A atração que sinto por aquele cara só aumenta a cada vez mais.
Em todos os momentos que olho pra ele imagino a gente fazendo muitas coisas juntos.
Eu quero aquele homem e vou tê-lo, ou não me chamo Ester Pereira.
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E S T E R
Abro meus olhos aos poucos, me sentindo confusa, dolorida e completamente estranha.
O que rolou?
Calma, eu tô no hospital?
Fecho meus olhos com força, flashes do que aconteceu antes de eu perder totalmente a consciência vem na minha mente.
Barulho alto, pancada forte e muita dor…
Balanço minha cabeça, abro os olhos novamente e olho pra minha perna que tá engessada, igual ao meu braço.
Puta que pariu, me quebrei toda.
Espero que a pessoa que me atropelou tenha morrido, caso contrário eu me encarrego de fazer esse trabalho.
Minha garganta seca, preciso muito de água. Não tenho a mínima noção de tempo e não faço a mínima ideia de quanto tempo estou aqui.
EU TÔ NO HOSPITAL!
Eu odeio esse ambiente, odeio muito, só de pensar que alguém já pode ter morrido nessa cama que estou deitada agora o desespero bate.
Começo a gritar.
— EU ACORDEI, SOCORRO, CADÊ A MINHA MACONHAAAA.
— Eu quero dormir, silêncio— ouço a voz do que parece ser de uma senhora, ela provavelmente tá aqui do meu lado, mas não consigo ver nada por conta da cortina.
— Oi, pessoa aí do outro lado, você sabe se tinha alguém nessa cama antes de eu chegar?
— Tinha.
— Ela foi liberada?
— Sim, Deus levou.
Puta meeeeeeerda.
— SOCORROOOOOO.
Tento me levantar, mas eu tô com o braço todo fodido e a perna mais ainda, é um ato totalmente inútil.
— Silêncio!— fala novamente— o que aconteceu com você?
— Fui atropelada por algum idiota.
— Você fuma?
— Sim.
— Eu também fumava.
— Parou?
— Parei porque tô aqui, caí no banheiro e quebrei a perna, quando sair daqui vou fumar uma da braba.
Eita que eu gostei dessa velhinha.
— Sabe se faz muito tempo que eu cheguei?
— Faz dois dias.
Puta merda, não acredito que eu tô deitada aqui a dois dias.
