⁶¹ o exame já confirmou

8.1K 980 503
                                    

E S T E R

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

E S T E R

Eu tô tremendo tipo uma vara verde.

Meu coração tá acelerado, minhas mãos soando e pela minha mente só se passa uma coisa: o que aconteceu?

Tô no hospital, me trouxeram pra cá as pressas, me trouxeram para um quarto e agora estou deitada na cama enquanto o Pedro tá do meu lado, segurando minha mão.

O fato da minha barriga ter doído e o sangue que perdi, só me faz pensar em uma coisa e eu juro que se for isso mesmo, não irei saber como reagir e não gosto nem de pensar.

Já fui atendida, colheram meu sangue e eu tava tão no mundo da lua que nem liguei pelo fato de estarem me cutucando com uma agulha, eu tava digerindo tudo que aconteceu.

Já tomei um remédio, a dor passou e agora tem um soro na minha veia, não sei nem pra que serve.

— Pedro, eu tô com medo— digo e ele me olha, pelo seu olhar sei que está apreensivo também, assim como eu.

— Vai dar tudo certo, Deus é bom e ele sabe o que faz— beija a minha mão.

— Eu sangrei, Pedro— digo e minha garganta aperta, sinto vontade de chorar e não tento me impedir disso.

— Eu sei, amor, mas vai dar tudo certo— beija minha testa— você acha que...

— Eu acho que tô grávida, ou estava... Eu não quero perder esse bebê, Pedro, eu não quero!

Fecho meus olhos e a menininha dos meus sonhos invade meus pensamentos, isso me faz chorar mais ainda e quando sinto o Pedro me abraçando, me agarro nele da maneira que consigo.

— Vai dar tudo certo, você vai ficar bem e eu juro que pinto e corto meu cabelo.

— Loirinho?— consigo dar um sorrisinho e ele me olha, concordando com a cabeça— jura?

— Juro.

— De dedinho?— estendo meu dedo mindinho e ele junta o dele— promessa de dedinhos não pode ser quebrada, hein?

— Não vai— me dá um selinho.

Ele fica me entretendo enquanto o médico não chega pra dar notícias, canta, conta algumas fofocas do time e até briga de braço fizemos, óbvio que ganhei dele.

Quando a porta é aberta e o médico passa por ela, olho bem pro rosto dele em busca de alguma expressão, mas não encontro nenhuma.

Ele tem uns papéis na mão, o fato de ali ter o resultado dos exames me faz ter vontade de ir lá e tirar das mãos dele e ler eu mesma, mas certamente não iria entender nada.

— Você tá bem?— pergunta pra mim e eu nego rapidamente com a cabeça— tá sentindo algo?

— Nervoso, me fala logo o que aconteceu por favor!

𝗣𝗥𝗢𝗣𝗢𝗦𝗧𝗔•• 𝗣𝗲𝗱𝗿𝗼 𝗚𝘂𝗶𝗹𝗵𝗲𝗿𝗺𝗲Onde histórias criam vida. Descubra agora