Dezenove

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Maria Luiza point of view

...

O jogo acabou de terminar e foi insano. As meninas arrasaram e como um bom clássico deram o sangue (literalmente), Gutierrres mal tinha entrado e já tinha esfolado o joelho.

Confesso que a maior parte do jogo eu passei assistindo. Não tive como não me distrair, as meninas jogaram demais hoje.

Amanda: Eai gatinha- fala vindo em minha direção após elas comemorarem a vitória.

Vitória que foi de 3x0, dois gols feitos pela querida Zaneratto e um feito pela Gutierres.

Eu: Arrasou hein?- falo e a mesma me abraça toda suada- Gutierres!- falo choramingando.

Amanda: Acho que a tua carona com a Bia deixou ela mexida- fala mais perto do meu ouvido.

Eu: Ãn?- pergunto confusa.

Amanda: Ela não tirava o sorrisinho do rosto- fala e reviro os olhos.

Eu: Você viaja né? Ela tá sorrindo porque fez dois gols e não porque eu peguei carona com ela- falo como se fosse óbvio.

Amanda: Não sei o que rolou no carro mas ela tá meio bobona- fala levantando as mãos para o alto.

Eu: Tá insinuando que aconteceu alguma coisa no carro?- pergunto como se ela tivesse falado a maior atrocidade.

Amanda: Não falei nada, só disse que ela tá esquisita- fala e reviro os olhos.

Eu: Deu de conversinha e vai tomar um banho logo- falo e ela me puxa.

Amanda: Só vou se você for comigo- fala e eu me engasgo.

Eu: Tá doida?- pergunto e ela solta uma gargalhada alta.

Amanda: Vai pra igreja garota! Eu falei pra você vir junto comigo até no vestiário- fala e eu respiro aliviada.

As vezes eu realmente acho que eu preciso ir pra igreja mesmo.

Entramos no vestiário e estava a maior algazarra. As meninas pulavam e batiam as portas dos pequenos armários.
A folia toda não durou muito tempo porque mandaram as meninas tomarem banho rápido. Me sentei em um dos pequenos bancos que tinha ali .

Sem muita demora as meninas começaram a sair das cabines já tomadas banho e aos poucos foram se encaminhando para fora do vestiário.

Amanda: Vamos? Dessa vez você vai com a gente se não vai que você se perde de novo- fala me puxando para fora do vestiário e a sigo.

Eu: Menos Gutierres, bem menos- falo rindo.

Caminhamos até quase chegar ao fim do corredor onde dava saída para o ônibus e Gutierres para de caminhar.

Amanda: Eita cacete- fala passando as mãos pelo bolso da calça.

Eu: O que foi?- pergunto parando ao seu lado.

Amanda: Esqueci meu fone de ouvido lá no vestiário- fala bufando- Pega lá pra mim? Tô caminhando toda torta não vou aguentar caminhar tudo isso de volta- fala e dessa vez quem bufa sou eu.

Eu: Eu vou mais só hoje, não vai achando que eu fico fazendo favorzinho de graça não- falo e ela revira os olhos.

Corro em direção ao vestiário novamente, dessa vez sem bater em ninguém. Entro e começo a procurar o fone de ouvido dela.

Bia: Tá fazendo o que aqui ainda?- pergunta me dando um susto e solto um gritinho.

Eu: Puta! Cacete! Pra que me assustar caralho?- pergunto me agachado por sentir minhas pernas fracas.

Fracas pelo susto e por ver ela só de top e calção.

Bia: Eita boquinha suja- fala se aproximando.

Pelo amor de Deus não se aproxima meu senhorrrr.

Bia: Afinal, o que você tá fazendo aqui ainda?- pergunta em uma pouca distância.

Eu: Eu que te pergunto, o que você tá fazendo aqui ainda?- devolvo a pergunta a olhando nos olhos.

Tentando olhar para os olhos e não para o abdômen.

Bia: Ta bem distraída né? Meus olhos são aqui Maria Luiza- fala e subo meu olhar vagarosamente para os olhos da mulher- Se perdeu de novo?- pergunta e eu reviro os olhos.

Eu: Não Zaneratto eu nao me perdi- falo a centimetros do seu rosto- Parabéns pelo jogo de hoje, jogou mal pra caralho! Eu julgo que deva ser a idade que já tá batendo na porta- falo sorrindo com deboche.

Bia: Vindo de você um elogio, tô impressionada- fala cruzando os braços e novamente seguro para não abaixar o olhar para seus peitos.

Que tentação meu senhor.

Eu: Poisé né na próxima joga melhor- falo dando duas batidinhas em seu braço e a mesma me puxa para perto dela.

Bia: Não tem medo do perigo né?- pergunta me segurando pela cintura.

Eu: Você é o perigo?- pergunto sussurrando contra seu rosto.

Bia: Como você consegue ser tão insuportável e gostosa ao mesmo tempo?- pergunta me apertando mais contra seu corpo.

Eu: Olha só até você caindo no meus encantos?- pergunto sorrindo debochada- Eu sabia que você não iria resistir- falo contra sua boca.

Bia: Eu acho que é o contrário- a mesma sussurra contra meus lábios também.

Eu: Eu não cairia no teu papinho, nem morta- falo roçando meus lábios nos dela.

Bia: Ah é? Não cairia?- fala me provocando deslizando a mão sobre minha bunda.

Eu: Não- falo quase em um gemido quando ela me aperta mais contra seu corpo.

Me afasto abruptamente da mesma.

Eu: Eu preciso achar o fone da Gutierres- falo respirando fundo.

Bia: Atiça e depois foge né? Ficou com medo Luiza?- pergunta chegando perto de mim novamente.

Eu: Você quer fuder comigo né? Se a Ariadina descobre que isso tá acontecendo ela me mata- falo explicando e vejo o sorriso malicioso em sua boca.

Bia: Não seria má idéia fuder com você!- fala me prenssando contra o armário.

Meu Deus.

Eu: Eu falei que eu não faço sexo com idosos, Zaneratto- falo sussurrando contra seu rosto novamente.

Bia: Eu tô louca pra fazer você engolir essas palavras- fala se aproximando deixando nossos narizes se tocarem.

Eu: E eu tenho certeza que não vai conseguir...

...

Aiaiai essas duas...

(Capítulo não revisado)




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