9 - Quem eu queria enganar?

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Maraisa:

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Maraisa:

Sempre soube o quanto amava Sergio, tanto eu quanto minha família o amava.

Estava eu com um lindo vestido branco de noiva, estilo sereia, eu sentindo a areia em meus pés, meu pai me levando ao altar e assim eu o vejo, o homem com um terno branco, porte definido e um sorriso maravilhoso nos lábios, meu pai me leva até ele entregando minha mão e me abençoando. Assim que pego a mão do homem que eu amava me sinto logo confortável, todo nervosismo que sentia antes vai embora, ainda mais quando ele me olha e sorri.

— Você tá linda meu amor — Ele diz doce e meus olhos ficam marejados.

Eu estava feliz. O padre começa a dizer algumas coisas e me viro mais uma vez para olhá-lo, olhar seu sorriso.

Assim escuto um barulho de tiro e olho os lados vejo que estou em um banheiro, já estávamos em nossa lua de mel que Sérgio optou por ser inicialmente em suas terras. Tínhamos acabado de fazer amor por isso estava no banho. De repente escuto o barulho de mais um tiro, só que dessa vez eu ainda estava no banheiro.

Me assusto, saiu me secando de qualquer jeito e vestindo um fino vestido branco pra ver o que estava acontecendo, escuto o barulho da chuva, assim que saiu me deparo com Sérgio caído no chão

— SÉRGIO — Grito.

Mesmo escuro vejo sangue, Sérgio ainda se debatia, me abaixo a seu lado, ele me olha uma última vez antes de morrer, meu choro já era desesperado.

— O que foi que vocês fizeram?

Vejo um dos homens se aproximar.

— Não sabíamos que ele estaria acompanhado, sabe era só ele ter assinado os papéis e talvez nada disso teria acontecido, só que não pode existir testemunhas do que aconteceu aqui — O homem disse frio.

Nesse momento ele se aproxima, estava mascarado, eu só queria ver um rosto.

Pelos próximos minutos meu corpo todo doía, eu pedia socorro, ele estava abusando de mim, com meu Sérgio morto a meu lado. Assim que se afastou mesmo meio fraca pude ver um pingente, sabia que era um pingente raro, um touro com um dos chifres quebrados. Esse detalhe eu jamais iria esquecer.

A partir desse momento eu lutaria pra ficar viva, e buscaria esse homem até no inferno, mesmo que isso custasse minha própria vida.

— Acaba com ela — O homem se virou entrando em uma camionete e indo embora, outro se aproximou, eu já estava de pé.

Ele veio se aproximando, até ficar frente a frente.

— Ele deveria ter assinado.

Aproveitei a oportunidade pra dar uma joelhada no meio das pernas no homem e assim sair correndo, sabia que ele já estava atrás de mim, escuto um disparo e mesmo assim continuava correndo, chego perto de um rio, me vendo sem saída. O homem para de frente pra mim.

Marcas do passado - Malila | G!pOnde histórias criam vida. Descubra agora