Irreplaceable | Sariette

Inesperado

Minutos antes...

Gigi Hadid tinha sido clara ao enfatizar que desejava dar pompa, esplendor e destaque à Juliette no desfile. Todas suas roupas tinham sido confeccionadas à mão, com rendas douradas e pratas, pérolas e diamantes reais. O primeiro look que Juliette entraria era um belíssimo vestido verde e dourado longo, estilo tomara que caia, com uma fenda esplendorosa na região direita. Segundo ela, realçaria em sua totalidade o Brasil e suas matas extensas, fonte de riqueza e honra para o país.

O segundo era ousado, Hadid tinha escolhido uma lingerie branca de renda, com um véu longo ornando sua cabeça. Dando um tom de sensualidade e dualidade do mistério e da pureza intrínseca. A lingerie também contava com uma cinta liga belíssima dourada.

O terceiro traje que Juliette experimentaria seria um mini vestido dourado com um tamanho all gold. A escolha foi por se tratar de um poder que a morena conseguiria realçar e repassar, ornamentado e harmonizado com suas jóias.

O quarto e penúltimo traje era uma lingerie preta rendada, parecida com o segundo look, com exceção do véu que seria substituído por uma coroa. Juliette também desfilará com luvas da mesma cor nas mãos e anéis de brilhantes.

O último traje era o esperado vestido azul marinho longo, rendado com detalhes prateados, brilhante, tal como ela é. O que se aproximava da cor brasileira, fora o famigerado verde e amarelo. Sutil, elegante, poderoso, catastrófico na melhor hipótese. E todos os looks seriam acompanhados por saltos diversos, mas sempre altos, que enlaçam suas pernas. Com exceção do último, que era um Passion Diamond, produzido e vendido exclusivamente em Dubai. Completamente dourado, revestido de ouro e custando um milhão de euros.

— Mon cher, teremos apenas três minutos para a troca de roupas e acessórios, me entendeu? Por favor, não quero que corra. Mas, assim que você for, pose, dê o seu melhor e retorne imediatamente para mim.

— Entendi, Piê. — Ela suspirou, tocando nas mãos do homem — Andar em linha reta, cabeça erguida, pernas cruzando na mesma linha reta.

— Isso. — Ele sorriu satisfeito, tocando em seu rosto — Entendi o porquê amam você, mon cher. É difícil odiá-la.

— Pietro. — A voz ecoou no rádio — Nossas jóias chegaram.

— Mande subir. — Ordenou, aguardando impacientemente.

— Amiga, não se preocupe. Já deu certo, meu amor. — Lara cochichou em seu ouvido, deixando um beijo em suas têmporas — Você é a mulher mais linda do mundo.

— E se eu cair, Lara?

— Ei, não vai. Não se preocupe com isso. Você não vai cair, não vai tropeçar. Ok? Relaxa.

Assim que Lara findou de proferir aquelas palavras, a porta foi aberta. Cinco homens engravatados, de óculos escuros e smoking preto, adentraram com maletas cor de prata e o brasão da A.R.C | JEWELRY no centro. Pietro se adiantou em colocar cada maleta em cima da mesa de vidro que estava no canto, agradecendo aos seus empregados pelo ato.

— Está pronta? — Ele batucou os dedos nas maletas, aguardando o acenar positivo da paraibana — Voilá.

O francês abriu maleta por maleta, revelando jóias autênticas e brilhantes, mas tão brilhantes, que eram capazes de ofuscar os olhos de quem as vissem.

— Pietro, elas são...

— De verdade, mon cher. Algumas valem mais de um milhão de dólares! — Ele soltou um riso de ganância e esplendor — Viu, ma reine? Você nos beneficia, nós te beneficiamos.

— Cinco minutos para iniciarmos. — A voz falou no rádio, tirando ambos de um transe.

— Cada maleta é destinada para cada roupa, mon cher. Então, por ora, você fica com essa gargantilha, esses anéis e essa tiara de diamantes.