A atração que sinto por aquele cara só aumenta a cada vez mais.
Em todos os momentos que olho pra ele imagino a gente fazendo muitas coisas juntos.
Eu quero aquele homem e vou tê-lo, ou não me chamo Ester Pereira.
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E S T E R
Faz meia hora que o meu primo tá rindo.
Eu contei pra ele toda a história que rolou lá na casa do Pedro e esse filho da mãe tá me coringando até agora.
— Para de rir, cara— jogo uma almofada em sua direção.
— tu tá me dizendo que a véia ia comer um brisadeiro?
— Sim, deveria ter deixado, ela me julgou com o olhar.
— Vai ver que não gostou do vestido.
— Não combinaria com ela.
Ele da mais risada ainda e eu acabo rindo também, sentindo até minha barriga doer.
— Que ódio, cara, que ódio!
— Cu caralho— meu papagaio fala absolutamente do nada sem ninguém ter dito essas palavras anteriormente.
— ok, ele tá muito pra frente— o Léo diz.
— Tô te falando, cara, se eu conto ninguém acredita.
De repente o Luquinhas aparece, se sentando do meu lado e pegando meu celular.
Aí ele tenta desbloquear e como não consegue, taca meu celular no chão.
— É tu que comprou, né? Joga no chão mesmo— brigo com ele que me mostra a língua.
O que tá acontecendo com meus animais? Eles me odeiam!
Pego meu celular que tá vivo e sem arranhões e coloco embaixo da minha coxa.
— É difícil acreditar que você com o Pedro realmente tão tendo um lance, nunca imaginei isso— ele diz.
Mas eu já imaginei várias vezes...
— Vocês criaram uma imagem muito santa dele.
— O mano é crente, prega testemunho, age como se fosse um santo, tu acha mesmo que a gente ia achar que ele ia se envolver com uma maconheira feito você?
— Obrigada pela parte em que me toca, eu amei!
— Que bom— da um sorrisinho falso.
— Tu tá andando muito com o Gabriel, preferia quando tu era casado.
— Foda-se.
— Foda-se— meu papagaio repete— foda-se casado.
Ah não, definidamente não dá mais.
Vou colocar eles pra adoção e mandarei meu irmão junto.
— Aí, posso ir pro treino amanhã contigo?— pergunto, tentando ser o mais meiga possível.
