17 - Estava decidido

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Maraisa:

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Maraisa:

Uma semana depois...

Fiz tudo com Maiara havia dito, falei tudo de acordo com o combinado. Só que mesmo se tivesse saído algo fora desse combinado eu não estava preocupada com isso, havia sido eu que tinha atirado, eu era a única culpada por a Marília estar desacordada naquela cama, talvez perder os movimentos das pernas, as vezes nem acordar. Não sabia ao certo. Só que eu era a única culpada.

Só que eu sabia que se me descobrissem, a culpa também cairia em Maiara e Larissa por terem acobertado tudo, então fiz tudo a risca.

Tudo que eu sabia sobre a Marília era o que Maiara me dizia, eu não queria ir vê-la. Mesmo meu coração sendo dela, ela era a culpada por toda desgraça da minha vida.

Maiara disse que tinha rodeado Luísa pra tentar descobrir alguma coisa, só que a mesma  parece nem saber sobre tudo que sua mãe e seu pai tinham. Coisa que eu não acreditava muito, pra mim todos mentiam.

— Oi Mara. — Luísa chega com Maiara.

— Oi Luísa... hum vou pro estábulo cuidar de algumas coisas.

— Maraisa espera — Me viro pra olhar pra loira — Eu não sei o que aconteceu entre você e Marília, só que hoje quando citei seu nome pra ela, ela mostrou reação. Te peço por favor que vá visitá-la.

Respiro fundo.

— Não acho que seja uma boa ideia.

Me viro saindo.

Maiara e até mesmo Luísa, ou tio de Marília tinha me falado pra ir visitá-la, só que eu só queria distância, eu não podia ceder.

Por que as coisas tinham que ser tão difíceis pra mim?

Dia seguinte...

Acordo sentindo que alguém me observava, abro os olhos vendo Maiara sentada em minha cama, aérea.

— Meu Deus Maiara que susto, o que aconteceu? Marília ela...

— Ela acordou — De certa forma me senti aliviada. — Só que não se sabe ainda se ela vai voltar a andar — suspira — ela perguntou sobre você.

— Maiara por que tá me falando sobre ela? Não quero saber.

— Você não sabe o quanto me dói te ver assim, sei que aí dentro — Maiara de aproxima e coloca a mão sobre meu peito — tá uma confusão que só, sei que tá sofrendo calada... você sabe o que tem que fazer né?

— Maiara e melhor eu ficar longe.

— Não, essa nunca foi a solução de nada. Você tem que largar dessa besteira e ir conversar com ela, ver se ela realmente foi a culpada.

— Eu me sinto destruída Maiara, acho que é essa a definição de como eu me sinto, eu achei que eu iria me sentir melhor pelo que fiz, só que não, eu consegui me sentir ainda pior. E se não foi ela? Maiara e se não foi ela? Eu atirei nela... eu podia ter matado ela. — desabafo de uma vez.

Maiara me abraça.

— Você tem que ir falar com ela. Você sabe que esse é o certo a se fazer. — Me deixa um beijo da bochecha e sai do quarto.

Me levanto pra fazer minhas higienes, tomar um banho. Depois sigo pro closet vestindo uma calça jeans, uma baby look branca, uma bota e meu inseparável chapéu. Assim que estou descendo meu celular toca.

Uma vaca tinha sido picado, então sigo pra fazenda Prado, que era próxima, pego o Tornado e sigo caminho.

Em poucos minutos chego, porém quando chego a vaca tinha morrido, apenas examino e realmente tinha sido picada de cobra.

— Oi Maraisa, faz tempo que não te vejo, como sempre muito bonita.

— Oi Lauana, e tchau, já estou de saída.

— Não quer ficar pra tomar café?

— Já tomei — minto, eu quase não sentia fome, parece que por tudo que estava acontecendo meu corpo estava rejeitando os alimentos, e quando comia queria colocar tudo pra fora.

Me viro e saiu sem dar a chance da mulher dizer mais alguma coisa. Sigo pra onde havia deixado o Tornado o montando, saindo da fazenda.

Sigo pela estrada de chão logo vendo um cavalo grande branco com preto párea com o Tornado. Olho pra pessoa que o monta e me assusto.

— O que você tá fazendo por aqui? — pergunto.

— Vim ver minha filha e Marília e resolvi dar uma volta.

— Pra esses lados de cá?

— Tá, tá, na verdade eu vim atrás de você, queria saber se você já tinha decidido o que queria de presente por ter salvo a minha vida.

— Eu já disse que não quero nada.

Eu não gostava de forma alguma desse homem, não sentia algo bom vindo dele, e agora eu sabia que era esposo da mulher que estava no documento, só de lembrar meu sangue fervia.

— Tchau Sr Micheal.

Dou graças a Deus por chegar na virada pra minha fazenda.

— Deixei um presentinho pra você.

Simplesmente não me deu a chance de responder, então continuo o caminho sem entender o que ele queria dizer com aquilo.

Assim que chego entro em casa, indo até a cozinha, pego um copo pra beber água.

— Maraisa irmã, vem comer, quase não te vejo comer, vem logo senta aqui.

Maiara era insistente e sempre conseguia o que queria de mim.

Me sento e acabo conseguindo comer bem.

— Deixaram um presente pra você, tá no espaço atrás.

— Maiara o que o Michael deixou?

— Então foi ele? ... estranho — Fica pensativa — Bezerros, 100 bezerros, só que não qualquer bezerro, são os da melhor marca.

Bufo

— Vou mandar devolver assim que descobrir pra onde, você pode descobrir isso com Luísa por favor, e fazer isso pra mim?

— Posso irmã.

Saiu de casa pra fazer meus afazeres do dia, fico pensando na hipótese de ir falar com Marília. De ir vê-la, eu queria vê-la.

Estava decidido na manhã seguinte eu iria ir ver ela, iria descobrir de uma vez por todas se havia sido ela a pessoa me havia me feito tanto mal.

Já era noite quando me sento para jantar.

— Eu ando enjoada, acho que não vou conseguir comer esse frango.

— Você anda estranha tem dias, amanhã vamos ao médico.

— Deve ser alguma intoxicação. Ou sei lá, você lembra que também fiquei assim quando Sérgio e meu pai faleceu.

— Mesmo se for temos que ir ver. Sem discursões, você vai e pronto.

Reviro meus olhos, e me sirvo apenas de salada.

Assim que termino ajudo Maiara organizar as coisas, e subo para poder tomar banho e dormir.

Marcas do passado - Malila | G!pOnde histórias criam vida. Descubra agora