A atração que sinto por aquele cara só aumenta a cada vez mais.
Em todos os momentos que olho pra ele imagino a gente fazendo muitas coisas juntos.
Eu quero aquele homem e vou tê-lo, ou não me chamo Ester Pereira.
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P E D R O
Quando recebi a notícia de que a Ester tinha acordado foi como se a alegria tivesse voltado pro meu corpo.
Foram dois dias cruéis, dolorosos e muito difícil.
Mesmo sabendo que ela tava bem e não corria riscos, era difícil saber que ela tava desacordada nessa cama de hospital.
Apesar de ter quebrado várias coisas, ela tá bem, Deus abençoou e a protegeu de todo o mal.
Tivemos um jogo ontem, foi extremamente difícil me concentrar em algo que não fosse ela, mas fizemos um bom jogo, ganhamos e foi uma vitória pra Teté.
E agora estou aqui, com meu coração acelerado, choro preso na garganta, mas estou com ela.
E disse o que descobri que sinto, que a amo.
Amo a Ester, não tem como nem fugir disso porque nesses dois dias qualquer dúvida foi esclarecida e a coisa que eu mais tenho certeza é sobre o amor que sinto.
Ela chegou como um furacão, bagunçou a minha vida, mas fez morada e não tem como ficar longe.
Eu sei que ela ficou surpresa com as minhas palavras, também iria ficar caso estivesse em seu lugar, mas não preciso que me diga o mesmo. Não agora.
— Preparada pra voltar pra casa?— digo, tocando a ponta do seu nariz com meu dedo indicador.
— Ótima, só quero ver pra subir naquele elevador, imagina se ele para?
Melhor nem pensar em elevador parado, me lembro daquela noite onde tudo começou.
— Você vai ficar lá na minha casa— digo e ela arregala os olhos.
— Na sua casa? Tipo na sua casa mesmo?
— Sim, percebemos que seria mais fácil pra você estar em uma casa do que em um apartamento.
— Manheeeee— olha pra mãe dela que dá uma risadinha.
— Topamos, o Pedro se ofereceu pra deixar você ficar lá, vai ser melhor, nós moramos em apartamento também e é difícil.
— E seus bichinhos tão lá já, viu? Fiz uma amizade com eles— digo e ela me olha novamente, extremamente surpresa.
— Impossível!
— Não é não, lindona, você vai ver.
— É verdade, o Pedro tem sido um querido, filha.
Expliquei um pouco para os pais dela o que estamos vivendo, eles não entenderam direito, mas compreenderam e julgaram um pouco os “jovens” de hoje em dia.
— Vocês acreditam que o médico me disse pra não fumar enquanto estiver tomando os remédios?
