28 - A RETA FINAL.

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Quando faltavam quinze dias para a formatura, um sentimento de comemoração tomou a todos. Trabalhávamos mais alegres, cheios de intusiasmo e com animo inigualável. Finalmente estavamos na reta final para continuar com nossas vidas depois do alistamento e do serviço militar. Eu tinha certeza de que eu ja não era mais o mesmo Lucianno Prado do primeiro dia no quartel. Nesses doze meses e dezesseis dias, muita coisa aconteceu e eu mudei em todos os aspectos.

Durante a Segunda feira da penultima semana, o Cb. Silveira, o Soldado Lammar e eu conversamos muito e refletimos sobre tudo o que nos aconteceu desde que nos conhecemos. Estavamos saindo dali com uma amizade sólida, e tudo começou com uma transa. O amadurecimento era uma realidade.

Eu contava as horas para ver o meu noivo, o Capitão Penacco no fim de semana, tinhamos programado um passeio em familia para a proxima folga. Tudo estava indo muito bem, mas como diz o ditado; Alegria de pobre dura pouco! Na quinta-feira o General Dias Azevedo me chama até o gabinete pra conversar.
- Soldado Praddo. Precisarei de você este final de semana. Você sera nosso condutor da formatura deste Batalhão.
- General, eu?! Eu sou apenas um soldado.
- No que depender de mim, em breve você sera Cabo, depois segundo Sargento, depois Primeiro Sargento, depois Tenente...
- Me perdoe General, mas eu não vou querer seguir carreira Militar.
- Pensa, rapaz. Seu futuro esta aqui dentro... Preciso que você faça as honrarias da formatura, além disso, o Sargento Olivedo vai vir tirar suas medidas para a farda de gala. Preciso que fique este final de semana no quartel para providenciar tudo.
- Sim senhor!

Sai do gabinete mais pra baixo que pau de aposentado. Liguei para o Leandro informando que eu não ia e para ele curtir bastante a familia dele.
- Mas por que não, amor?
- O General me escolheu pra fazer o discurso de formatura. Eu vou ter que ficar aqui no quartel preparando tudo, sem contar que um sargento vai vir tirar minhas medidas para fazer a farda de Gala! Vai curtir sua familia, gatão! Fica tranquilo, eu vou ficar bem.
- Amor, você também é minha familia, vou falar com meu tio... Te amo, gatão!
- Também te amo, meu principe!

Assim se foi mais um dia...
Naquela semana também vi coisas atípicas no quartel, como a mãe do Marcelo dando escândalo na porta do quartel quando descobriu que o Marcelo tinha sido internado em uma clinica de repouso apos um surto psicotico, o Irmão do Soldado Lammar visitando o quartel e chamando o Cb. Silveira de cunhado.
Aquele fim de semana foi amargo... eu fiquei sozinho no quartel, decorando um discurso pra formatura no proximo final de semana.

No sabado pela manhã, chegou um militar com umas caixas e se apresentou:
- Bom dia Soldado Prado! Sou o Sargento Olivedo e vim tirar suas medidas a mando do General Dias Azevedo.
- Bom dia Sargento. Ele me informou sobre sua visita. Vamos para o Alojamento, la fica melhor pra tirar as medidas.
Quando chegamos no Alojamento ele deu a ordem.
- Tire sua roupa, soldado. Eu preciso tirar todas as medidas. Temos pouco tempo e muito trabalho.
- Sim Senhor!
Eu tirei a roupa toda, ficando nú em pelo. Quando o Sargento viu meu corpo, ficou espantado. Eu tirava a roupa e o pau ja ficava duro, era instintivo. Pedi desculpa ao Sargento, ele disse que não havia problemas e começou a tirar as medidas. Quando ele se ajoelhor pra tirar o comprimento da perna, senti algo molhar a cabeça do meu pau, de repente, o pau inteiro estava molhado de saliva do sargento. Ele começou a me mamar insanamente, a principio eu ia impedi-lo, mas aquilo soou como uma vingancinha pessoal contra o quartel. Um militar de patente mamando um soldado razo, quem diria. Deixei ele matar a vontade ate encher a boca dele com leite. Quando eu gozei, ele se levantou e tirou o cacete pra fora... Um cacete enorme, grosso e cheio de veias. Tive que mamar também. Quando eu abaixei ele me pediu pra fazer um Meia nove. Nos chupamos simultaneamente ate gozarmos um na cara do outro. Foi uma loucura. Ele terminou de tirar minhas medidas e foi embora e eu fiquei no alojamento delirando depois daquela mamada alucinada.

No Domingo eu me levantei da cama um pouco mais tarde, fiz minha corrida e em seguida voltei pra tomar café. Quando cheguei no rancho, o Tenente Braga estava sentado na mesa com um olhar perdido. Me sentei ao lado dele e tomamos café juntos.
- Eu sei que te machuquei muito, Lucianno. Isso vai me torturar pelo resto da minha vida.
- Vai te torturar por que?
- Por que eu feri a unica pessoa que me amou de verdade e que eu amei também.
- Marcelo, para de bobagem, logo você encontra alguém pra ser feliz e te fazer feliz. Mas antes de pensar nisso, você precisa cuidar da sua saúde mental.
- Sozinho eu não consigo.
- Você não está sozinho. O Leandro e eu vamos te apoiar.
- Eu te liberto desse fardo, te amo e quero que você seja feliz, mesmo que não seja comigo!
- Eu também te liberto, Marcelo! Te liberto dessa culpa que esta te consumindo e que se você não reagir, ela vai acabar te matando. Reage meu amigo!
- Sabe Lú, eu tomei uma decisão; - Vou largar a carreira militar. Isso aqui não me faz bem a muito tempo, no dia da formatura, eu também vou embora. Recomeçar é um ato de coragem.
- Sim... de muita coragem e ombridade! Fico feliz por você!

Aquela tarde foi mais leve, finalmente haviamos nos libertado um ao outro desse laço que antes nos unia e que agora nos sufocava. Saimos daquela conversa melhores, o Marcelo mais leve e até sorrindo, e eu sai daquela conversa com a sensação boa de dever cumprido e de paz no meu coração. Uma paz que a tempos eu ja não tinha mais, mas que veio de visita e a partir daquele momento, voltou a fazer morada no meu peito!

DESEJO CAMUFLADOOnde histórias criam vida. Descubra agora