos a nova informação.

— Puta merda.

Antes que eu consiga processar completamente a informação, Jungeun estende a mão para sua bolsa e tira um envelope grosso de papel pardo.

— Fiz alguns testes e pesquisas por conta própria. Consegui encontrar uma amostra da caligrafia de Frank em um boletim de ocorrência e na carta que encontramos, e as enviei para um analista. Agora, só para te conscientizar, a grafologia nem sempre é levada a sério em nome da ciência, mas houve casos em que ela foi levada em conta no tribunal.

Independente disso, acho que será uma boa evidência.

Meus olhos se arregalam de excitação.

— Sério? Deixe-me ver.

Ela levanta um dedo, sinalizando para eu esperar.

— E também, lembra como o número de série estava ilegível no relógio? — Quando eu aceno, ela continua. — Tenho um amigo que é muito bom em decifrar essas coisas, e ele acha que encontrou uma correspondência. Essa, Jiwoo, é a verdadeira evidência. Se confirmarmos que o relógio de Frank está coberto do sangue de Gigi, e se a caligrafia for compatível, isso é evidência suficiente para provar que Frank foi o assassino.

— E aí?

Ela morde o lábio.

— Esperei para abrir o e-mail com você. Então, está pronta?

Aceno com a cabeça ansiosamente, a impaciência inflando no meu peito.

Ela abre o envelope primeiro e puxa os resultados. Colocando-os no balcão, nós duas quase batemos a cabeça tentando lê-los.

...em relação às duas amostras fornecidas, foi determinado que a caligrafia...

— Ai meu Deus. Elas coincidem! — grito, quase sem fôlego por causa da animação.

1°  Livro| Assombrando Jiwoo (G!P Chuuves)Onde histórias criam vida. Descubra agora