Pov Brunna Gonçalves
Quando o relógio marcou exatamente oito horas da noite, Neymar se despediu, dizendo que iria em casa se arrumar para a festa que Ludmilla marcou em cima da hora, João fez uma pequena manhã, mas depois que o pai prometeu que voltaria no dia seguinte, ele prometeu se comportar.
Minha mãe chegou em casa agora pouco e se ofereceu para dar banho nele, e depois iriam na sorveteria do condomínio tomar sorvete e passar um pouco no parquinho para poder brincar. Inicialmente Ludmilla quis ir junto mas convenci ela a ficar, para poder se arrumar.
— E você, amor. Não vai se arrumar? — ela pergunta ao me ver sentar no sofá da sala.
— Amor, eu não estou muito animada para ir. — suspiro — Não é nada sobre você, sua família ou sua casa. Estou cansada.
— Eu também estou cansada. — se assenta ao meu lado — Mas Marcos quis e minha mãe também, já até avisaram no grupo.
— Então, minha linda. — faço um breve carinho em sua nuca — Você é a dona da festa, tem que estar lá.
— A namorada da dona também tem que estar lá. — ela faz manhã — Não precisa da gente ficar até o final, vamos só dar um oi e depois a gente foge.
— Fugir pra onde? — pergunto divertida e ela parece pensar.
— Hum, não sei. Qualquer lugar que seja eu e você, sozinhas, peladas. — fala simples.
— Você não perde uma! — sorrio — Chamou a Marina? Estou morrendo de saudades dela.
— Acho que não, amor. Mas pode mandar mensagem pra ela e convidar. A festa é sua também. — beija minha testa e se levanta.
— Vai lá se arrumar, daqui a pouco eu subo também. — comento desbloqueando meu celular.
— Vou ser se tem alguma roupa minha por aqui, que esteja boa pra mim ir. — ela sobe as escadas.
Envio uma mensagem pra Marina e recebo a resposta confirmando sua presença, junto os brinquedos que estavam espalhados pela casa e subo para meu quarto, pensando em alguma peça de roupa para poder ir até a casa da Ludmilla.
Quando entro no quarto, Ludmilla já está devidamente pronta, terminando apenas de fazer sua maquiagem, ela está usando uma calça de couro, na cor preta e um top que tampa apenas seus seios, também na cor preta e nos pés, um par de tênis da Nike, na cor branca.
Elogio ela e deixo um simples beijo em seus lábios e caminho até o closet para achar a roupa. Encontro um vestido na cor verde que deixava os dois lados da minha barriga a mostra, mostrando minhas costelas. Retiro um salto preto do armário e deixo tudo sobre a cama.
Tomo um banho rápido e lavo meus cabelos, visto a roupa e me sento enfrente ao espelho para poder secar meus cabelos e fazer uma maquiagem. Ludmilla já está pronta e apenas me observa de longe e vez ou outra solta algum elogio, me fazendo ficar sem graça.
Quando termino de arrumar, Ludmilla se levanta da cama e segue em minha direção me abraçando por trás ainda na frente do espelho.
— Eu tenho muita sorte de ter você na minha vida. — ela sussurra em meu ouvido e eu suspiro.
— Eu que tenho sorte de namorar você, linda. — sorrio com dificuldade por tamanha proximidade.
— Se eu pudesse, trancava a porta do quarto e passava a noite toda aqui te fudendo. — ela beija meu pescoço.
— E eu iria amar, mas você inventou essa festinha. — toco sua coxa, ainda de costas para ela.
— Eu consigo cancelar. — ela mordisca minha orelha e eu suspiro pesadamente.
— Melhor seria deixar a festa rolar e não aparecer lá. — colo meu corpo ainda mais no seu.
— Gostosa. — ela aperta meu seio por cima do vestido. A porta é bruscamente aperta e rapidamente nos afastamos.
— Mamãe, eu fui no parquinho com a vovó e a gente tomou sorvete, eu escolhi de morango e chocolate. — Philipe fala apresado e eu tento regular minha respiração.
— Foi mesmo, meu amor? — pergunto simples e ele concorda com a cabeça.
— Tia Lud, vocês vão sair? — ele pergunta pra Ludmilla que agora está ao outro lado do quarto.
— Vamos, pequeno. Mas eu prometo trazer sua mamãe ainda hoje. — ela se abaixa para falar com ele.
— E onde que vocês vão? — ele pergunta curioso.
— Uma festa na minha casa. — ela explica e ele parece ficar chateado.
— E você não me convidou, tia Lud? — ele abaixa a cabeça — Vai ter cachorro quente e eu nem vou comer.
— Carinha, é uma festa de adultos. Não vai ter nenhuma criança lá, se você fosse, ia achar a coisa mais chata do mundo. — ela diz e ele parece se confortar — Mas qualquer dia a tia Lud faz uma festa com muito cachorro quente e te convida, tá bom?
— E eu vou poder ir, né mamãe? — ele espera eu confirmar.
— Claro que sim, filho. — procuro pela minha bolsa e quando a encontro coloco tudo que vou precisar dentro — Mas agora a mamãe vai ter que ir.
— Mas vai voltar hoje né? — ele pede colo e eu o pego.
— Vou, mas provavelmente você vai estar dormindo, mas amanhã bem cedinho você vai me ver. — explico e beijo sua testa — Você já sabe o que tem que fazer né?
— Obedecer a vovó e ligar caso algo aconteça. — diz e eu concordo.
— Isso ai, mamãe te ama!
— Também te amo, mamãe. Amo você também tia Lud. — a cantora se surpreende com a declaração.
— Ah João, eu também amo você. — ela beija a bochecha dele — Até amanhã.
Ele desce com a gente até a sala, onde liga a televisão e se assenta no sofá. Caminho para fora de casa, junto com Ludmilla que rapidamente abre a porta do carro para eu poder entrar e em seguida da a volta e se assenta no banco do motorista.
— Ele é tão pitico. — ela sorri.
— Sim, eu tenho muito orgulho dele. — coloco o cinto de segurança.
— A mistura entre você e o Neymar, literalmente.
.
.
.
.
.
Votem e comentem