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Pov Brunna Gonçalves

Me aproximo do balcão de madeira onde estava um homem distribuindo as bebidas e pedi uma dose de coquetel de doce de leite, prontamente ele me entregou o copo de vidro e eu me assentei no banco que estava ali.

Dei um gole no líquido e senti uma pequena movimentação ao meu lado, três mulheres se beijavam ao mesmo tempo e as pessoas que estavam em volta vibraram com isso.

Por poucos segundos imaginei como eram essas festa com Ludmilla solteira. Me levantei e caminhei novamente até o balcão pedindo mais uma dose, dessa vez de vodka.

- Sozinha? - escuto uma voz masculina e me viro para olhar.

- Não entendi. - sorrio sem mostrar os dentes.

- Perguntei se está sozinha. - o homem um tanto quanto alto, de cabelos cacheados e uma pequena barba, diz.

- Hum, não. - tento procurar a Ludmilla com o olhar - Eu vim pegar uma bebida pra Lud.

- Ah, eu encontrei com ela agora pouco e ela estava conversando com umas pessoas. - ele se apoia ao meu lado.

- Sua dose, moça. - o homem me entrega o copo e eu viro rapidamente.

- Bom, eu tenho que ir falar com ela. - tento me despedir mas ele toca delicadamente meu pulso.

- Espera um pouco, ela deve estar ocupada. - ele sorri fraco - Prometo não ser uma má companhia.

- Não é isso. - suspiro - Eu só não te conheço.

- Que isso, gatinha. - ele se levanta - Meu nome é Gabriel Barbosa, e o seu?

- Brunna. - o olho - Brunna Gonçalves.

- Seu nome é lindo, igual você. - ele sorri.

- Olha, eu realmente preciso achar a Lud, eu disse que iria pegar uma bebida pra ela. - tento novamente me afastar.

- Sua amiga deve estar ficando com alguma mulher por aí, você não precisa ficar de vela pra ela. - quando eu iria abrir a boca para responder uma mão toca minha cintura.

- Bru, eu encontrei a Marina agora pouco e ela disse que iria te procurar. Já se encontraram? - minha namorada pergunta.

- Não, Lud. Eu já estava indo atrás de você, perguntar qual bebida você quer. - digo a olhando.

- A que você escolher eu bebo. - ela olha para o homem a nossa frente, finalmente notando sua presença - Quem é esse? Seu amigo?

- Não...é...bom, eu não sei quem ele é. - falo.

- Que isso, gatinha. Eu já me apresentei, Gabriel Barbosa, não lembra? - ele sorri de lado.

- Gatinha? - Ludmilla me encara.

- Ela estava querendo ir atrás de você e eu expliquei a ela que provavelmente você estaria ficando com alguém e que ela poderia ficar aqui comigo porque não sou má companhia. - ele explica ainda sem entender a situação e eu faço uma careta.

- Meu amigo, chega aqui. - ela chama o homem para perto dela e ele obedece ainda sorrindo - A mulher que tu chamou de gatinha é a minha namorada.

- Namorada? - ele pergunta sem entender.

- Sim, namorada e se você continuar aqui com esse sorrisinho cafajeste no rosto, eu juro que tiro ele com minhas mãos. - a cantora fala e eu me assusto.

- Não pô, relaxa. Eu tô de boa aqui. - ele fica sério - Mas resolve com tua mina aí, porque em nenhum momento ela me disse que namorava. - ele se retira.

- Eu nem conheço ele. - me apresso para falar enquanto vejo Ludmilla me olhar esperando uma resposta.

- E porque não disse que namorava? - ela pergunta.

- Porque ele não havia dado em cima de mim, Ludmilla. - respondo.

- Certo, então pra você dizer que namora precisa de alguém dar em cima de você descaradamente? - ela pergunta indignada.

- Não foi isso que eu disse. - suspiro - Ele chegou, perguntou se eu estava sozinha e eu disse que estava te procurando.

- Tá e a parte do "eu namoro"? -

- Ludmilla, por favor... Eu não quero discutir com você agora. - reviro os olhos - Se você quer brigar comigo, espera essa festa acabar.

- Ótimo, Brunna. Aproveita e sai por aí dando papinho pra qualquer homem que você ver. - ela aumenta o tom de voz.

- Pra sua informação, eu não dei papinho pra ninguém Ludmilla. - franzo as sobrancelhas -  Mas se você não acredita em mim, que se foda.

Sem me responder ela apenas caminha de volta para o meio das pessoas que estavam dançando e eu volto a me sentar no banco. Encaro o homem atrás do balcão e peço um shop de vinho, ele sorri educado e me entrega o copo com o líquido. Dou um gole generoso e sorrio ao sentir o sabor.

Sinto alguem me abraçar por trás e me levanto rapidamente, temendo ser o mesmo homem que estava aqui agora pouco, mas sorrio tranquila ao ver que era Marina, e ela parece se divertir com meu susto já que gargalha.

- Se assustando, Brunna? Tá devendo? - ela puxa o banco que estava um pouco mais distante e se assenta ao meu lado.

- Não começa, ok?! - reviro os olhos.

- Está azeda hoje, amiga? - ela me olha - Sabe o que é isso né?!

- Marina, se você se atrever a continuar com isso eu juro que desço o nível e te bato aqui na frente de todo mundo. - falo brava.

- Não está mais aqui quem falou. - ela levanta as mãos em rendição - Porque não está com a Lud?

- Ela estava aqui agora mesmo, mas discutimos. - explico.

- Agora eu entendi essa sua cara. - ela nega com a cabeça - Qual o motivo?

- Tinha um homem aqui tentando conversar comigo e ela achou que eu estava de papinho com ele. - conto.

- E você estava? - a fuzilo com o olhar.

- Pelo amor de Deus, Marina. Eu namoro com a Ludmilla, pra que eu ia querer outra pessoa?

- Aí amiga, sei lá né. - ela sorri - Mas porque você não explicou pra ela?

- Eu expliquei, mas não resolveu. - suspiro - Ela saiu daqui toda estressadinha.

- Daqui a pouco vocês fazem as pazes. - ela pega o copo da minha mão e da um gole - Vamos dançar?

- Não estou muito animada.

- Por favor, é minha música favorita e eu odeio dançar sozinha. - implora e eu me rendo.

- Só essa, Marina. Só essa!



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Se pensam que é só isso que vai acontecer no fervo, se preparem, porque vem muito mais por aí!

Na frente das câmeras - BrumillaOnde histórias criam vida. Descubra agora