#26 - o cavalo de tróia

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sᴏᴜ ᴜᴍᴀ ʙᴏᴀ ᴘᴇʀᴅᴇᴅᴏʀᴀ.

sᴇɪ ᴀᴅᴍɪᴛɪʀ ᴍᴇᴜ ᴘʀᴏ́ᴘʀɪᴏ ғʀᴀᴄᴀssᴏ ᴇ sᴇɪ ᴀᴘᴇʀᴛᴀʀ ᴀ ᴍᴀ̃ᴏ ᴅᴇ ᴍᴇᴜs ɪɴɪᴍɪɢᴏs.

ᴍᴀs sᴇɪ ᴍᴜɪᴛᴏ ᴍᴀɪs ᴄᴏᴍᴏ ᴇsᴄᴏɴᴅᴇʀ ᴜᴍᴀ ғᴀᴄ̧ᴀ ɴᴀ ᴏᴜᴛʀᴀ ᴍᴀ̃ᴏ ᴘᴀʀᴀ ʟʜᴇs ᴀᴘᴜɴʜᴀʟᴀʀ ǫᴜᴀɴᴅᴏ ɴɪɴɢᴜᴇ́ᴍ ᴇsᴛɪᴠᴇʀ ᴠᴇɴᴅᴏ.

ᴇᴜ ᴘᴇʀᴄᴏ ᴀs ʙᴀᴛᴀʟʜᴀs.

ɴᴜɴᴄᴀ ᴀ ɢᴜᴇʀʀᴀ.

- 𝑷𝒐𝒓 𝒊𝒔𝒔𝒐 𝒎𝒆 𝒄𝒉𝒂𝒎𝒂𝒎 𝒅𝒆 𝒌𝒂𝒓𝒎𝒂.

*parte Aurora*

Bato na porta determinada, ignorando a pressão de tantos olhares alheios dos homens que me acompanharam até os aposentos de Amanda.

Meu tempo é curto e minha paciência inexistente.

Mas ainda a espero, até Amanda abrir a porta, ela me olha surpresa e depois tenta fechar novamente a maçaneta.

Eu empurro a porta contra si, para manter aquela fresta aberta.

- vai embora. - ela diz rancorosa.

Bem, se fosse eu sendo ameaçada por um alfinete na garganta horas atrás também estaria.

- cinco minutos, só preciso disso. - peço. - por favor não me mande embora, eu não tenho mais ninguém para conversar.

Peço, esperando que ela se indentifique com esse sentimento.

Ela também deve ter se sentido sozinha na sua vez, se casar com Thomas devia ser sua sentença de solitude.

E ninguém deveria se sentir assim.

Ela parece pensar o mesmo, por que afrouxa o corpo contra a porta, e ao invés de fechá-la, ela abre.

- tem cinco minutos, mucca - ela resmunga.

Posso não saber muito de italiano mas considerando o nosso histórico tenho quase certeza de que ela está me xingando.

Me espremo para dentro do seu quarto, que mesmo sendo um de hóspedes é maior do que o corredor inteiro.

Mesmo que o meu quarto ainda seja praticamente maior do que meu apartamento inteiro.

Porém só de não ter os seguranças aqui dentro já posso respirar aliviada.

- veio usar minha sacada para tentar pular de novo? - ela zomba, sentando na cadeira da penteadeira, agarrando uma taça de vinho que já deve ter enchido muitas vezes antes de eu vir bater em sua porta. - eu iria gostar de te ver tentanto.

Ela leva o vinho para os lábios, esta meio embreagada.

Não sei dizer se isso é algo positivo paras as minhas intenções ou não.

- na verdade vim pedir desculpas, pelo jeito que falei com você mais cedo. - começo, ela ri zombando de mim, quase engasgando com o vinho.

- já está tentando ser a boa cunhada? Que adorável, pensei que ao menos iria ter a chance de te empurrar em cima do bolo do seu casamento. - ela aparentemente já planejou estragar meu casamento muito mais do que eu estou planejando. - diga a verdade, você parece orgulhosa demais para ter vindo aqui só pra me pedir desculpas.

DesacelereOnde histórias criam vida. Descubra agora