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Pov Brunna Gonçalves
Dia seguinte - 07:42 - Rj

Hoje meu dia começou mais cedo que os anteriores, parte de mim não conseguiu dormir pensando em Luanne, mas também meu subconsciente queria descansar para o dia corrido que será hoje.

Nesse momento já estou dirigindo até a capital, com João Philipe na cadeirinha no banco traseiro. Mesmo sabendo que ele deveria ter ficado em casa, não resisti ao seu pedido manhoso para me acompanhar nesse trabalho.

Ludmilla está de volta ao Rio de Janeiro hoje a tarde, então assim que encerrar a última gravação da coleção irei buscar ela no aeroporto, e provavelmente jantaremos juntas, para matar a saudade, por mais que tenham sido apenas dois dias longe.

- Mamãe, nós podemos tomar sorvete depois do almoço? - sou tirada dos meus pensamentos com João me questionando.

- Podemos, meu lindo. - sorrio - Sabe quem vai estar de volta hoje a noite?

- O papai? - ele pergunta animado e eu nego com a cabeça - Quem, mamãe?

- A tia Lud, você esqueceu dela? - levanto as sobrancelhas.

- Não esqueci. - ele me olha pelo espelho do carro - Mas eu pensei que ela demoraria muito pra voltar, que nem aquela vez.

- É que dessa vez ela foi só fazer um show. - explico - Hoje de tarde ela já está aqui.

- Vocês vão se casar? - ele pergunta depois de uns minutos em silêncio.

- Como assim? - pergunto ao parar no sinal vermelho.

- Papai disse que quando as pessoas se amam elas se casam, então eu pensei que vocês se casariam. - ele explica e eu me viro para o olhar.

- Nem todas as pessoas que se amam se casam, meu amor. - digo - Mas sobre eu e a tia Lud, quem sabe daqui muitos anos.

- E eu vou ter um irmãozinho? - pergunta sorrindo.

- Vai. - me lembro de Luanne, mas percebo que havia falado em voz alta - Bom, você quer ter um irmãozinho? - me corrijo.

- Quero, mas tem que ser um menino. - fala sério.

- Porque um menino? - pergunto curiosa e ele prontamente responde.

- Para jogar bola comigo. - fala como se fosse óbvio e eu nego com a cabeça.

- Mas meninas também jogam bola. - volto a me posicionar para dirigir - E a gente não pode escolher se vai ser um menino ou uma menina.

- Mas porque não? - pergunta curioso - Quando meu papai plantou a sementinha ele não sabia que eu ia ser um menino?

- Não, filho. - seguro a risada ao me lembrar da história que inventamos para ele - Ninguém tem como saber.

- E se eu fosse uma menina, o papai e você iam me amar também? - ele brinca com a cordinha da sua bermuda.

- Claro que sim, a gente não iria ficar triste se fosse uma menina, a gente iria amar de qualquer forma. - sorrio.

- E se eu fosse feio? - pergunta e eu gargalho.

- Iríamos amar também, meu amor. - digo.

- E se eu fosse um peixinho? - ele coça a cabeça.

- Iria ser o mais lindo do nosso aquário.

O restante do trajeto foi tranquilo e vez ou outra o pequeno me fazia algumas perguntas aleatórias e eu respondia, para que ele não ficasse triste, mesmo sabendo que aquilo não fazia sentido algum.

Pov Ludmilla
São Paulo - 10:30

Chegamos no hotel quando o sol começou a aparecer no céu de São Paulo, e com isso, fortes dores de cabeça começaram a me atingir e o pouco álcool que eu tomei durante o show começava a fazer efeito.

Me lembro de ter acontecido uma confusão na porta do hotel, pois tinham alguns fãs por ali e eu brevemente alcoolizada, não foi uma das melhores junções, por sorte os seguranças me ajudaram a entrar.

Nesse momento estamos eu e Marcos, juntando as peças de roupas que estão espalhadas no quarto, para poder guardar na mala, já que nosso vôo é durante a tarde e precisamos estar com tudo pronto antes de almoçar.

- Eu estou tão cansado, parece que passou um caminhão por cima de mim. - meu irmão fala ao pegar uma peça de roupa no chão e levantar com as mãos nas costas.

- O show ontem foi foda né? - sorrio - Tava com uma vibe muito boa.

- Estava mesmo, pra ficar melhor só se tivesse um fervo daqueles. - ele fala animado.

- O último já deu o que falar, não quero fazer outra festa não cedo. - me lembro do caos que foi.

- Pior que foi zoado mesmo, maior briga entre a Brunna e a Lulu. - se lembra.

- Pelo que eu entendi as duas conversaram ontem. - conto - E não se mataram.

- E eu perdi esse evento? - ele fala com as mãos sobre a boca - Que ódio.

- Queria ver briga né, seu safado. - jogo uma camisa nele - Eu fico triste com toda essa situação sabe? É minha irmã e minha namorada.

- É ruim mesmo, até hoje nunca fizemos um almoço em família. - ele fala triste - Mas já que elas fizeram as pazes podemos marcar.

- Eu não sei se elas fizeram as pazes, Brunna estava toda estranha, parece que estava escondendo alguma coisa. - conto.

- Será que elas saíram na porrada? - ele pergunta se levantando.

- Não. - gargalho - Bom, eu acho que não.

- Agora eu tô curioso, liga pra sua mulher e pergunta. - pede.

- Não, ela tá ocupada nas gravações lá e ontem eu conversei com a Luanne e ela também estava estranha, se fosse alguma coisa assim elas tinham contado. - digo.

- Aí que raiva, odeio fofoca pela metade, pura que pariu. - ele joga as coisas na mala.

- Te aquieta, viado. Daqui a pouco a gente descobre o que aconteceu. - falo fechando a minha mala - O que vamos almoçar hoje?

- Que tal uma japonesa? - sugere - Tem no menu do restaurante aqui do hotel.

- Pode ser então, vou me arrumar e esperar dar o horário pra gente descer.

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Eu estava sumida por causa das provas da faculdade, mas agora estou de férias, então vou tentar voltar sempre!

Na frente das câmeras - BrumillaOnde histórias criam vida. Descubra agora