Pov Neymar Junior
Rio de Janeiro - 19:20Hoje se completa o terceiro dia em que Brunna viajou para São Paulo e durante esses três dias Phillipe me ensinou coisas que eu jamais sonharia em aprender. Nesse exato momento o pequeno está tentando freneticamente fazer uma manobra em seu patente.
Vez ou outra gargalho com suas falhas tentativas e só então me levanto e caminho em sua direção para poder lhe ajudar a se equilibrar no brinquedo que nesse momento estava jogado no chão.
— Vamos filho, coloca apenas um pezinho aqui em cima. — explico.
— Papai, mas eu não consigo. — fala bravo — Eu já vai valias vezes.
— Mas agora eu vou te ajudar, prometo que você não vai cair. — digo e ele me olha com sobrancelha erguida.
— Eu preciso de um cacacete.
— Precisa de que? — gargalho.
— Um cacacete papai, pra colocar na minha cabeça. — fala como se fosse óbvio.
— Capacete, filho. — o corrijo — E eu não tenho nenhum que sirva na sua cabeça pequena.
— Ei, minha cabeça não é pequena, a sua que é grande. — fala sério — Acho que o da sua moto me serve, papai.
— João, você é uma comédia. — me afasto para pegar o capacete que esta pendurado no guidom da moto.
Coloco o objeto em sua cabeça e solto uma gargalhada sincera ao ver como ele ficou. Retiro meu celular do bolso da bermuda jeans que estou usando e tiro uma foto para postar no Instagram e mandar para sua mãe.
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@neymarjr
@neymarjr quando a mamãe @brunnagoncalves sai, nós vamos bagunça.
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Pov Brunna Gonçalves
Sinto meu celular vibrar e o procuro dentro da minha bolsa, quando o encontro percebo que era Neymar, me marcando em uma publicação em seu Instagram. Abro rapidamente, curiosa para saber do que se tratava e sorrio quando vejo uma foto do nosso filho.
— Ludmilla, olha isso aqui. — viro o celular pra ela que sorri.
— Três dias com você longe e o menino já virou cria. — ela gargalha e eu nego com a cabeça.
Abro os comentários e respondo.
"A mamãe aqui que lute para fazer isso com ele quando você não estiver...🙃"
Guardo meu celular na bolsa e volto a olhar Ludmilla que está a minha frente procurando algo no cardápio para que possamos jantar, mas pelo visto nada consegue a agradar.
— Você quer ir pro quarto e pedir uma pizza? — sugiro mas ela nega com a cabeça.
— Você está ficando demais dentro daquele quarto, era pra ser uma viajem legal, mas está quase um caos, entediante. — ela suspira.
— Não fala assim. Hoje tivemos um dia legal, tomamos café todos juntos, depois fomos naquele parque que você tanto queria ir, você passou na Record e agora estamos jantando. — relembro nosso dia e ela sorri fraco.
— Eu queria ser uma namorada melhor. — ela deixa o cardápio sobre a mesa — As vezes eu vou dar uma olhada nas coisas que postavam sobre você e o Neymar e ele parecia te dar o mundo e a única coisa que eu tenho pra te oferecer é essa vida corrida de shows e compromissos.
— Lud, eu não me importo nem um pouco de fazer parte da sua rotina agitada. — a olho nos olhos — Eu estou aqui porque eu te amo e quero estar com você. O que eu vivi com o Neymar foi passado, hoje eu estou com você e pode ter certeza que eu estou muito feliz.
— Quando a gente voltar para o Rio, quero fazer um programa a três. — ela comenta.
— Eu, você e o João? — ela concorda com a cabeça — Ele vai amar.
— E quero também um jantar. — a olho curiosa — Nossas famílias, sinto que estamos todos distantes desde o nosso término.
— Ah meu amor, talvez seja normal, foi um período ruim. Mas não vamos lembrar disso. — sorrio fraco — Quando a gente voltar pro rio, podemos fazer passeio a três, jantar de família e muitos planos de casal.
— Você quer dar uma olhada no cardápio pra ver se gosta de algo? — ela me entrega.
— Na minha opinião a gente poderia ir pro quarto e pedir uma pizza, uma coca cola dois litros e de quebra um açaí de sobremesa. — a vejo sorrir.
— Você é engraçada, sabia?
— Porque? — pergunto sem entender.
— É que você está toda bonita, só esse seu vestido deve custar metade dos meus bens acumulados, esses ouros no seu pescoço equivale aos meus carros. — ela sorri — Mas você é tão simples ao mesmo tempo.
— Só porquê eu quero uma pizza? — pergunto sem entender.
— A gente está em um restaurante caro e você poderia pedir o que quisesse, mas parece que as coisas mais simples te agradam mais que as coisas caras que seu dinheiro pode comprar.
— É sobre sua irmã? — suspiro e ela rapidamente nega com a cabeça.
— É sobre tudo Brunna, estou dizendo que você tinha tudo pra ser uma pessoa que se importa mais com o que pode comprar do que com o que pode viver.
— Bom, se eu estivesse na companhia de outra pessoa eu preferia muito mais pedir algo muito caro para me exibir. Mas como eu estou com você o que mais me importa é a sua companhia, então o que vamos comer e onde vamos estar não me importa. — digo e ela acaricia minha mão.
— Eu te amo, vida.
— Eu também te amo, amor. Vamos logo embora daqui, estou pensando na minha pizza de metade frango com catupiry e metade calabresa. — me levanto rapidamente e ela me acompanha sorrindo.