A atração que sinto por aquele cara só aumenta a cada vez mais.
Em todos os momentos que olho pra ele imagino a gente fazendo muitas coisas juntos.
Eu quero aquele homem e vou tê-lo, ou não me chamo Ester Pereira.
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E S T E R
Não sabia que tinham normalizado a tortura.
Eu tô falando da faculdade.
É horrível, torturador, que saudade que eu sinto dela não fazer parte da minha vida.
Se eu não tivesse a determinação de continuar até me formar já tinha abandonado há muito tempo, mas eu quero isso.
Eu entreguei um trabalho que fiz na madrugada de ontem porque tinha esquecido totalmente da existência dele, o Pedro me ajudou e eu achei fofo ele tentando me acalmar a cada segundo que eu surtava por achar que não iria conseguir terminar a tempo.
Passei a madrugada toda fazendo e consegui terminar a tempo de entregar hoje.
Eu quero pular de um penhasco porque sinto que fui pessimamente mal.
E já não basta tudo isso, faz um calor infernal no Rio de Janeiro e parece que minha sala virou um inferno.
É bom que eu já estou tendo um teste grátis.
—Cadê teu trabalho?- pergunto pro Eduardo, meu amigo de faculdade.
Viemos lanchar.
— Era pra entregar hoje? Achei que era na segunda que vem!—me olha desesperado.
Tá aí, e eu achando que tava pior.
— Puta merda, você tá ferrado!
— O prazo é até quando?
—Hoje, obviamente.
—Ai caralho, porra, caralho de novo e porra de novo.
Tento não rir, mas é impossível.
—Eu tô rindo mas fui lembrar desse maldito trabalho só ontem, passei a madrugada toda fazendo aquela bagaça que certamente nem vão ler direito.
—Que saudade da escola.
Isso eu não sinto, minha época de escola foi um verdadeiro inferno e eu pensava em me matar a todo momento.
— Que isso, pô, que calor infernal— a Sophia se senta do meu lado— vim aqui fazer uma visita pra vocês, o ar-condicionado da minha sala estragou e ninguém aguentou ficar dentro do inferno que tá aquela sala.
Ela faz publicidade e propaganda nessa mesma faculdade que eu, nos conhecemos lá fora quando ela me deu carona em dia de chuva. Tá no último ano.
