A atração que sinto por aquele cara só aumenta a cada vez mais.
Em todos os momentos que olho pra ele imagino a gente fazendo muitas coisas juntos.
Eu quero aquele homem e vou tê-lo, ou não me chamo Ester Pereira.
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| 1 mês depois...
P E D R O
— Você tem certeza que essa é mesmo uma boa ideia?— pergunto pra Ester.
— Lógico que é, cara, vai ser incrível— sorri.
Viemos acampar. No começo eu até cogitei que seria uma boa ideia, mas acho que não vai ser.
Ela já tá recuperada do acidente, não usa mais a bota ortopédica e nem a proteção no braço.
A gente enfim tá de férias, a temporada se encerrou e agora se inicia só no ano que vem.
Antes de todo mundo ir pra um canto e aproveitar a férias do seu jeito, como já havia sido combinado, viemos acampar em um parque e levando em conta que a maioria das pessoas são tudo malucas, a chance de dar alguma merda é gigantesca.
Mas pelo menos as crianças vieram novamente, o que estranhamente traz um pouco de segurança.
É a segunda aventura que tem de todos juntos, a primeira foi lá em Angra e eu posso dizer que minha vida mudou de um jeito avassalador.
Traz até um sentimento bom lembrar de tudo, em pensar que eu tava tentando renegar os meus desejos e não cair na tentação chamada Ester. Ainda bem que não consegui me controlar.
— Você pelo menos pode me ajudar a armar a barraca?— pergunto ao ver que ela acabou de se sentar— Teté?
— Tô cansada e te juro que se eu tentar armar isso aí vai ser pior.
— Mas pra eu fazer isso sozinho vai ser complicado.
— Eu nunca fiz isso na minha vida, não sou paciente, me estresso rápido e te garanto com a maior certeza desse mundo todo que eu não vou te ajudar e sim atrapalhar.
Droga, ela tem razão, por isso começo a montar toda a barraca, não é a primeira vez que faço isso, então considero fácil, mesmo sendo meio difícil.
E enquanto isso a dona Ester ficou na maior paz fumando seu baseado.
Depois que ela parou de tomar remédio já fumou mais do que antes e eu tô bem preocupado com o pulmão preto dela.
E ainda tive que ajudar o Arrascaeta que vai dividir a barraca com a Sophia porque esqueceu a dele.
Aí você vê, a pessoa vem pra um acampamento e não traz a barraca, ele achou que a gente ia dormir aonde? No chão?
Confesso que é um clima agradável estar longe de toda a civilização, mesmo estando totalmente perto dela, só que é uma experiência diferente e eu gosto.
