#5 - sem mais volta

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𝑪𝒖𝒊𝒅𝒂𝒅𝒐 𝒄𝒐𝒎 𝒐𝒔 𝒈𝒂𝒓𝒐𝒕𝒐𝒔 𝒒𝒖𝒆 𝒑𝒐𝒅𝒆𝒎
𝒕𝒆 𝒍𝒆𝒗𝒂𝒓 𝒂𝒕𝒆́ 𝒐 𝒄𝒆́𝒖.
𝑬𝒍𝒆𝒔 𝒔𝒂̃𝒐 𝒎𝒂𝒊𝒔 𝒑𝒆𝒓𝒊𝒈𝒐𝒔𝒐𝒔 𝒅𝒐 𝒒𝒖𝒆
𝒂𝒒𝒖𝒆𝒍𝒆𝒔 𝒒𝒖𝒆 𝒅𝒊𝒛𝒆𝒎 𝒒𝒖𝒆 𝒒𝒖𝒆𝒓𝒆𝒎 𝒕𝒆 𝒂𝒓𝒓𝒂𝒔𝒕𝒂𝒓 𝒂𝒕𝒆́ 𝒐 𝒊𝒏𝒇𝒆𝒓𝒏𝒐.

Eu me lembro vividamente da sensação que meu corpo presenciou enquanto eu corria naquele dia do Parque, enquanto lutava para respirar fugindo do Thomas e da sua perversidade.

É algo até ironicamente engraçado me lembrar daquilo agora, por que, pareço estar novamente lutando para me livrar da perversidade de Kellan agora.

Desde que ele entrou no meu carro, desde que me deu aquelas malditas bolinhas de chocolate.
Pareceu, por cada minuto, que ele estava determinado a me devorar.

Assim como Thomas naquele parque.

Mas tem muitas coisas diferentes do que o dia do parque.

Meu pulmão parece meio sem ar, tanto que há alguns minutos atrás eu estava quase a beira de mandar Kellan embora só pra poder usar minha bombinha no sigilo.

Mas quando os lábios de Kellan exploram e beijam meu tórax e seus dedos erguem minha cintura com carícias cautelosas eu nem me lbro do que é a necessidade de respirar. Na verdade meus pulmões ameaçam colapsar o tempo todo, mas o ar nunca desaparece.

É como se meu corpo soubesse que eu não quero que isso acabe agora.

Kellan Arkins me deixa sem ar, ele assim como muitos garotos me instiga a sensação de que eu deveria fugir antes de me arrepender de mantê-los por perto, ele me assusta, ele me causa raiva.

Mas porra, muito pior do que qualquer sentimento de medo que ele possa me causar, ele me excita.

Então ao invés de fugir dele, aqui estou eu. Desejando ser devorada.

- eu deveria parar? - sua cabeça se inclina entre meus seios, pela primeira vez eu sinto na minha carne a pressão do corpo de outra pessoa - seu coração parece que vai explodir.

- Hmm não é isso...

Vejo seus olhos negros se erguerem sob os meus, nunca pensei que castanhos pudessem ficar tão intensos mas neste momento eu mal consigo diferenciar suas pupilas da sua iris.

Ambas são intensamente obscuras.

Ele está quase deitado completamente no banco do carro, o estacionamento do lado de fora está completamente escuro e quase vazio.

Não consigo ouvir nada além da nossa respiração se sobrepondo.

- por que sua voz está tão trêmula? - ele questiona movendo a cabeça, mas seu rosto acaricia a parte farta dos meus seios e eu estremeço.

Espero que ele não tenha notado, mesmo que eu esteja mordendo firme o interior da minha boca pra não fazer nenhum barulho brusco.

- seus seios são sensíveis Aurora? - seus olhos estão profundamente focados nos meus, porra é claro que ele perceberia. Meus lábios estão quase sangrando de tanta pressão que estou pondo neles - é isso? Ou é por que eles são apenas virgens de toque?

Ele levanta a mão do meu quadril para apertar um dos meus seios, o espremendo contra seu rosto.

Isso por si só faz meus dentes soltarem a carne interna da minha boca.

DesacelereOnde histórias criam vida. Descubra agora