22 - Medo

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Segundo capítulo do dia ❤️

Segundo capítulo do dia ❤️

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Maraisa:

Alguns meses depois...

Estava levando minha gravidez a risca com todo cuidado recomendado. Com Maiara e Larissa a meu lado me ajudando em tudo, não me deixavam fazer nada. O meu médico tinha recomendado repouso e cuidado redobrado. Já tinha arrumado um quartinho na casa e todo o enxoval, que Maiara insistiu que o quarto seria decorado por animais e leão.

Ainda passava meus dias indo conversar e desabafar com o Tornado, as vezes sentia que ele entendia tudo. Também sentia que ele sentia falta de eu montá-lo e sair por aí correndo sobre a natureza.

Eu tentei falar com a Marília depois daquele dia, só que novamente a Naiara havia atendido e me falado pra deixar ambas em paz porque pra Marília eu estava morta e disse que ela não queria saber de nada sobre mim, pra esquecer a loira já ela já tinha me esquecido.

De verdade mesmo? Fiquei magoada, a mulher foi um tanto infantil em não querer falar comigo. Só que mesmo assim eu não desisti de contar pra Marília, só que quando fui tentar pela terceira vez o celular só caia na caixa de mensagem.

Foi aí que eu decidi dar um tempo, não me estressar com isso, eu não podia me estressar, minha gravidez precisava de cuidados.

Eu sentia muito a falta da Marília, muito mesmo, passei meses chorando, ainda mais pelos hormônios que me deixava ainda mais sensível. Só que acima de qualquer coisa estava meu Léo, eu sentia que ele sentia quando eu estava mal, então fiz um esforço pra ficar bem.

Uma pessoa que sempre vinha me visitar era a pequena Isabela, que eu acabei contando pra pequena sobre a gravidez, só que pedi pra ela manter segredo, a mesma me prometeu que não ia contar a ninguém. De algum jeito a minha gravidez deixou a pequena mais feliz. Dava pra ver a ansiedade dela pro Léo nascer logo. Dizia que também iria me ajudar a cuidar, me fazia sorrir com todo seu cuidado.

Sobre as provas contra Michael, ainda não havia conseguido quase nada. Estava tudo muito quieto, não sei se eu gostava tanto desse silêncio todo, me deixava desconfiada que logo algo que era desconhecido por mim aconteceria. Eu temia. Precisava que o Léo nascesse antes que algo pudesse acontecer.

— No que tanto pensa? — Larissa pergunta me tirando dos meus devaneios.

— No Léo, no tanto que sonho em ver logo seu rostinho pequeno — Aliso minha barriga enquanto estava parada em frente a bancada da cozinha bebendo água.

Minha barriga não tinha ficado tão grande, e com camisetas largas dava pra esconder muito bem.

— Titia já ama tanto, nosso Léo. Leaozinho, irá ser forte como a mãe dele — Maiara aparece falando e beijando minha barriga.

— Ando sentindo tanto sono, que aliás vou subir pra dormir um pouco. — sorrio.

— Vem que eu te ajudo.

Maiara me ajuda a subir e me deito, logo pegando no sono.

•••

Acordo sentindo muita dor na barriga quando olho pra baixo vejo o lençol branco sujo de sangue.

Começo a gritar, porém parecia que ninguém me escutava, começo a chorar desesperada. Levanto o olhar e vejo Michael rindo com uma faca cheia de sangue na mão e Marília a seu lado apenas me olhando neutra. Começo a gritar ainda mais só que o homem continuava rindo diabolicamente.

Acordo do pesadelo e minha barriga doía de verdade, sinto um líquido entre minhas pernas, quando olho realmente tinha sangue.

— MAIARAA — Grito pela minha irmã que logo aparece na porta de meu quarto já vendo o sangue.

— Vamos pro médico agora.

Maiara me ajuda a descer e me coloca no carro.

Ambas ainda de pijamas, Maiara da partida no carro rumo ao hospital. E já ligamos pro meu médico que disse que estava nos aguardando.

Assim que chegamos logo me levam pra emergência.

O meu médico me examina rapidamente.

— Vamos ter que tirá-lo, agora.

— O que? Ainda não está na hora.

Eu estava sentindo muito dor na barriga.

— Se não tirarmos agora, ele vai morrer e você também corre riscos. Já mandei preparar tudo e alguém pra avisar a sua irmã.

— Doutor por favor salve meu filho. — imploro.

— Vamos fazer todo possível, preciso que tente ficar calma.

Impossível.

Logo sou levada pra sala de cirurgia. Maiara estava a meu lado segurando a minha mão.

Eu chorava enquanto apertava forte a mão da Maiara.

Eu ainda estava de oito meses, eu não podia perder o Léo. Não podia. Pela primeira vez em muito tempo eu estava com medo. Marília nem sabia que eu estava grávida dela e muito menos que estava prestes a nascer, eu só esperava que ficasse tudo bem.

Se eu perdesse o Léo minha vida acabaria de verdade.

Não sabia quanto tempo havia se passado, que eu estava ali deitada, parecia que tinha se passado anos que eu estava sobre aquele leito. Logo escuto uma movimentação diferente. Léo havia nascido.

— Nasceu — Escuto sobre murmúrios.

— Por que ele não chora? Quero vê-lo. Me diz que tá tudo bem com ele por favor?

Ele não chorava e ninguém dizia nada pra mim.

Olho no rosto da Maiara e vejo lágrimas.

Não vejo mais nada pois desmaio.

•••

Acordo meio perdida, olho para os lados enxergando paredes brancas, um soro em minha veia. Um cheiro que eu não gostava.

— Acordou meu amor.

— Onde estou?

— Não se lembra no que aconteceu?

— Não.

Marcas do passado - Malila | G!pOnde histórias criam vida. Descubra agora