⁴⁹ gol dedicado

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E S T E R

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E S T E R

— NÃO DERRUBA MEU HOMEM SEU FILHO DA MÃE!— A Ana Júlia grita, pulando feito uma maluca.

Prendo a risada, ela se diz santista mas todos sabem que seu coração é rubro negro, o fato de estar com uma camisa com o nome do Gerson em pleno jogo contra o Santos sem nem reclamar é a prova disso.

Estamos no Maracanã, lá no campo o jogo já se iniciou a alguns minutos e eu tô tentando não surtar.

O Pedro não queria de jeito nenhum que eu viesse, falou que eu não ia conseguir me controlar e ia acabar me machucando mais ainda. Digamos que ele tenha uma certa razão nisso, mas eu tô tentando muito manter o controle.

Tô sentadinha, quietinha, na boa.

— VAI TOMAR NO CU, PORRA— grito quando um jogador do flamengo sofre mais uma falta que NÃO é marcada.

— Se acalma— a Ana diz, se sentando novamente— eu deveria estar torcendo pro Santos, né?

— Claro que não.

— Deveria sim, só que porra, não consigo.

— Amiga, você é uma Flamenguista, esqueça tudo.

Ela choraminga e eu acabo rindo, mas quando a torcida começa a vibrar mais alto eu sei que vem algum lance por aí, por isso olho lá pro campo e vejo o Flamengo ir pro ataque.

Assisto literalmente de camarote a bola caindo aos pés do Pedro que dá um chute pra rede.

Ele faz um gol.

Eu me levanto, ergo o braço bom pra cima e grito pra cacete.

— VAMO CARALHOOOOOOOOOO!— grito, sentindo a adrenalina dominando todo o meu corpo e meu coração se acelerar.

Ele corre pelo campo, parece procurar algo com o olhar e quando olha na direção aqui do camarote, vejo perfeitamente o momento que ele faz um coração com as mãos e em seguida joga um beijo.

Ele me disse que ia fazer um gol pra mim.

Esse gol foi pra mim.

— VOCÊ É FODA PRA CARALHOOOOO— grito novamente, mesmo sabendo que ele não vai me ouvir daqui.

De repente eu começo a chorar e não entendo legal, que droga!

Vejo perfeitamente os caras do elenco ficando atrás dele e fazendo coração também, dando risada e certamente zoando até a oitava encarnação do coitado.

— Foi pra você, amigaaaa— a Ana me abraça de lado e eu olho pra ela— que linda, você tá chorando?

— Tô— faço um biquinho e deito a cabeça no ombro dela— ele é tão fofinho.

— Ele te ama, cê sabe, né?

Só que aí eu me dou conta de onde estou, tem gente pra tudo quanto é lado e quando olho em volta, algumas estão me olhando.

𝗣𝗥𝗢𝗣𝗢𝗦𝗧𝗔•• 𝗣𝗲𝗱𝗿𝗼 𝗚𝘂𝗶𝗹𝗵𝗲𝗿𝗺𝗲Onde histórias criam vida. Descubra agora