𝑂 𝑛𝑜𝑠𝑠𝑜 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑖𝑛𝑖𝑚𝑖𝑔𝑜 𝑒́ 𝑎𝑞𝑢𝑒𝑙𝑒 𝑞𝑢𝑒 𝑚𝑜𝑟𝑎 𝑎𝑜 𝑙𝑎𝑑𝑜
(𝑳𝒊𝒕𝒆𝒓𝒂𝒍𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆)
Eu fico alguns minutos atrás do volante depois que chego no prédio, a visão daquele homem sendo arrastado em sua própria poça de sangue ainda me assombra, é aquele destino que me aguarda se eu não for cautelosa com os meus planos.
Claus não tem a menor ideia de com quem está lidando, jogar o jogo de Thomas nunca é um benefício, é enrolar uma corda no próprio pescoço.
Ele pensa que ninguém pode destruir a reputação que passou anos construindo com muito esforço, escondendo todos os seus pecados e pervesidades a plena vista e se for ameaçado ou provocado ele revida.
O piloto que perdeu a corrida tendo Thomas como patrocinador teve o azar de descobrir isso da pior forma.
Ele provocou o diabo, então recebeu o que merecia, é o que o Quill faz, é assim que ele consegue o que quer.
E eu quero que ele sofra como fez claire sofrer e quero que se arruine tanto quanto tentou me arruinar naquele parque.
O odeio tanto que quero vê-lo ruir.
Mas não irei conseguir nada longe daquela corrida clandestina, e terei que confessar para Alex o motivo de estarmos aqui, o verdadeiro motivo.
Sinto a culpa fazer um nó na minha garganta, aumentando conforme subo no prédio e paro diante da minha porta.
Meus pensamentos estão em um turbilhão, meus pulmões estão fazendo um esforço dobrado para funcionar e meus membros são tensos como metal enferrujado na chuva.
Mas o que não ajuda é o som alto do apartamento vizinho, um rock insurecedor e mais do que insuportável, outra vez.
Eu sei que Alex disse para não criar inimigos logo de cara, mas não é possível que ninguém reclame com eles desse barulho.
E eu preciso mostrar que agora eles têm novos vizinhos.
Passo da minha porta com passos enfurecidos até a porta deles, bato algumas vezes de modo audível mas até a porta está tremendo com o barulho, então nem sei se fui escutada lá de dentro.
Cruzo meus braços por um minuto batendo os pés impaciente, quando demora mais um pouco eu levando o punho para bater outra vez.
É quando a porta se abre, o barulho antes que já era alto acaba de piorar com a porta aberta. Meus tímpanos doem e eu sinto as vibrações das notas acelerar meu corpo inteiro, como se até meus órgãos pudessem ouvir aquela melodia horrível.
- ah olá. - um rapaz de cabelos castanhos e olhos de mel atende a porta, ele está... Somente de Cueca? - posso te ajudar?
Eu viro meus olhos pro outro lado do corredor. Por que ele está seminu para atender a porta??
- sua música, está alta demais.
Ele parece ponderar o pedido, se aproximando para olhar para onde estou olhando.
- chegou no andar de baixo de novo?
- não... Chegou até o apartamento do lado - eu tento me apresentar decentemente mas assim que me viro de frente pra ele noto a cor da sua cueca box e olho pra baixo - eu Moro aqui do lado.
- ah, uma nova vizinha então? Interessante - ele cruza os braços mais animado - então estamos incomodando você?
"Estamos"? No plural?
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Desacelere
FanfictionAurora Brooks nunca teve um convívio justo com seu destino, ela teve que abrir mão de sua carreira como atleta por conta da asma que se desenvolveu drasticamente em seu corpo, além de carregar a culpa da morte de sua amiga de infância Claire Arkins...