Marília sempre foi uma mulher focada no trabalho, na empresa que seu pai lhe deixou, sem muito tempo para curtir a vida é amigos, acaba sendo traída por sua noiva, e meio que se culpa por isso. Depois disso ela se fecha por completo, se torna uma mu...
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Marília:
Acabou que depois do acontecimento que me deram um tiro, acabou que precisei dos cuidados profissionais da Naiara, que também era fisioterapeuta. A mesma veio tentando de tudo pra se reaproximar afetivamente e tentando reatar o que já não existia mais. Eu mentiria se falasse que não aconteceu nenhuma recaída, porque aconteceu sim. Não negaria isso.
Só que eu não amo mais a Naiara, e nem sei se já amei de verdade um dia. Maraisa se fazia presente diariamente em meus pensamentos. Porém foi mais uma que me machucou, e não foi qualquer machucado, eu ainda sofria. Sabe quando você sabe que a pessoa é o amor da sua vida e você se vê obrigada a se afastar por que a pessoa talvez não sinta o mesmo? Sabe a dor que fica por o sentimento tão intenso não ser recíproco?
Sei que as estatísticas são raras em que a pessoa se encontra com quem você sabe que é o amor da sua vida e também é raro ela ficar com a pessoa. Faço parte das duas opções aí.
Eu tive muita vontade de falar com a morena mesmo magoada, só que acho que as coisas acontecem como tem que acontecer. Naiara acabou deixando meu telefone cair na piscina hora que eu fazia fisioterapia, acabei por decidir por trocar de numero, seria melhor assim.
Só que as coisas funcionam assim: O tempo não cura tudo. Aliás, o tempo não cura nada. O tempo apenas tira o incurável do centro das atenções.
Essa frase é uma grande verdade.
Só que isso eu finjo pra quem me conheceu com a Maraisa, por que mesmo falando que eu tirei ela dos centro das atenções, era uma grande mentira, mesmo eu querendo tirar, eu não conseguiria.
Eu realmente achei que o passar do tempo me ajudaria, só que realmente ajudou, dependendo do ponto de vista, me ajudou a ver que eu não conseguiria esquecê-la.
Nove meses depois de que tudo aconteceu eu estou totalmente recuperada, já conseguia andar normalmente.
Naiara virou uma amiga, ela queria ser mais que isso só que eu não conseguiria lhe dar algo a mais que isso. Por vários motivos.
Estava na hora de voltar a Alagoas, visitar meus dois tios, Isabela, e minha família em Goiânia.
Fui em Goiânia primeiro e depois de uma semana fui em Alagoas. Não poderia deixar de visitar a Isabela. A pequena tinha um sentimento puro por mim, e eu já a amava.
Dois meses atrás eu recebi uma mensagem anônima com um arquivo de fotos, mostrava Maraisa é um bebê. Estranhei, porém meu coração quase saiu da caixa torácica.
Depois veio uma mensagem em seguida falando a idade do bebê e falando que era meu. Realmente não dava pra não ser meu. Era a minha cara. E lembro de ter rasgado a camisinha com os dentes. Coisa que não devemos fazer, rasgar camisinha com os dentes realmente é um risco só que na hora eu nem vi o que eu estava fazendo.
Logo após sair do Brasil novamente e chegar em Los Angeles recebi essa mensagem com a foto e resolvi voltar imediatamente novamente para Brasil e foi aí que quando cheguei em casa que Isabela vem sem querer me soltou tudo que realmente eu precisava saber... no mesmo dia conversei com pessoas conhecidas e contatei um ótimo advogado. Eu fiquei cega, eu só queria meu filho, eu sabia e sentia que era meu, não me importava se não fosse, eu pagaria o preço. Só que tudo se encaixava, e eu sentia que era meu, depois de ver a foto eu tive mais certeza ainda. Léo era a minha cópia, não dava pra entender como a Maraisa escondeu ele de mim. Isso me deixava mais possessa ainda.
Vocês devem tá se perguntando de o porque que não ter ido ver meu filho ainda.
Queria muito mesmo ver ele, muito mesmo, Léo era uma parte de mim, e eu já o amava mesmo sem o conhecer só que tenho que ser cautelosa, percebi que realmente a minha vida estava sendo vigiada até mesmo fora do Brasil. Não só a minha.
Talvez a Maraisa me odiasse pelo que eu faria, em tentar tomar o filho dela, nosso filho, só que acho que ele estaria mais protegido comigo, longe de tudo aquilo. Eu sei que eu não poderia contar, Maraisa era muito impulsiva, eu conhecia bem.
E tirar o Léo dela eu faria talvez mesmo sem estar sobrando ameaças, ela escondeu ele de mim. Isso era um crime de omissão, e pagando bem a quem é que fosse até mesmo antes do prazo previsto eu conseguiria a guarda definitiva do pequeno.
Não sabia o motivo de tanto ódio pro meu lado é pro lado de Maraisa. Só que o Léo era meu filho e eu teria que protegê-lo com tudo que fosse possível, e assim também protegeria a Maraisa.
Ainda não entendi o por que de a Isabela ter falado que quando Maraisa teve Léo ela estava triste e depois ficou feliz. Seria uma coisa que eu só conseguiria compreender se eu conversasse com ela. Só que eu não podia, não por enquanto. Por enquanto era arriscado demais.
Hoje iriam entregar o documento pra morena que eu não conseguia tirar na minha cabeça e que hoje temos um vínculo que nos uniria pra sempre, e hoje mesmo eu voltaria pro Brasil pra ficar.
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