10. Fetiche Universitário

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Han tinha caído no sono antes mesmo de ver Minho voltar para a cama. Quando acordou, já pela manhã, foi só para encontrar o outro devidamente de banho tomado, já subindo a calça social pela tatuagem da coxa e escondendo a cueca branca.

Hummmmmmmm... — o mais novo murmurou preguiçoso, esticando os braços e pernas antes de ficar de bruços e mirar Lee silenciosamente. Nossa, que visão logo pela manhã. Se o paraíso fosse assim, já queria ser levado.

— Acordou, Bela Adormecida? — levou dois minutos para colocar a camisa azul clara e arrumá-la. Dobrou as mangas até os cotovelos e vestiu o cinto logo na sequência.

Que horas são? — perguntou molenga, bocejando demorado.

— São seis e cinco — colocou o relógio no pulso, abotoando-o.

E aonde você vai tão bonito cedo assim? — questionou ainda lesado de sono, sem realmente pensar no que estava falando. Ganhou uma olhadela cômica do mais velho, que se aproximou para sentar na ponta da cama.

Vou jogar dominó com a terceira idade ali na praça. Hoje tem campeonato, vale vaga na final.

Quê? Sério? — o tom saiu confuso. Dominó, àquela hora?  Se bem que velhinhos acordavam cedo, mesmo.

— Claro que não, né. Eu tenho uma reunião no primeiro horário e tenho que terminar de ler aqueles artigos, porque alguém resolveu me atacar no meio da noite.

— Hum... — Jisung virou-se para o outro lado, aninhando a coxa ao travesseiro sobressalente. Sem arrependimentos.

Minho tombou e cobriu o corpo menor, beijando seu pescoço até mergulhar o nariz nos fios escuros da nuca do gatinho manhoso.

Você está virando essa bunda pra mim de propósito? — alisou a perna esguia sobre a calça que, no caso, era sua mesmo. O moreno tinha ficado sem a cueca por conta do ocorrido durante a noite e teve que emprestar uma calça de Lee novamente.

Talvez — o sorriso foi de agrado ao sentir os dedos deslizarem daquele jeito pelo próprio corpo.

Quando eu te pegar você vai ficar dolorido uma semana — avisou em seu ouvido e deu um tapa ardido no traseiro redondinho, voltando a ficar de pé. — Preciso ir, mas você pode ficar aí até acordar direito. Depois me entrega a chave na faculdade. E não se preocupa com o Miau, ele está com a minha vizinha de cima — colocou a gravata de tom azul marinho e deu um nó prático, ajeitando-a para abaixar o colarinho da camisa no instante seguinte. — Tem leite, cereal, torrada. Fuça lá que você acha — o cabelo foi ajeitado rapidamente e, por fim, pegou a carteira para enfiar no bolso. — Tchau — despediu-se breve, ganhando um gemidinho alheio de protesto nem mesmo meio segundo depois.

— Assim? — Han jogou-se para o lado, olhando para Minho de onde estava.

— Assim o quê? — parou na soleira da porta.

— Só tchau? Sem mais nada?

Minho cruzou os braços.

— E o que é que você quer? Fogos?

Jisung olhou para cima, falsamente pensativo, depois voltou a encarar o mais velho.

— Você é foda— Lee declarou e recuou alguns passos, apoiando a mão ao lado da cabeça de Han para acertar seus lábios mornos em um beijo silencioso. Ao ver mais uma oportunidade imperdível de atacar, o universitário sorriu e tentou puxá-lo pela gravata para a cama de novo.

Que cheiroso... — e perfumado, bem vestido, parecendo uma miragem logo pela manhã.

— Não, nem pensar, eu tenho hora — desvencilhou-se com dificuldade, uma vez que Jisung parecia determinado a mantê-lo ali.

Miau, passa no débito | MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora