17 - INTERMINAVEIS DEZ MESES.

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Depois de todo o acontecido, eu só queria que aquilo tudo terminasse e eu fosse dispensado logo, eu iria sair pelo portão sem olhar pra trás e nunca mais voltaria. Eu ja estava tão traumatizado com tudo naquele quartel que não suportava mais olhar nem para as paredes do alojamento. Os dias passavam lentamente e eu desesperado para completar logo o periodo mínimo de trezentos e noventa e seis dias e pode sair logo.

Cerca de uma semana apos o ocorrido com o Tenente Braga, ele me chamou no gabinete, eu, revoltado com tudo mas fazendo cara de paisagem, fui só pra ver no que ia dar aquela conversa:
- A vontade Soldado! Eu preciso lhe falar três coisas importantes; Um; o General Dias Azevedo fez uma carta de recomendação a você para aceitação no ingresso ao posto de Sargento. Dois; É de suma importância para o exército Brasileiro que você aceite este convite, pois essa recomendação pode te levar longe na carreira militar. Três; - Também quero te pedir desculpas por tudo o que aconteceu por esses dias, fomos imaturos ao discutir daquela forma!

Fumegando em ódio mais que a propria caldeira do inferno eu dei minha resposta:
- Bem, aqui vai minha resposta e espero não ter que repetir. Um; - Eu vim parar neste buraco de lacraias por um unico e simples motivo: Fui obrigado por uma lei arcaica a me apresentar nessa palhaçada, então minha resposta ao cargo e a patente é um grande, estrondoso e sonóro não! Dois; É de suma importância que eu me mantenha distante dessa sugeira toda, antes que eu coloque minha boca no mundo e denuncie as pataquadas que acontecem aqui dentro, independente de ser indicado e recomendado por um general, isso aqui pra mim fede a bosta! Três; Pegue suas desculpas e as enterre você sabe onde. Eu não me dirijo a covardes para falar a não ser que em situações como esta, eu seja obrigado a me dirigir a um! Otimo dia!

Quando eu ia saindo da sala, putasso da vida, o Tenente Braga deu um soco na mesa e gritou;
- Não ouse me virar as costas, Lucianno! Eu sou o seu superior imediato, exijo respeito!
- Respeito? Hahahahaha Respeito onde? Você sujou sua farda e sua patente quando se acovardou em viver um sentimento verdadeiro e virou as costas pra tudo o que eu sentia. E você quer exigir respeito de mim? O respeito é uma via de duas mãos, tanto vai quanto vem. Essa via entre nos foi interditada. Não houve respeito comigo, então não espere que eu te respeite. Farei o que você me mandar nas ordens praticas, mas esqueça de mim fora do manual de ordens, Tenente Marcelo Souza Braga!

E batendo a porta, eu sai da sala pronto pra matar um! Quando voltei para o alojamento no final do dia, havia um bombom e um bilhete em cima da minha cama. O Bilhete dizia o seguinte:

"- Abra teu coração, eu quero entrar!  Fazer a faxina e arrumar a bagunça que o infortunio deixou, acender nele a chama da esperança e te amar com a intensidade de quem desde o principio te amou!"

Não deixe a rotina militar endurecer o coração que você tem. Adorei nosso encontro; Leandro M. Penacco.

A Declaração foi linda, mas eu estava tão cego pelo ódio que apenas comi o bombom, deitei e dormi.
No outro dia pela manhã, eu ja estava esperando o chamado pra higienizar a fossa septica ou para arar o campo de treinamento cavando trincheiras, mas recebi um memorando lacrado da sala do general, quando abri, era uma carta do Marcelo que dizia o seguinte;

Querido Lucianno;
Quero te dizer que relevei tudo o que você me disse ontem e, em nome dos nossos bons tempos, não irei desferir nenhum castido em forma de ordem a você. So gostaria que você me entendesse e se colocasse no meu lugar. Me doi muito me distanciar de você, mas é o que eu preciso fazer... Não gostaria de ser a decepção do meu pai, por isso prometi me casar e ter filhos pra continuar com os genis da familia.

Espero que um dia você me perdoe.
Com carinho e muitas saudades; Ten. Marcelo Souza Braga.

Eu ate pensei em enviar a seguinte resposta:
- Você escolheu não ser a decepção de um homem morto? Parabéns! Você matou a chance de ser feliz.
Mas não respondi nada, decidi que o desprezo seria a melhor resposta. Continuei nos meus afazeres enquanto o dia passava. No final do dia, eu fui ao vestiario, tomei aquele banho caprichado e em seguida fui me encontrar com o Leandro na clareira. Ele estava lindo, cheiroso, com uma rosa na mão e assim que eu cheguei, ele me beijou apaixonadamente, eu retribui o beijo e sorri, me senti amado novamente, mas o tesão aquela hora estava gritando e eu, de pau duríssimo não tive como esconder a ereção.

Me vendo de barraca armada, Leandro Penacco riu, pedi desculpas a ele tentando esconder o volume com as mãos, mas ele pegou minhas mãos, colocou nos ombros dele e abriu meu zipper bem devagar, turando meu pau pra fora, em seguida ajoelhou-se olhando nos meus olhos e colocou a boca na cabeça do meu pau, encolindo ele inteiro. Fui a delirio na hora... Ele sabia como chupar o pau de um homem. Alguns minutos depois ele parou, fechou minha braguilha e me perguntou;
- Quer continuar em outro lugar?
- Quero!
Ele me colocou no carro e saimos da clareira direto para um motelzinho na Rodovia. Chegando no quarto, ele tirou a minha roupa, em seguida a dele. Que corpo lindo o Leandro tinha, era um mixto de cuidado com o corpo e o principio da maturidade que me encantaram. Ele me deitou na cama e se deitou por cima de mim me beijando e me acariaciando com aquelas mãos grandes, de repente, ele se deitou do meu lado e pediu para penetra-lo de ladinho, quando eu coloquei o cacete dentro dele, um urro alto tomou o quarto, mas ele nao me deixou tirar de dentro dele.
Gozamos feito dois animais!

Me apaixonei pelo Cap. Penacco!

DESEJO CAMUFLADOOnde histórias criam vida. Descubra agora