👑| Com o coração de vilã,
Ela tem as armas que dominam o jogo,
Menina veneno,
A gente ainda se encontra de novo|
Aqui faz jus ao que dizem: escondido é mais gostoso.
Beatriz Zaneratto, podemos dizer que já é quase uma voz da experiência, com vária...
Acordo com o som insuportável do despertador tocando pela terceira vez. Desligo e bufo em seguida. Obrigada Deus pela entrevista de emprego, mas que preguiça da desgraça de levantar.
Levanto e escolho uma roupa confortável e formal para vestir. Talvez ir com uma boa aparência me de mais chances de conseguir o cargo. Pego a roupa e vou para o banheiro. Tiro a camiseta que eu uso como pijama e entro no banho. Tomo um banho frio e demorado, aproveito e lavo o cabelo. Saio do banho colocando a roupa e em seguida seco meu cabelo e prendo o mesmo em um coque baixo. Aproveito e faço uma make, não muito forte para não parecer reboco mas nem muito fraca. Escolho uma bolsa e por fim me olho no espelho. Gostosa pra caralho.
Look:
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Talvez eu tenha me arrumado muito? Talvez... mas se nada der certo eu saio para tomar um café e finjo ser uma empresária rica em uma típica manhã de segunda-feira.
Como diria a Ary: Paty pra caralho.
Desço as escadas e abro os armários da cozinha a procura de algo para comer. Não quero ser pega desprevenida com um belo ronco da minha barriga. Pego e abro uma bolacha trakinas que deve estar guardada no armário a meses e uma xícara de café que por sinal foi feito ontem e como rapidamente. Após comer subo novamente para o meu quarto e escovo os dentes em seguida retocando o gloss labial da moranguinho e passando diversas borrifadas de perfume pelo corpo. Novamente me olho no espelho vendo se não tem nada de errado na minha roupa e rio ao perceber que nem de salto eu não fico um pouquinho se quer mais alta. Vida difícil de um anão com 1,55.
Paro de rir e pego meu celular colocando dentro da bolsa e em seguida pego o cartão de memória que estava dentro da minha camera, tenho em mente mostrar alguns trabalhos que fiz a um tempo atrás que ficaram incríveis. Desço as escadas pela segunda vez na manhã e procuro a chave do meu carro e saio de casa em seguida. Por mais estranho que pareça ontem resolvi não incomodar a vizinha e estacionei meu carro na minha própria garagem.
Olha só, não sou tão má assim.
Dou partida e em alguns minutos já estava no meio da muvuca que é o trânsito dessa cidade. Não sei se tem algo mais irritante e que me estressa mais do que esperar em filas ou ficar parada no trânsito. Encosto a cabeça no banco e bufo todo o ar que era possível ter em meu pulmão. Admito que estou nervosa, depois do meu último (e primeiro) emprego eu não trabalhei em mais nenhum lugar então não estou tão encorajada assim. Espero do fundo do meu coração que eles ou seja lá quem for que vá me entrevistar, que não saiba todo o rolo que eu causei no meu último trabalho, ou que se souber, queira me dar uma chance. Eu amo o que faço, desde pequena fui encantada por câmeras, em um dos meus aniversários meu pai me deu uma câmera fotográfica após muita insistência minha em pedir para ele, depois desse dia eu não tive mais dúvidas do que gostaria de fazer pelo resto da vida. Registrei tantos momentos que agora posso me recordar de diversas coisas, dos sorrisos da minha mãe, dos nossos passeios juntas, das quimioterapias dela, que mesmo que fossem sofridas ela sempre estava sorrindo, sempre alegre, nada a abalava.
