Capítulo 18

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– O que tá acontecendo? – Eu sussurrei, nervosa.

– Aquela merda ia explodir se o sistema de segurança tivesse falhado. – Ele rosnou, socando a mesa de massagem no meio da sala. – A primeira coisa que eu pensei foi em você, em como vocês três ficariam se acontecesse alguma coisa comigo.

– Charles...

– Foi a primeira vez em que eu pensei em sair do automobilismo.

– Essas coisas acontecem. – Eu tentei confortá-lo tanto quanto possível, estava ficando mais nervosa a cada palavra. – É pra isso que existe um sistema de segurança. Você tá bem, não tem nada que importa mais que isso.

– Depois que eu bati, eu só conseguia pensar em correr de volta pra cá e te ver.

– E eu estava aqui, não estava? Como vou sempre estar.

– Merda, meu psicológico deveria estar melhor que isso.

– Você sofreu um acidente, Charles, não é irracional se sentir assim.

Seus olhos levantaram até os meus, eu segurei a respiração. Com uma intensidade que eu não via nele normalmente, uma de suas mãos segurou o meu pescoço e me puxou para ele. O beijo foi firme, disparando mais hormônios pelo meu corpo que a batida em si. Leclerc me apertou contra a mesa de massagem primeiro, usando a força das mãos para me colocar sentada nela depois e abrindo minhas pernas até se encaixar ali.

Lembrava muito a nossa primeira noite juntos, cujas consequências eu aparentemente iria carregar comigo para o resto da minha vida. Em Singapura, no entanto, ele estava sendo muito mais carinhoso que ali. Não era tesão, era adrenalina mesmo. O estresse todo se diluía em um beijo que estava longe de acabar.

– Alguém pode encontrar a gente aqui, Charles.

– Foda-se. – De novo, ele estava rosnando. – Eu preciso de você.

As mãos correram ao botão da calça, abrindo-a de imediato e puxando tudo com força até escaparem pelos meus calcanhares. Eu chutei para longe meus tênis junto com a roupa. Charles baixou o macacão mais um pouco, o suficiente para se libertar. Em cima da maca, eu ficava ligeiramente mais alta que ele, então compensei a diferença colocando o meu quadril exatamente na beirada. Levou segundos até eu me sentir preenchida de novo.

Leclerc tampou a minha boca com uma mão, enquanto segurava firme na minha coxa com a outra. Uma investida mais forte fez a maca ranger. Seus olhos nunca estiveram tão escuros quando naquela sala minúscula. Ele segurou as minhas pernas e fez com que eu envolvesse sua cintura com minhas coxas. Normalmente, Charles estaria me provocando, testando até onde poderia chegar, mas a pressa era tão clara quanto óbvia.

A fricção entre nossas peles me levou ao limite. Um gemido quase escapou, sua mão apertou mais a minha boca. Deitando a cabeça no meu ombro, seus lábios foram até o meu pescoço, deixando beijos que precederam uma mordida. O primeiro botão da minha blusa social abriu, Leclerc desatou o segundo e o terceiro também. Sua língua percorreu uma certa distância entre um dos meus seios e o meu pescoço, a sensação parecia uma lâmina pronta para me cortar.

Joguei a cabeça para trás em um reflexo. Estava quente ali, mesmo com a climatização do ambiente em ordem. Meus músculos todos se contorceram quando ele atingiu um ângulo específico. Eu queria mais, inconscientemente. Agarrei seus ombros e, resistindo à vontade de ceder, ergui meu quadril mais ainda.

– Ainda não. – Charles sussurrou no meu ouvido. – Não vai gozar ainda.

– Por favor... Leclerc... Eu preciso gozar, porra.

– Vai gozar quando eu quiser ver você gozar.

O barulho do lado de fora era alto, mas não o suficiente. Eu mordi meu lábio até sentir o gosto de sangue, contendo um grito. Seu braço me puxou mais perto ainda. Cada investida era tão forte quanto no começo, mas os movimentos eram curtos. Nós estávamos próximos demais, não havia área suficiente para que Charles se movesse. Isso não significava que ele não estava enterrado fundo em mim.

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