Por esse capítulo eu dei a minha vida, então por favor valorizem! 🥺
____________________________________________Pov Luanne
Caminho para o banheiro pela quinta vez e jogo todo meu almoço para fora, talvez seja esse o motivo da minha palidez, mas como minha mãe saiu a algumas horas pra ir até o escritório da Ludmilla resolver assuntos que estão pendentes, preferi por ficar em casa e não foi uma boa ideia, já que a cada minuto que se passa me sinto mais fraca e com mais enjôos.
Com certa dificuldade retorno devagar até o quarto e me sento na cama. Desbloqueio meu celular e deslizo pela lista de contatos a procura de alguém para me ajudar, só que nesse momento todos estão ocupados e não adiantaria muita coisa ligar. Para completar minha sorte, Net ganhou folga e foi visitar sua família na cidade vizinha.
Deixo o celular sobre a cama e me levanto na intenção de ir até a cozinha pegar algo para beber, mesmo sabendo que em breves minutos estaria saindo de dentro de mim, em forma de vômito. Desço os primeiros degraus da escada e sinto uma forte dor de cabeça, junto com uma tontura me atingir, minha primeira reação foi me segurar na parede.
Escuto a porta da sala se abrir e torço para que seja minha mãe, ou qualquer outra pessoa para me ajudar, encosto minhas costas na parede e sem fazer esforço meu corpo desliza até o chão, me fazendo ficar sentada no penúltimo degrau.
- Caralho, que susto. - escuto a voz fina da minha cunhada e levo minhas mãos até meus ouvidos - Boa tarde, Luanne.
- Boa tarde. - tento fazer com que minha voz saia com mais firmeza, mas apenas sussuros são ouvidos.
- Tá tudo bem? Você tá sentada aí no meio da escada, não que eu esteja me importando com isso, até porque a casa nem é minha, mas eu preciso ir até o quarto da Ludmilla, pegar as sandálias que eu deixei aqui aquele dia da festa. - ela fala disparadamente.
- Para de falar e me ajuda. - levanto meu rosto para a olhar.
- Meu Deus, o que aconteceu com você? - ela abaixa seu corpo até o meu.
- Eu tô passando mal e não tem ninguém em casa. - aperto minhas têmporas com as mãos.
- O que você tá sentindo e o que você quer que eu faça? - sinto preocupação em sua voz.
- Eu tô com muita dor de cabeça e tontura. Me ajuda a chegar na cozinha. - peço e ela prontamente me levanta.
- Tenta respirar somente pelo nariz. - ela fala enquanto caminhamos até a cozinha.
- Seu perfume é horrível. - tento tampar meu nariz, ao sentir a náusea me atingir.
- Sério, Luanne. Nem passando mal você para de ser assim, tão irritante. - ela me deixa sentada na cadeira da cozinha.
- Não estou sendo irritante, fiquei até enjoada. - faço uma careta - Vê se tem suco de laranja na geladeira, por favor.
- Tem esse resto aqui. - ela me mostra a jarra com um pouco menos de um copo de suco e eu peço para que ela me sirva - O que aconteceu pra você estar assim?
- Não sei, não estou me sentindo bem já fazem uns dias. - digo depois de dar um gole no suco - Mas hoje tudo piorou, e pro meu azar Ludmilla está viajando e minha mãe foi até o escritório.
- Já fez exames de sangue? - ela pergunta se assentando ao meu lado - Pode ser alguma anemia, é melhor você tratar isso.
- É, eu vou resolver. - falo empurrando o copo para longe de mim - Estou com vontade de vomitar.
- Sabia que quando eu estava grávida, odiava tomar suco de laranja? Toda vez que eu tomava, vomitava. - ela comenta e eu arregalo meus olhos.
- Brunna? - a chamo com a voz falha.
- O que foi? - ela me encara e parece adivinhar o que eu estava pensando - Não é possível.
- Não pode ser, Brunna. - tento me levantar, mas ainda estou tonta e ela me ajudar a sentar - É sério, você tem que me ajudar.
- Mas o que eu posso fazer? - ela pergunta assustada - Eu já tenho o meu filho pra criar.
- Não é isso. - sinto meus olhos ficarem marejados - Eu não posso estar grávida.
- Olha, talvez nem é isso. - ela me olha enquanto está apoiada na pia - E se for apenas um mal estar? Anemia? Intoxicação alimentar?
- Mas é se for gravidez? - aumento meu tom de voz e ela faz uma careta.
- O mais difícil é saber quem é o pai. - ela repreende um sorriso e eu a olho brava.
- Está me chamando de rodada? - pergunto.
- Não é isso, é só que não é qualquer homem que quer assumir um filho. - ela comenta.
- Você está me fazendo ficar mais assustada. - sinto uma lágrima solitária escorrer em meu rosto.
- Não, calma! - ela se apressa pra falar - Da última vez que eu dormi aqui, eu vi um teste de gravidez no quarto da Ludmilla, é só você fazer e pronto.
- Porque tem um teste no quarto da Ludmilla? - pergunto sem entender.
- Não faço ideia também. - ela da de ombros - Vamos subir, você faz o teste, caso não seja um neném, eu te levo pro hospital e você faz uma bateria de exames pra saber o porquê de estar passando mal.
Tento relutar para não fazer o exame, mas ela me leva até o quarto de Ludmilla e abre a caixa que contém um teste. A olho curiosa para saber como se faz aquilo e ela gargalha como se presenciasse a cena mais engraçada do mundo e talvez fosse.
- Você vai fazer xixi aqui. - ela me entrega o pequeno frasco - Em seguida deixa esse palito aí dentro.
- Você acredita mesmo nesses testes? - pergunto com medo e ela concorda com a cabeça.
- Se der positivo, amanhã você faz um exame de sangue pra confirmar, simples assim. Agora entra naquele banheiro e faz logo.
Caminho com certa dificuldade e faço o que ela mandou, espero cinco minutos e só então vejo duas pequenas listras se formarem no visor do teste. Sem entender o que seria o resultado abro a porta do banheiro e chamo minha cunhada.
- Brunna, vem aqui. - grito.
- Oi? - ela aparece na porta em poucos segundos.
- O que significa isso? - mostro o teste.
- Bom, mais um cpf foi gerado, a família vai aumentar ou sendo mais simples você tá grávida. - ela diz me olhando.
- Isso é impossível, esse teste tá errado. - nego com a cabeça.
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Teve gente que acertou e eu tava mais ansiosa que vocês, hahaha.
Comentem muitoooo