A atração que sinto por aquele cara só aumenta a cada vez mais.
Em todos os momentos que olho pra ele imagino a gente fazendo muitas coisas juntos.
Eu quero aquele homem e vou tê-lo, ou não me chamo Ester Pereira.
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P E D R O
Incrível que qualquer coisa se torna caótica quando junta essa turma toda, até um curto caminho até uma cachoeira.
O Guto já levou um tombo e agora tá fazendo o Everton levá-lo no colo, o Matheuzinho escorreu e pra não cair se segurou no Gerson, mas aí foi os dois pro chão e enquanto o Gabriel se acabava de rir, uma aranha subiu nele que começou a gritar.
E não preciso nem dizer que a Ester tá sem ar, né? Ela dá dois passos e para pra descansar.
—Fuma mais, gatona—o Léo passa por ela que tá abaixada novamente, bagunçando seu cabelo.
— Olha a turma do Luquinhas ali— aponto pros macaquinho na árvore.
— Caraca, bonitinhos— ela fica olhando— saudades do Luquinhas.
Eu também tô, ele me ama muito, pô.
Seguimos o caminho, ela praticamente se agarra em mim e não demora nada pra chegarmos na cachoeira que diferente do que eu imaginava, é grande.
Bom, o normal é ter um clima de paz nas cachoeiras, né? Só que aqui é o contrário, começa uma bagunça total e o pessoal já vai pulando na água sem nem ligar pra nada.
— No vou pra água, chata— o Arrasca passa por mim e logo a Sophia vai atrás dele.
Acho engraçado de "chata" já ter virado um apelido que ele deu pra ela.
Quando olho pra Ester ela simplesmente já tá só de biquíni.
Coço a cabeça e desvio o olhar, ouvindo sua risadinha.
— Pode olhar, vida— ela fala baixinho e passa por mim, esbarrando nossos braços.
Safada do caramba, me deixa maluco e sabe bem disso.
Observo ela entrando na água e dando um mergulho. Coragem do caramba, a água deve tá congelando.
Ouço o grito do Arrasca e olho na direção, vendo a Sophia arrastando ele em direção a água.
Eu tô achando que esses dois vão viver um romance.
— Vem, Pedro— a Ester me chama e eu olho pra ela.
Decido ir antes que ela também resolva me arrastar até lá, então tiro minha camisa e coloco em cima da bolsa dela que tá no chão.
Quando molho meu pé na água, simplesmente tenho vontade de sair correndo porque tá muito gelada e eu me arrepiei todo.
Ia dar meia volta, mas acho que a Ester percebe o que eu tava prestes a fazer porque vem na minha direção, jogando água em mim.
— ESTER!
— Entra logo, cara.
Droga, as crianças tão na maior paz, o Totói tá até dando uns mergulhinhos e eu aqui com medo da água gelada.
