𝑂 𝑝𝑟𝑎𝑡𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑠𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑒 𝑓𝑟𝑖𝑜 𝑒́ 𝑑𝑒𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑖𝑛𝑔𝑎𝑛𝑐̧𝑎, 𝑡𝑜𝑑𝑜𝑠 𝑠𝑎𝑏𝑒𝑚 𝑜 𝑑𝑖𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎𝑟, 𝑛𝑎̃𝑜 𝑠𝑒 𝑝𝑜𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑒𝑟 𝑞𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑎𝑙𝑔𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑠𝑒 𝑝𝑟𝑒𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑜𝑚 𝑡𝑎𝑛𝑡𝑎 𝑑𝑒𝑑𝑖𝑐𝑎𝑐̧𝑎̃𝑜.
- 𝑨𝒑𝒓𝒆𝒄𝒊𝒆 𝒔𝒖𝒂 𝒓𝒆𝒕𝒂𝒍𝒊𝒂𝒄̧𝒂̃𝒐.
Levou algumas semanas pra convencê-los da idéia de me mudar.
Minha mãe negava que eu teria a capacidade de me virar sozinha se mudasse outra vez.
Meu pai teve que explicar a ela que eu era dona da minha própria vida agora e que não poderiam me impedir.
- só cuide bem de você como você faz com este carro - disse meu avô dando tapinhas de consideração no capô do Impala - de resto, sei que vai dar conta.
E ele ainda ajudou a empacotar tudo e me entregou um dinheiro extra, por precaução.
- vou com você - disse Alex enquando me ajudava a arrumar as caixas no porta malas.
O estranho de se mudar sozinha é que parece que sua vida toda cabe em apenas algumas caixas velhas.
- calma o que? Não! E a oficina? Ou o seu avô?
- qual é, se o seu vai ficar bem sem você o meu nem sequer vai dar falta de mim, além disso estou preocupado, a um tempo atrás você nem queria viajar pra sua casa e agora está se mudando do nada?
- Alex eu não preciso de um protetor.
- mas precisa de um amigo, não? - ele diz cruzando os braços - eu já fiz minhas malas, não pode me impedir.
Aff por que ele tinha que ser tão teimoso??
- tudo bem, mas se acabarmos morando em baixo da ponte e sem dinheiro lembre-se que foi você que quis ir.
Ele me olha meio assustado pelo pensamento de se tornar um sem teto, mas logo recupera sua pose de confiança.
- relaxa eu posso brigar por uns papelões pra fazer uma cama pra gente. - ele diz e depois de algumas horas, naquele mesmo dia, estávamos indo rumo a outra cidade.
Começar uma vida nova.
E ir atrás da minha vingança.
Brigamos para por as músicas, rimos muito e dormimos no estacionamento de postos de gasolina enquanto não estávamos procurando por um apartamento ou um novo emprego na nova cidade.
Até que um anúncio de apartamento apareceu e podíamos pagar o primeiro aluguel em três meses.
Aquilo era perfeito.
Podíamos morar em um lugar descente antes mesmo de nos preocuparmos com dinheiro.
Quando entramos na cidade o cheiro de fumaça de motor e asfalto quente invade meus poros, usamos o GPs para chegar até o estacionamento do novo apartamento.
Lar doce lar.
Já é um alívio não termos que dormir no carro por algumas semanas, e isso seria assustador.
Eu peço uma chave na entrada do prédio após assinar os contratos, falei com eles por telefone e a mulher no balcão ainda me olhou atentamente até se convencer de que não iríamos roubá-los ou vender metanfetamina no banheiro do apartamento.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Desacelere
FanfictionAurora Brooks nunca teve um convívio justo com seu destino, ela teve que abrir mão de sua carreira como atleta por conta da asma que se desenvolveu drasticamente em seu corpo, além de carregar a culpa da morte de sua amiga de infância Claire Arkins...