A atração que sinto por aquele cara só aumenta a cada vez mais.
Em todos os momentos que olho pra ele imagino a gente fazendo muitas coisas juntos.
Eu quero aquele homem e vou tê-lo, ou não me chamo Ester Pereira.
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E S T E R
Arrasto minha mala que está com a rodinha toda capenga e quase caio de cara no chão quando tropeço no cadarço desamarrado do meu tênis.
Merda!
— Anda igual gente, retardada— o Léo da um tapa na minha cabeça e eu encaro ele. Tô puta.
— Você tem que levar a minha mala.
— Nós vamos ficar três dias lá, Ester, você trouxe uma mala gigante.
— Minhas coisas, ué.
— Não couberam só nessa mochila que tá na tuas costas?
— Eu sou mulher, querido, preciso ter opções de looks pra usar em cada ocasião.
E é verdade, é extremamente difícil fazer mala, eu fico com vontade de trazer meu guarda-roupa nas costas.
— Por favor, Léo, leva pra mim? O ônibus já tá pertinho.
— Me dá aqui logo essa porra.
— Perfeito, te amo— sorrio e entrego minha mala pra ele.
Já tem umas pessoas em frente ao ônibus em que a gente vai, achei bem legal isso, assim teremos uma aventura de viagem.
Só que eu vejo as crianças correndo de um lado pro outro, os irmãos Ribeiro estão caindo na porrada e isso me faz rir. Espero que eles durmam durante toda a viagem.
— ESPERA— ouço um grito e reconheço a voz de longe.
Olho pra trás e vejo a Ana Júlia, ela dá uma risadinha na minha direção e logo atrás dela vem o Gerson que tá arrastando uma mala maior que a minha.
Paro de andar e sorrio pra ela que quando se aproxima de vez, me abraça.
— E aí, gata— diz.
— Oi, Najulia, achei que você já tava lá dentro.
— Eu tinha saído de casa junto com o Gerson e o Gabi, só que aí a rodinha da minha mala quebrou e eu tive que passar tudo pra outra. Aí o Gabriel veio na frente e como o Gerson tem amor a vida, me esperou.
— Que bom que você trouxe mala também, o Léo tava implicando comigo.
— O Gerson também, eles não entendem que precisamos de várias opções diferentes de roupas.
— Sim! É isso.
É bom falar com outra mulher, nos entendemos bem.
— E aí, Ester— o Gerson diz e eu olho pra ele.
— Fala tu, homem da Najulia— faço um toque com ele.
