²⁷ beijo do Guilherme

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E S T E R

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E S T E R

Olho pro meu papagaio, ele também me olha.

Fico mantendo contato visual e me aproximo, colocando a fruta dentro da gaiola dele.

— Boa tarde— digo, colocando meu dedo pra tentar fazer um carinho nele, mas acabo levando uma bicada.

Ele me odeia.

— Você me odeia, né? Mas é melhor ficar preso dentro de uma gaiola do que solto na natureza.

Na natureza ele não duraria nada.

Foram papagaios resgatados, eles não poderiam mais voltar pra natureza porque não iriam conseguir sobreviver.

Só que vai explicar isso pra ele.

— Não seja bravo comigo e deixa eu fazer um carinho em você— tento novamente e dessa vez ele fica quieto enquanto eu passo meu dedo em sua cabeça— você é fo... puta que pariu!

Me bicou de novo, dessa vez foi forte.

— Caraaaalho, eu venho aqui te dar comida e você me trata assim?

— Caraaaalho— repete o que eu disse.

Minha mãe vai me matar, ela não gosta que ele fale palavrão porque ensina pra minha irmã. Se bem que há uma grande chance dele saber por conta da minha avó que ensina.

— Não ensina palavrão pra ele, Ester— meu irmão diz, indo pra sala e do nada o Lucas pula nas costas dele— macaquinho filho da puta.

— Não xinga ele!

— Filho da puta— o papagaio imita.

— Para com isso, hein? Vou deixar você sem maçã.

— Se foder.

Maaaaano.

Eu desisto, é muito difícil educar.

Viro de costas pra ele.

— Otária.

— Que palhaçada é essa, meu querido? Só porque fala fica aí se achando— cruzo os braços.

— Ester otária.

Não dá, não tem como, eu trato com todo amor e carinho e ele faz isso? Inaceitável!

— É mó engraçado ver ele xingando com essa voz— o meu irmão ri.

— Bate nele, Luquinhas— digo e meu macaquinho começa a dar vários tapas na cabeça dele— esse é o meu garoto!

Meu coelho tá com a minha mãe, minha irmã é apaixonada nele e acaba ficando mais lá.

Antes que eu seja mais xingada, vou pra sala e me sento no sofá, vendo o Luquinhas ainda batendo no Lucas.

𝗣𝗥𝗢𝗣𝗢𝗦𝗧𝗔•• 𝗣𝗲𝗱𝗿𝗼 𝗚𝘂𝗶𝗹𝗵𝗲𝗿𝗺𝗲Onde histórias criam vida. Descubra agora