"A vida te faz de doido. Idiota. Otário. Mas, lá na frente você vai agradecê-la. Por te deixar preparado."
Talita S. Santos
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Alisson
Meu pai cobriu o rosto com as mãos.
— Pai?
— Isso não tá acontecendo. — Sussurrou, papai respirou fundo e sorriu. — Por que não saimos daqui e vamos a uma pizzaria?
— Eu acho uma boa ideia! — Concordou Jace.
— Eu quero de peperoni. —Sorriu Lian.
Meu pai foi levantar e voltou a sentar.
— Alonso? — Preocupou-se Holand.
— Estou bem, acho que estou com fome é só isso.
Holand o pegou da mão e nos levantamos pra ir embora. Não pude deixar de notar que meu pai a olhou enquanto saiamos da festa. Fomos pelos fundos pra irmos pelo estacionamento, onde caminhavamos mudos.
— Alonso?!
Eu não to acreditando nisso. Me virei junto de todos vendo a mulher correr segurando o vestido.
— Vamos embora pai! — Falei o puxando pelo pulso. — Por favor?!
Ele me seguiu, mas ela correu e nos alcansou.
— Alisson.
— Pare de me chamar pelo nome eu não a conheço! — Rosnei com a raiva borbulhando.
— Você não pode me tratar assim.
— Ela pode te tratar como ela quiser! — Rosnou meu pai. — Perdeu o direito sobre ela quando nos deixou pra trás e simplismente sumiu e olhe só pra você . . .
— Eu o quê? Eu poderia estar com você até hoje, mas você não quis.
— Eu não quis? Você está se ouvindo falar? Você sumiu Caralho, desapareceu e apenas deixou uma carta dizendo meia duzia de palavras porque sua ambição era maior do que o amor.
— Não me casei por amor, eu queria uma vida boa e tudo o que você queria era ficar numa cidadezinha mediucre e ganhar a vida como professor, com todo aquele dinheiro do seu pai, nenhuma mulher aguentaria o que aguentei.
— Eu te dei o suficiente, eu queria que nossa filha, aliás, nossa não, minha filha crescesse em um ambiente calmo e tranquilo, com pessoas de verdade a nossa volta, com liberdade e. . . e quer saber? Eu consegui, eu dei tudo do que Alisson precisava, ela não precisou de você nenhum minuto da vida dela, porque PORRA Sabine, enquanto você estava dando o golpe do bau em outro otario, construindo uma familia eu estava chorando com medo de errar com minha filha, eu estava me perguntando o que eu fiz pra ser deixado pra trás, eu não era digno de amor? Eu fui um mendigo uma vida inteira, nasci mendigando amor, primeiro de meus pais e depois de você, senhor, que ódio de você.
— Deu? Já acabou seu chilique de bixa?!
— Respeita o meu pai sua cobra nojenta! — Rosnou Elle.
— Olha teve tempo de ter mais uma filha? Parece que não passou tanto tempo assim chorando. . .
— Cala essa maldita boca! — Falei. — Cala essa maldita boca, você não tem o direito de nos procurar, não tem o direito de nos dirigir a palavra. Volte lá pra dentro e seja feliz com sua vida perfeita, com seus filhos perfeitos, porque eu tenho a minha familia perfeita, eu tenho tudo o que preciso e você não esta inclusa nisso.
— Vamos Sogro, está perdendo seu tempo! — Disse Jace o puxando pro carro.
— Seu irmão quer te conhecer! — Disse ela quando me virei.
— Já o conheci, Adeus Sabine! — Falei lhe dando as costas e entrei no carro ao lado da minha irmã no banco de trás.
Jace entrou e esperou Holand sair na frente para o seguirmos.
— Lian, aperta o play por favor? — Pedi.
— Claro!
Começou a tocar Bob Marley e comecei a cantar em voz alta, Elle me acompanhou e quando percebi estavamos todos sorrindo e cantando.
"Could you be,could you be, could you be loved?"
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Jace
Foi tudo tão tenso, mas Alisson faz tudo melhorar mesmo enquanto ela está se quebrando. Na pizzaria comemos muito, contamos piada e voltamos pra casa, meu sogro foi pra casa de Holand. Alisson pediu ajuda pra tirar o vestido e entrou pra baixo do chuveiro, eu sabia que ela desmoronaria a qualquer momento. Tirei a roupa e entrei e a abracei. Alisson começou me beijar e pulou na minha cintura.
— Preciso tanto de você! — Sussurrou ela passando a boca por meu pescoço e lá estava eu de pau duro pronto pra ela.
Eu a entendo, ela quer esquecer, nem que seja por um momento. A segurei contra a parede e entrei naquela bucetinha molhada e escorregadia, rosnei satisfeito com seus gemidos. Estava quase gozando quando tirei meu pau e me abaixei Alisson sorriu quando passei suas pernas por meus ombros e a lambi ate que gozasse em minha boca. A soltei e ela me presenteou chupando e lambendo meu pau até eu gozar em sua boca. Sorrimos um ao outro e terminamos de tomar banho juntos, deitei sem camisa e Alisson deitou em meu peito, me aquecendo por dentro com seu carinho. À envolvi com meus braços.
— Cada palavra que meu pai disse foi como se saisse de dentro de mim.
— Deve ter cido muito duro pra vocês dois.
— Foi, não sei porque cargas d'água o universo resolveu brincar conosco dessa maneira.
— Acho que é pra encerrar um ciclo, principalmente porque você tem irmãos e o mais velho quer ter algum tipo de contato.
— Eu . . . — Ela respirou fundo. — Eu não sei se quero ter algum tipo de contato com nada e ninguém ligado a ela. Mesmo sendo meu irmão.
— Não estou defendendo ninguém, mas eles não tem culpa. . .
— Eu sei, e isso é o que me da mais raiva. Custava ela ter terminado com meu pai, custava ela ter dito na cara dele, olha eu não vou continuar casada com você, mas temos uma filha e eu quero seguir acompanhando sua vida mesmo de longe?
— Pelo visto custava.
— Eu me senti um lixo por muito tempo sabe, até entender que meu pai sempre foi tudo que eu precisei, eu sempre escondi minha dor atrás da música, atrás das cores, coisas fofas amenizam qualquer coisa ruim que eu sinta.
— Eu te entendo completamente, porque você é a minha coisa fofa e colorida que ameniza e sana minhas dores.
— Ow Jace, você é uma das pessoas mais especiais da minha vida e eu. . . eu tentei ser apenas sua amiga, mas você é o fogo que acende a minha braza. O sol que aquece minha pele e nossa, quando estou com você. . . eu não consigo nem explicar o que sinto direito de tão bom que é.
— Amo você! — Falei com a voz embargada pelo nó de emoção que aquelas palavras me trouxeram e a puxei pra um beijo.
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Teen FictionAlisson é o tipo de menina que se da bem com todo mundo, eu já disse todo mundo? pois é só que por ser extrovertida demais ela acaba sendo tratada como a bobo da corte quando vai para uma nova escola onde as pessoas não são como em sua antiga cidade...