²³ no meio do mato

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E S T E R

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E S T E R

Acho que faz uns vinte minutos que tô sentada no colo do Pedro. A gente não fez nada, só estamos abraçados e em silêncio.

Gosto de estar com ele, de sentir nossos corpos colados, de tudo isso que tá acontecendo.

Amanhã nós vamos embora e eu não faço a mínima ideia de como serão as coisas a partir de agora, mas muito provavelmente a gente não vai ficar mais e vida que segue.

Por mais que eu vá obviamente sentir saudades, irei me acostumar, afinal não sou muito apegada em nada e tá tudo bem.

Tá tudo bem...

NÃO TEM CARALHO NENHUM BEM.

— Quer fazer alguma coisa mais tarde?— ele beija meu ombro.

— Só nós dois ou pode ter convidado?

— De preferência só nós dois.

— Hum...— olho pra ele que faz um carinho nas minhas costas— não sei, decide.

— Podemos ficar lá na praia, deitamos na areia e ficamos olhando pro céu.

— Até vir um siri e morder os dedos dos nossos pés.

— É só a gente ficar de olho neles— ri.

— Tá, acho que vai ser legal— dou um selinho nele— eu tava muito afim de comer um brigadeiro, mas não tá no cardápio do hotel.

— Brigadeiro normal?— ergue a sobrancelha.

— Claro, né, achou que fosse que tipo de brigadeiro?

— Vindo de você, o mais emaconhado possível.

Dou risada, não dá com ele.

— Gosto muito, mas queria só um brigadeiro normal porque eu preciso dele pra sobreviver, te juro.

— Eu consigo pra você.

— Me consegue também um milhão de reais e uma Porsche?

— Aí vai ser mais complicado.

Dou risada e fico olhando pra ele, é um tipo de cara que eu nunca pensei que fosse sentir atração e olha só agora, tô paradona na dele.

— Aff, você é muito fofinho— abraço ele bem apertado— vamos lá na praia comigo? Queria dar um mergulho.

— Vamos, teté— beija meu pescoço— você tá dolorida?

— Pelo que?— me faço de desentendida e quase arregalo os olhos quando ele me toca por cima da calcinha do biquíni.

— Por ontem.

— Tô— confesso— caralho— suspiro quando ele afasta o pano pro lado e me toca.

𝗣𝗥𝗢𝗣𝗢𝗦𝗧𝗔•• 𝗣𝗲𝗱𝗿𝗼 𝗚𝘂𝗶𝗹𝗵𝗲𝗿𝗺𝗲Onde histórias criam vida. Descubra agora