E S T E R
Eu tô nervosa num nível extremo, depois da sementinha "gravidez" ser plantada na minha mente ontem a noite, não consegui dormir direito.
Sonhei que tava parindo uma criança. EU SONHEI! porra, foi horrível, eu senti a dor extremamente dolorosa do parto e vi o rostinho da criança.
Quando acordei tinha lágrimas nos meus olhos e eu assustadoramente senti saudade do bebê. Eu senti saudade de uma criança que nem existe!
Não sei a quanto tempo estou deitada dentro dessa barraca, eu simplesmente não consigo seguir a minha vida porque só penso no sonho e naquele bebê que estava em meus braços.
É como se tudo fosse real, como se em algum momento da minha vida eu já tivesse encontrado com aquele bebê porque a forma que me senti é inexplicável.
— Teté?— ouço a voz do Pedro e saio dos meus pensamentos, olhando pra ele que entra e se senta no colchão— o que foi?
— Eu tive um sonho estranho.
— Que tipo de sonho?
— Eu sonhei que estava parindo um bebê, eu peguei ele no colo e... Caraca, Pedro, eu senti as mesmas emoções que uma mãe certamente sentiria ao ver o filho pela primeira vez.
Se eu fechar meus olhos agora vou lembrar com clareza como ela era. Sim, era um menininha linda, os lábios formavam um biquinho lindo e os olhinhos quase não ficavam abertos...
Droga, eu só queria prolongar o sonho pra poder viver mais momentos com ela.
— Você tá chorando?— ele pergunta e eu só sinto a lágrima escorrendo pela minha bochecha.
Droga, eu realmente tô chorando.
Meu peito se aperta, não entendo muito bem o motivo dessa reação, mas quando o Pedro me abraça eu desabo em um choro compulsivo que faz meu corpo todo tremer.
— Vida, não chora— ele acaricia minhas costas.
— Eu queria aquele bebê de verdade— afasto um pouco pra olhar em seus olhos— eu me senti mãe pela primeira vez na vida e queria que fosse real.
Ele passa o polegar pela minha bochecha e junta nossas testas, isso me faz fechar os olhos e respirar bem fundo, tentando parar com o choro.
— Era uma menininha— murmuro— ela tava no meu colo, eu vi ela, senti, toquei.
E num gesto automático nós dois olhamos pra minha barriga, e também tocamos nela no exato momento.
Minha pele se arrepia, sinto uma sensação muito doida e fecho meus olhos.
— Hum... Você quer fazer um teste de gravidez?— pergunta.
— Eu não tô grávida.
Ok que ontem eu fiz aquela brincadeira com ele, mas eu uso método contraceptivo e é praticamente impossível ter um bebê na minha barriga.
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𝗣𝗥𝗢𝗣𝗢𝗦𝗧𝗔•• 𝗣𝗲𝗱𝗿𝗼 𝗚𝘂𝗶𝗹𝗵𝗲𝗿𝗺𝗲
FanfictionA atração que sinto por aquele cara só aumenta a cada vez mais. Em todos os momentos que olho pra ele imagino a gente fazendo muitas coisas juntos. Eu quero aquele homem e vou tê-lo, ou não me chamo Ester Pereira.