35. Oi.

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— Em nome de Deus, eu, Luke Hills, tomo você, Hannah Brown, para ser minha esposa, para ter e manter a partir de hoje, no melhor e no pior, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença, para amar, cuidar e respeitar, até que sejamos separados pela morte. Este é meu voto solene. — Luke abriu seu sorriso ao repetir a frase, colocando a aliança no dedo de Hannah e depositando mais um beijo, agora em cima da aliança.

— Em nome de Deus, eu, Hannah Brown, tomo você, Luke Hills, para ser meu marido, para ter e manter a partir de hoje, no melhor e no pior, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença, para amar, cuidar e respeitar, até que sejamos separados pela morte. Este é meu voto solene. — Hannah colocou-a também em seu dedo, retribuindo o seu sorriso.

— Pelo poder que me foi concedido, eu os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva. — O pastor sorriu por fim. Hannah e Luke se aproximaram e pude ver a mão do homem encontrar a cintura de Hannah. Ele a puxou mais para perto e depositou um beijo delicado nos lábios da mulher, que fez com que todos comemorassem eufóricos.

A música começou a tocar novamente e agora Hannah e Luke caminhavam pelo tapete vermelho enquanto os convidados batiam palmas alegremente.

As crianças saíram atrás dos noivos, em seguida Alice e Jack, seguido por James e Mary, as madrinhas e padrinhos. Até que eu me aproximei do tapete vermelho vendo que Henry estendeu o braço para mim. Eu entrelacei nos dele, sem rodeios. Não o encarei nos olhos, mas abri um sorriso verdadeiro enquanto atravessava o tapete vermelho. Atrás de nós, a daminha seguiu finalizando a cerimônia.

(...)

Passamos mais ou menos uma hora tirando as fotos em família. Eu precisei ficar ao lado de Henry em muitas delas, mas isso não foi um grande desafio e ele não parecia tão distante agora. Quando fomos liberados das fotos, me sentei juntamente com as meninas ainda vendo que os recém-casados tiravam as fotos.

Eu peguei algo na mesa que julguei ser bom, enquanto analisava o lugar ao meu redor. Era realmente magnífico.

— A cerimônia foi linda. Eles são perfeitos um para o outro. — Kate comentou.

— Eles exalam mais química que qualquer personagem dos meus livros! — Aurora complementou.

— Eu os adoro. — Eu abri um pequeno sorriso, observando Hannah e Luke fazendo caretas para uma das fotos. — São incríveis e já passaram muita coisa juntos... é bom vê-los felizes.

— Luna Hopper? — Um moço de terno com um radinho e uma câmera em mãos se aproximou de nossa mesa.

— Sim? — Me virei para ele, com um sorriso amigável.

— Eu gostaria de perguntar se deseja dizer algumas palavras aos noivos em uma pequena homenagem. — Ele retribuiu o sorriso. — Será quando eles adentrarem o salão, tudo bem para você? — Eu assenti. Seria ótimo dizer algumas palavras a eles. — Siga-me. Venha para a posição porque daqui a dez minutos eles estarão aqui dentro.

Caminhei até onde ele havia dito, vendo que era uma espécie de pista de dança pois era livre e algumas luzes coloridas brilhavam para todos os lados, como uma balada. Notei que Henry estava parado ao lado do moço que estava responsável pelo som.

— Se posicione ao lado dele, que ainda preciso convocar mais algumas pessoas. — Eu assenti devagar, encarando aqueles olhos profundos que ainda tinham poder sobre mim, sobre as minhas emoções. Caminhei lentamente em sua direção, vendo que ele também sustentava o seu olhar a cada passo que eu dava. Quando parei ao seu lado e abaixei os olhos, escutei um sussurro.

— Oi. — Foi apenas o que disse.

— Oi. — Foi apenas o que eu respondi.

Um clima tenso se instalou entre nós, até que Jennie, Oliver e Madelyn se aproximaram de nós, rindo de algo que julgavam engraçado.

— Que perfeitos, gente! — Jennie levou a mão ao peito, talvez falando ainda da cerimônia.

— Eu precisei me segurar muito para não derramar minhas lágrimas. — Ele ergueu o envelope caso caia um cisco no seu olhos e mostrou o lencinho intacto.

O meu eu precisei até jogar fora de tão molhado que ficou.

— Na entrada dos meus filhos eu já estava chorando. Viu como meus pequenos se saíram bem? — Madelyn juntou as mãos a boca, orgulhosa.

— Eles foram incríveis! — Jennie comentou. Ela parou ao meu lado, abrindo um sorriso radiante. — Luna! Está linda, meu bem!

— Fala aí, Henry. — Oliver comprimentou o menino. — Luninha. — Ele logo em seguida apertou a minha mão.

— Oi amores! — Foi a vez da mulher mais velha.

— Estão aqui para a homenagem também? — O homem perguntou.

— Sim. — Respondi, sorrindo.

— Essas coisas me dão um nervoso! Imagina só eu erro alguma palavra. — Madelyn fez uma careta quando uma voz muito alta tomou conta do ambiente.

Por favor, uma salva de palmas para o senhor e a senhora Hills! — Luke e Hannah adentraram o salão com as mãos dadas, dando vários pulinhos enquanto corriam. Os convidados aplaudiam fazendo barulhos até mesmo com a boca.

— Para celebrar essa união, separamos uma surpresa impressionante para o casal! — O mesmo homem que me chamou alguns segundo atrás, declarou no microfone. — Pode fazer as honras, Luna. — Ele declarou, estendendo o microfone na minha direção.

Eu tenho quase certeza que meu rosto estava tão vermelho que poderia ser comparada a peppa pig naquele momento. Fiquei ainda mais nervosa quando as luzes se apagaram e uma luz branca, bem forte, mirou em mim.

— É... — Tentei puxar o máximo de ar que consegui, depois o soltei pela boca, na tentativa de tomar o controle do meu corpo. Eu sorri. — Boa noite a todos. — Ouvi mais alguns gritos antes de prosseguir. — Eu não sei bem como começar isso, então por que não começar pelo início de tudo? O dia em que conheci Hannah e acreditei fielmente que ela era uma mulher amargurada e solitária. — Os convidados gargalharam. — Mas sabe... essa mulher amargurada e solitária só precisava de um abraço, um lugar para fugir quando tudo estivesse mal, alguém para se apoiar e despertar sua forçar interior. Ela só precisava disso. E Luke foi isso. Ele surgiu no momento mais crítico da vida de Hannah, mostrando a ela que o amor que sentia, era suficiente para vencer qualquer obstáculo. E Hannah surgiu na vida de Luke mostrando que ele também precisava se sentir seguro. — Eu suspirei, evitando olhar para os olhos curiosos de Henry. — O que eu quero dizer é que o amor de vocês dois é puro e inspirador. Olhando para vocês, vejo que não importa o que venha, vocês irão vencer juntos, pois o amor de vocês sustenta qualquer coisa. — Vi os seus sorrisos. — Eu os admiro muito. Eu os amo muito. E eu desejo que vocês possam ser imensamente felizes. Que Hannah possa aguentar os dramas e sensibilidades de Luke. — Pude ouvir mais risadas. — E que Luke possa aguentar a insensibilidade de Hannah. — E mais uma vez, riram. — Mas vejo que a palavra certa não é "aguentar" já que até mesmo as imperfeições vocês aprenderam a amar. Desejo tudo de bom... — E assim, terminei o meu discurso ouvindo as palmas ecoarem pelo salão.

O Amor NÃO Pode Curar IIOnde histórias criam vida. Descubra agora