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Pov Ludmilla
30 dias depois

Hoje tenho um show no Rio grande do sul, mas infelizmente Brunna não irá comigo, já que seus dias estão sendo dentro de um estúdio gravando algumas cenas para a propaganda da We Pink. Dessa vez, além dela, minha mãe e Luanne ficarão, já que ambas tem outros compromissos.

Estou jogada sobre o sofá da sala mexendo em meu celular e vejo Marcos descer as escadas com duas malas grandes. Gargalho ao ver ele tropeçar e descer alguns degraus caindo. As malas que estavam fechadas, agora estão abertas e poucas roupas caíram no chão.

- Sua viada, tem como me ajudar ou vai ficar rindo que nem uma palhaça? - ele fala bravo.

- A segunda opção. - respondo me levantando.

- É assim mesmo, eu te ajudo que nem um bobo, arrumo sua mala, compro sua passagem, fico com você no seu quarto, mas quando sou eu precisando de ajuda, você vira as costas. - ele diz fazendo drama.

- Meu deus, a globo tá perdendo um ator desses, hein. - o ajudo a juntar as roupas.

- Que falatório é esse? - minha mãe pergunta saindo do seu quarto, que é o único no primeiro andar.

- O Marcos que precisa de um oftalmologista, não está enxergando os degraus da escada. - explico ainda rindo.

- Ludmilla, eu te odeio. - ele joga a roupa que estava em sua mão, no meu rosto.

- Não é só você, Marcos. - escuto Luanne falar.

- Pois é, me odeiam mas não ficam longe. - digo retirando a camisa do rosto - Nossa irmã, está tudo bem?

- Sim. - ela diz simples.

- Tem certeza, Lulu? - Marcos pergunta e caminha até ela - Você tá meio pálida.

- Eu tô bem, não me enche. - ela revira os olhos.

- Deixa a menina em paz. - minha mãe repreende - Se vocês ficarem jogando conversa fora, vão perder o vôo. Já são onze e meia.

- Meu Deus, Ludmilla. - Marcos começa a correr de um lado para o outro - O vôo sai às onze e quarenta, temos dez minutos pra chegar no aeroporto, fazer o check in e embarcar.

- Então vamos logo, viado. - levo as malas até o carro.

- Mandem mensagem quando chegar lá, por favor. - minha mãe pede.

- Tá bom, mãe. - bato a porta o carro e abro o vidro - Te amo, qualquer coisa me liga.

Pov Brunna Gonçalves

Esses dias estão sendo uma loucura, eu já estava tão acostumada com a vida de férias, acordei exatamente as cinco horas da manhã e dirigi até a capital. Já gravei três cenas e agora estou tentando me manter acordada enquanto analiso algumas cores de maquiagem para os looks que eu ainda usarei hoje.

A porta do camarim é aberto e vejo pelo espelho, Virgínia adentrar com sua filha mais velha no colo e seu assessor ao seu lado. Sorrio breve e ela retribui, coloca a menina assentada na poltrona e caminha até a cadeira que estou sentada.

- E aí, Bruuu! - ela sorri largo - Já escolheu alguma coisa?

- Oi, Vi. - a olho - Estou em dúvida entre essa. - mostro a sombra roxa - E essa - mostro a branca.

- E qual é a cor da roupa? - pergunta curiosa e eu aponto para o vestido lilás - Acho que a roxa da um contraste melhor.

- Mas a branca da uma serenidade. - falo e faço um bico com a boca.

- Então porque não mistura as duas e faz um degradê? - ela toca meus olhos - Embaixo branco e encima roxo.

- Ótima ideia! - sorrio animada e abro meus olhos.

- Onde está a sandália? - ela pergunta observando sua volta.

- Que sandália? - pergunto sem entender.

- A que te enviei pelo correio, para você usar nessas gravações. - me lembro que havia deixado na casa da Ludmilla e faço uma careta.

- É muito importante? - pergunto - Eu esqueci na casa da Lud, se eu for até lá buscar, vamos ficar aqui até a noite para gravar essas últimas cinco cenas.

- Não, tudo bem. - ela suspira - Eu dou um jeito de achar outra em um lugar mais perto, mas por favor não se esqueça de trazer amanhã.

- Pode deixar. - digo enquanto passo a base no meu rosto.

- Você passa o olho na Maria pra mim? Vou procurar algo pra você calçar. - ela pede me olhando pelo reflexo do espelho.

- Claro, pode ir, fica a vontade. - olho a pequena que me olha curiosa.

- Maria, a mamãe vai sair rapidinho e você vai ficar com a tia Bru, obedece ela e não faz bagunça, por favor. - ela pede e a menina sorri carinhosa.

Continuo fazendo minha maquiagem e vez ou outra a menina solta alguns balbuciamentos e me encara pelo espelho. Sorrio para ela e ela se contenta já que sorri de volta com a cabeça encostada no braço da poltrona.

Cerca de vinte e cinco minutos depois a blogueira volta e em suas mãos estão dois pares de sandálias, uma na cor branca e outra cor preta. Ela parece satisfeita por ter achado algo tão rápido e me entrega.

Termino a maquiagem e a olho, para saber se está como ela sugeriu.

- Está linda, Brunna! - ela passa a mão pelo meu rosto, tirando alguns excessos - Vou sair para você se arrumar e te espero no set.

- Obrigada.

Me levanto da cadeira e caminho até a arara que está cheia de cabides com roupas, pego o vestido branco e me visto delicadamente para não o sujar e calço as sandálias em seguida. Meu cabelo estava preso em um coque alto sugerido pela cabeleireira, para dar evidência a maquiagem.

Caminho até o set e passo metade da tarde fazendo e refazendo algumas gravações. Quando o relógio marca quatro horas da tarde, sou liberada para ir embora, junto todas as minhas coisas e sigo para o carro.

Suspiro pesadamente ao me sentar no banco do motorista e deixo minhas bolsas sobre o banco do passageiro, agora eu demoraria mais duas horas pra chegar em casa, já que teria que passar na casa de Ludmilla para pegar a bendita sandália.





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Só lanço o próximo capítulo (que é uma bomba) se tiver 20 comentários.

Na frente das câmeras - BrumillaOnde histórias criam vida. Descubra agora