Imperatriz👑

Trinta e Quatro

Maria Luiza point of view

...

Eu: Vai Enzo me ajuda- falo rindo desesperada.

Nossos pais acabaram de chegar em frente à minha casa para nos buscar. Eu e Enzo estávamos na piscina até dez minutos atrás.
Eu apenas molhei o corpo no chuveiro para tirar o cloro da piscina e me vesti, Enzo conseguiu se enrolar até para tomar banho.

Enzo: Mas é você que tá secando meu cabelo!- ele fala e bufo.

Estou secando os cachinhos dele para não correr o risco de o mesmo pegar um resfriado.

Eu: Deu- falo tirando o secador da luz- Corre- falo pegando meu celular e minha mala.

Descemos correndo a escada e fecho a casa na velocidade da luz.

Enzo: Oi pai- fala com a maior cara de pau.

Pai: Eai filhão- fala beijando a testa do garoto e abre o porta malas colocando a minha mala lá.

Enzo entra no carro logo em seguida eu entro vendo que Ariadina também veio. Maravilha. A mesma estava com a cabeça encostada no acento do carro.

Enzo: Oie Ary- fala beijando a bochecha dela.

É nítido a preferência do garoto.

Ary: Eai meu Bolofofo- fala abraçando o garoto, a mesma muda sua atenção para mim por uns segundos mas desvia.

Mãe: Colocaram o cinto?- pergunta assim que meu pai da partida.

Todos: Sim- respondemos em uníssono.

Não demora muito para meu pai ligar as músicas da época dele.

Pelo amor de Deus.

Algumas eu até gostava, outras eu sabia toda a letra por escutar desde pequena. Meu pai cantava animado junto com Galdina, o mesmo batucava algumas vezes no volante.

Enzo: Meu Deus!- fala batendo na testa- Pai, coloca alguma música mais nova- ele fala fazendo todos rirem.

Pai: Enzo quem que tá dirigindo?- ele pergunta com deboche para o garoto.

Enzo: Você- ele fala revirando os olhos.

Pai: Então quem manda no rádio sou eu e tua mãe- fala e o garoto bufa- Oh presta atenção nessa- fala aumentando o rádio.

Todos: Tinha um sonho ir pra Nova York, levar a namorada- cantamos todos juntos menos o garoto- Fazer seu caminhão voar nas nuvens- cantamos em coro novamente.

Airton e Galdina: Mas enquanto isso na estrada- os dois cantam juntos.

Eu e Ary: Saudade vai, vai, vai- cantamos juntas.

Todos: Saudade vem, vem, vem, te buscar- finalizamos a música e rimos.

Minha infância foi feita ouvindo essa música.

...

Enzo: Mãe- fala choramingando.

Nós três atrás estávamos quietos a um bom tempo apenas escutando as fofocas que nossos pais contavam.

Galdina: Fala Enzo- a mesma para de falar com meu pai para responder o garoto.

Enzo: Vai demorar muito?- pergunta ainda choramingando.

Mãe: Tem cinco horas ainda- fala e o garoto bufa.

Enzo: Eu tô com fome e quero fazer xixi- o mesmo reclama- e eu tô apertado no meio dessas duas aqui- fala e olhamos indgnadas para ele.

Estava sentada quase grudada na porta do carro para deixar mais espaço para ele.

Eu: Enzo eu tô grudada na porta pra deixar mais espaço pra você reclamão- falo indgnada.

Ariadina: Digo o mesmo, olha aqui- fala apontando para suas pernas que estavam encolhidas.

Enzo: Agora vocês duas vão ficar contra mim?- pergunta e dessa vez ele é quem fica indignado.

Eu: Dorme pelo amor de Deus- falo puxando sua touca.

Enzo: Oh mãe- fala chamando Galdina- Olha o tipo dessa menina- fala fazendo todos nós rirmos.

Galdina: Enzo, come e fica quieto- fala entregando um salgadinho para o garoto.

Não demora muito e o mesmo abre o salgadinho fazendo o cheiro de queijo se espalhar por todo o carro.

Eu: Puta que pariu! Que catinga de chulé do caralho! Pai do céu abre os vidros- falo fazendo vento com as mãos.

Ariadina: Isso aí não é um salgadinho é uma bomba atômica- fala rindo.

Enzo: Foi a mamãe que comprou- fala dando de ombros comendo o salgadinho.

Galdina: Eu comprei mas não sabia que era catinguento assim- fala e o garoto ria enquanto comia.

Diabinho.

Pai: Meu Deus- fala rindo após abrir os vidros.

...

Pai: Quase chegando- responde pela milésima vez.

Enzo não aguentava mais ficar dentro do carro. O garoto não dormiu um minuto se quer, eu também não dormi mas era porque eu queria acompanhar a história da fofoca que meus pais estavam contando, Ary se juntou a eles e também estava contando algumas coisas que ela sabia.

Bando de fofoqueiro.

Mãe: Aleluia- fala assim que meu pai finalmente estaciona na casa de meus avós.

Enzo: Eu não aguentava mais vocês- fala passando por cima de mim para sair do carro.

Eu: A gente percebeu- falo retrucando o mesmo.

Olho ao redor vendo que tudo continuava do mesmo jeitinho de anos atrás, o jardim limpinho e cheio de rosas da minha avó, a casa pintada da mesma cor. Sinto que tudo aqui parou no tempo.

Avó: Meu Deus como cresceu- fala assim que vê Enzo.

Ary: Oh se cresceu- fala rindo e o garoto mostra a língua para ela.

Vejo meu avô sair de dentro da casa e o mesmo assim que me vê abre os braços. Não penso muito e apenas corro ao seu encontro o abraçando o mais forte que eu consigo.

Avô: Que saudade da princesinha do vô- fala me apertando no abraço.

Eu: Eu também tava com saudade do senhor- falo e sinto meus olhos se enchem de lágrimas.

Avô: Tá crescida, tá linda, igualzinha a tua mãe- fala sorrindo e vejo seus olhos marejarem também.

Pai: Oi pai- fala entrando no abraço- Como o senhor tá?- pergunta assim que todos nos separamos.

Avô: Melhor impossível- fala rindo.

Eu: Oie vó- falo abraçando a mesma.

Avó: Querida- fala me abraçando apertado também- Tá uma moça já- fala segurando meu rosto e deixando vários beijinhos por ali.

...