19 - O JANTAR.

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Chegando na casa do Leandro (Uma bela casa, por sinal) ele segurou na minha mão para entrar na casa. Só que ao entrar na casa tomei um susto; Os pais, irmãos e amigos dele estavam na sala. Tentei soltar da mão dele mas ele segurou forte e disse;
- Acalme-se, estamos entre familia!
E virando-se para a familia ele me apresentou;
- Gente, quero que vocês conheçam meu namorado, o Lucianno!
Imediatamente todos se levantaram pra me cumprimentar.
- E um prazer conhece-lo, Lucianno!
Disse seu Agenor, pai do Leandro.
- O Leandro não fala em outra coisa a não ser no quanto você faz ele feliz. Indagou dona Dorothea, mãe do Leandro!
- E aí cunhado? Bem-vindo a Família! - Me disse Leon, o irmão caçula.
- Não estranhe, aqui todos somos felizes e a verdade sempre prevalece! - Afirmou Letícia, a irmã mais velha.

Em resumo, o que eu achei que fosse uma noite com muita sacanagem e putaria rolando solta entre nós dois, acabou virando um jantar em familia, onde fui muito bem recebido e acolhido por todos.

Ao final daquele jantar maravilhoso, eu me preparei pra me despedir de todos e ir embora, porém, Seu Agenor e Dona Dorothea pediram para que eu dormisse lá na casa, na hora eu fiquei sem jeito, mas o Leandro disse que eu ficaria e que dormiria no quarto com ele e pra minha surpresa, eles aceitaram numa boa. Se fosse ao contrario, e eu levasse um homem pra casa e o apresentasse como namorado, ou eu ia dormir em baixo da ponte ou no hospital. Meu pai era extremamente homofóbico.

Quando fomos pra cama, ao contrario do que eu imaginava, o Leandro deitou-se ao meu lado, aconchegou a cabeça no meu peito e logo dormiu. Eu, tarado que sou, ja estava imaginando mil coisas e de pau duraço, porém o dia foi cansativo e logo eu também dormi.
Na manhã seguinte, acordei com o Leandro chupando o meu pau bem lentamente, e com uma delicadeza que dava gosto, em seguida, ele tirou a cueca e passou a perna por cima do meu corpo, meu pau entrou de uma vez no cuzinho apertado dele e eu senti cada milimetro invadindo aquele orifício. Ele rebolava e remexia de uma forma fantastica enquanto tampava minha boca e me encarava com carinha de pidão. Não demorou muito e eu enchi aquele rabo de leite. Assim que terminamos, nos levantamos e fomos tomar um banho, e eu percebi o quanto o Leandro Penacco foi injustiçado pelo Marcelo. Eu não conseguia enxergar nada do que o Marcelo falou no Leandro. Ele era companheiro, dedicado, preocupado e muito carinhoso.

Ao sairmos do banho, nos secamos, nos vestimos e saimos do quarto para a copa, onde uma linda mesa de café estava posta, eu estava muito sem graça.  Aquela casa mais parecia uma mansão e aquela mesa parecia coisa de filme. Eu me sentei ao lado do Leandro e cumprimentei a todos na mesa, estava me sentindo em um comercial de margarina, todos sorridentes e muito solícitos e principalmente a vontade com a nossa relação amorosa. No inicio dos anos dois mil, isso ainda era tabú pra quase todas as familias do Brasil.
- E vocês, se conhecem a quanto tempo?
- A sete meses, mãe!
- e estão juntos desde então ou é recente?
- É recente, Seu Agenor, mas quero que tenha certeza de que farei do seu filho o homem mais feliz do mundo!
- Olha Cunhado, meu irmão ja anda sentindo essa felicidade a uns dois meses. Ele fala muito de você nas folgas e até comprou um porta-retratos pra colocar sua foto na cabeceira da cama dele.
- Ah Leon, poh! Você conseguiu me deixar com vergonha na frente do Lucianno!
- Leh, para com isso! O Lucianno te ama e você ama ele, e ponto final. Nos somos os Penacco, entre nós não tem isso de vergonha em admitir sentimentos não hein?!

Aquela foi uma manhã muito gostosa, todos eles fizeram de tudo pra me deixar a vontade e eu me senti feliz, ao contrario do que sentia no quartel. Eles estenderam o convite e me convidaram a passar o fim de semana com eles e eu aceitei prontamente. Ja não me sentia feliz daquela forma a algum tempo e ali tudo mudava de figura. Liguei para os meus pais e Surpresa! Eles viajaram sem me avisar, eu ia bater com a cara na porta...

Quando chegou a tarde, o Leandro me convidou pra jantar com ele em um restaurante alí perto. Fiquei sem graça, mas aceitei. Separei uma roupa legal, um perfume bacana, me arrumei todo e fomos jantar.
Aquele jantar seria o ponto alto do dia no meu relacionamento com o Leandro, mas quando chegamos no restaurante, o Marcelo estava lá, jantando com uma garota estranha.
- Vamos para outro restaurante? Perguntou Leandro, preocupado com o que poderia acontecer.
-Não, meu anjo! Vamos jantar aqui mesmo! O Marcelo é pagina virada na minha historia.
Mesmo achando melhor procurarmos outro restaurante, o Leandro concordou em ficar ali mesmo. Nos sentamos e fizemos o pedido, e começamos a conversar. Eu realmente tinha virado a página e esquecido que ja tive um passado com o Tenente Braga, mas acho que ele não havia virado a página do livro dele, que ao me ver com o Leandro, ficou com os olhos cheios d'água.

Jantamos, conversamos e pagamos a conta para sair dalí. De facto, nossa noite estava maravilhosa, apesar da presença do Marcelo. Quando saimos do restaurantes pra pegar o carro com o Valet, o Marcelo sai do restaurante furioso da vida e começa a gritar pelos quatro ventos;
- Eu te amava, Lucianno. Te amava de verdade a ponto de desistir da promessa que fiz para o meu pai no leito de morte dele, mas agora eu ví que pra você eu fui um passa-tempo, né? No primeiro piscar de olhos, você me trocou por esse Jippe Militar antigo aí!
A minha paciência foi de Cem a zero em milésimos de segundos e a minha resposta foi o estopim para dias infernais no Quartel.
- Você agiu como uma bichinha medrosa quando o seu pai pediu pra você se casar e ter filhos! Agora vai se casar e ter filhos e quando sentir necessidade de rola, vai procurar nos banheiros publicos como os entustidos costumam fazer! Comigo você não vai mais ter isso, aliás pra você apenas o que você merece, Tenente Braga; O meu despreso!

DESEJO CAMUFLADOOnde histórias criam vida. Descubra agora