6. Só não vá se apaixonar

2.7K 310 375
                                    

[Esse capítulo contém trechos +18]

Jisung entrou no banheiro e encostou a porta, dando uma passada de olho por cada um dos poucos detalhes ao seu redor. Bom, se a casa toda era extremamente sucinta, o banheiro não seria diferente. Lee com certeza era bem organizado, o estudante já havia reparado. Suas coisas estavam disposta em notável harmonia, bem diferente da zona que era a própria casa. Não que fosse sujo nem nada disso, só não era muito bom no quesito ordem, embora pudesse encontrar qualquer coisa no meio de sua bagunça organizada.

A luz morna e amarelada sobre o balcão da pia permanecia acesa e o espelho ainda estava embaçado do banho que o outro tinha acabado de tomar. O cômodo estava até mesmo quente. Han tirou a calça e a camiseta, deixando-as no primeiro canto que encontrou, ao lado das torneiras.

Por fim, empurrou a cueca para baixo e abriu o chuveiro. Quando finalmente entrou embaixo da água morna, fechou os olhos em um murmúrio de alívio. Depois de um dia tão longo, aquilo era tudo o que queria. Talvez Lee estivesse certo, andava muito tenso e precisava relaxar. Sentir a água escorrer pelo corpo era uma benção. A intenção inicial era esquecer da vida por alguns segundos e esforçar-se para soltar os nós dos músculos, contudo aquele lugar tinha o cheiro de Minho, deixando cada poro de seu corpo atento. A essência do sabonete estava misturada ao shampoo e ainda tinha um toque do incrível perfume.

Além disso, imaginá-lo naquele mesmo lugar sem qualquer peça de roupa, lavando o próprio corpo e secando-se com a toalha macia era um filme e tanto. Jisung já havia entrado no banheiro um pouco sensível pelo toque entre as pernas, mas os estímulos dos próprios devaneios estavam causando um efeito incontrolável.

Hum, devia ser muito bom transar com Minho embaixo do chuveiro.

Ai, não!

"Pensa em outra coisa! Pensa em outra coisa!"

Tarde demais.

Acabou espalmando a mão no vidro embaçado e olhou para baixo. Estava oficialmente excitado e nem tinha coragem de negar. Quanto mais tentava ignorar, pior ficava. Merda, só podia ser brincadeira. O universo não cansava de colocá-lo nas situações mais constrangedoras possíveis?

Duas opções: ou dava um jeito naquilo através do bom e velho método manual ou ligava a água fria. Por um lado, não queria ser o tarado que saía do banheiro vergonhosamente duro pelos próprios pensamentos. Por outro, banho frio àquela altura soava como uma tortura, por mais desesperado que estivesse.

Contraiu os lábios.

Pensando de forma prática e racional, não levaria muito tempo para se aliviar, seria rápido e o faria em silêncio. Talvez até conseguisse durar mais no sexo e Lee jamais tomaria conhecimento de seus atos profanos no pequeno cômodo do apartamento, bastava ser cauteloso.

Certo, era o melhor a se fazer. Decidido, levou a mão livre até o membro molhado e agarrou-o, iniciando uma masturbação lenta e libertadora. 

Enquanto se tocava, deixou que a água do chuveiro batesse apenas na região das costas, descendo pelas nádegas e acariciando as suas panturrilhas antes de perder-se pelo chão. O cheiro de Lee estava por todos os lados, inclusive da toalha usada pendurada ao seu lado, o que era um detalhe notável que ajudava a atiçar a sua imaginação.

Conseguia pensar nas mãos firmes agarrando pelas pernas, na boca molhada deslizando pelo seu pescoço, nos corpos escorregando um contra o outro. Imaginou até mesmo o sabão correndo pelo contorno da tatuagem perfeita de Minho como se fosse uma obra de arte cinematográfica, em um close magnífico da coxa farta e grossa.

Han precisou segurar o gemido quando idealizou que seria bem fácil Lee tomá-lo naquelas condições. Até conseguia sentir-se sem ar contra a parede, pedindo por mais enquanto ele... ah. Subiu mais a mão sobre o vidro e puxou a toalha estendida em um reflexo.

Miau, passa no débito | MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora