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Entramos na reta final da fic...
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Pov Ludmilla

Pela janela do quarto em que eu usei de camarim pude ver Brunna saindo com sua mala na mão, desde a nossa conversa sobre o nosso futuro, eu estou agoniada. É como se eu pudesse perder parte do meu ser, para sempre.

Sou tirada dos meus pensamentos com Marcos anunciando que minhas coisas já estavam no carro e que quando eu quisesse poderíamos voltar para casa. E isso é tudo que eu preciso, descansar e achar uma solução para todo esse problema, que eu causei.

Desci as escadas atrás do meu irmão e chegamos no carro que estava parado quase enfrente a fazenda. Entrei em silêncio e ele pareceu entender que eu precisava desse momento, já que em momento algum desrespeitou isso, até quando chegamos em casa.

- Quer me contar o que aconteceu na sua conversa com a Bru? - ele pergunta com cuidado.

- Ela está muito chateada. - suspiro - E ela disse que vou precisar reconquistar ela.

- Ela foi muito boa com você, né? - ele pergunta me olhando - Te deu uma segunda chance.

- Eu sei disso, irmão. Mas eu não faço ideia de como reconquistar ela. - me jogo no sofá da sala - Fora o risco que ela tem de encontrar outra pessoa.

- Lud, você conhece a Brunna a quase um ano e meio. - ele me olha - Se por um acaso ela encontrar outra pessoa, você vai estar em vantagem.

- Esses assuntos do coração são muito complicados. - suspiro triste - Eu vou dar o meu melhor pra ter ela de novo aqui.

- Essa é a minha irmã. - ele deixa um beijo na minha testa - Vou preparar algo pra gente comer.

- Vai lá, maninho. - sorrio em sua direção.

Retiro meu celular do bolso e abro no aplicativo de mensagens, procuro pela conversa da Brunna que já está sendo uma das últimas devido ao tempo sem nos falar e escrevo as palavras que vem no meu coração.

📱:  Eu tenho tentado viver sem você, mas é impossível. Sem olhar os seus olhos nada enxergo, pois é deles que vem a luz que ilumina meu caminho.

📱: Os dias claros e ensolarados, aos meus olhos são opacos, e a ânsia de voltar a ter você ao meu lado, faz meu coração bater muito mais forte.

📱: Fracassou mais uma tentativa de te esquecer. É mais uma prova de que este meu amor por você é muito grande, eu te amo, preciso de você como do ar que respiro.

📱: Desculpe-me por tudo que pareça exagero nestas palavras, elas vem do fundo do coração, que parece ser tão forte, mas fica tão frágil em face da sua ausência. Como é triste a falta do seu carinho!

📱: Está insuportável a saudade que estou sentindo de você.

📱: Você é a senhora de meu ser! É inútil tentar prosseguir, pois já não tenho forças, você sabe muito bem que é toda minha vida, meu doce e inesquecível amor.

Envio a mensagem e bloqueio a tela do meu celular, minha ansiedade me consumirá se eu ficar verificando se obtive não sua resposta, então decido esquecer um pouco tudo isso e vou até a cozinha me certificar se Marcos fez nosso jantar.

Quando adentro o cômodo, vejo ele cortando alguns pedaços de cenoura provavelmente para colocar junto com o frango grelhado que estava na frigideira antiaderente. Ele teria tudo para ser um ótimo cozinheiro, se não fosse meu assessor pessoal.

- Que isso em viado, tá abusado demais. - gargalho e ele se assusta.

- Me assustou, doida. - ele sorri - Está com muita fome? Acho que vai demorar um pouco.

- Não tem problema, eu vou tomar um banho e terminar de fazer umas coisas. - explico - Mas quando tiver pronto me chama.

- Deixa comigo. - ele sorri lavando as cenouras picadas em cubos.

Minha mãe está em uma viagem para São Paulo, a trabalho, junto com Lulu, então a casa está sendo minha e do Marcos por esses dias, fazendo com que eu me sinta ainda mais sozinha, mas tento evitar esse sentimento fazendo coisas que gosto.

Subo para meu quarto e me jogo na cama tentando criar coragem para ir tomar um banho, já que a temperatura estava baixa.

Pov Brunna Gonçalves

Jantei junto com Rafaela e Neymar e quando ficou um pouco mais tarde do que eu estava acostumada a dirigir, me despedi dos irmãos e trouxe João para o meu apartamento. O pequeno não acordou em nenhum momento, o que me deixou um pouco feliz, pois é difícil fazer ele dormir.

Ainda sem sono, fiz um pouco de pipoca e enchi um copo com coca cola gelada, me joguei no pequeno sofá da sala que eu ainda precisava me adaptar e liguei a televisão na série que eu comecei a ver esses dias que não tenho nada para fazer, ou seja, todos.

No quinto episódio que eu estava vendo meu celular, que está ao meu lado, vibrou atraindo minha atenção, desbloqueei a tela e pela barra de notificações vi que eram mensagem da Ludmilla. Abri a conversa e comecei a ler o que ela me mandou.

Meus olhos se encheram de lágrima e minha vontade era de ir até ela e a abraçar apertado dizendo que tudo que eu mais preciso é dela comigo, mas eu não iria ceder tão cedo assim, então apenas a respondi, com sinceridade, mas respondi.

📱: eu também sinto sua falta, Lud e estaria mentindo se dissesse que não.

📱: eu te amo e não vejo a hora de tudo voltar ao seu devido lugar.

Envio as mensagens e desligo o celular voltando a prestar atenção na série que estava passando, escuto passos vindo pelo corredor e me viro para ver. Era o João, com os cabelos bagunçados e coçando os olhinhos.

- Meu amor, porque acordou?

- Perdi o sono, mamãe. - fala manhoso.

- Vem cá, senta aqui do meu lado. - peço e ele obedece - Quer assistir um filme?

- Sim. - ele se aconchega no meu corpo.

- Mamãe vai colocar então, tem pipoca aqui. - ofereço para ele.

Coloco no filme do Sonic que havia acabado de lançar e me relaxo no sofá, sentindo seu peso em cima de mim.

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Brunninha tá sendo mto gente boa, que ódio.

Na frente das câmeras - BrumillaOnde histórias criam vida. Descubra agora