22 - ATENÇÃO, PELOTÃO; SENTIDO!

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Fatavam seis semanas para a formatura, eu ja estava morrendo de saudades do Leandro e ansioso por estar terminando esse inferno de periodo de convivência militar. Não sei como o Brasil aguentou viver vinte e um anos sob um regime militar...
Eu estava cansado de tantas tarefas humilhantes depois de ver a verdadeira face do Marcelo Braga. Mesmo assim, fazia calado. Quantas vezes eu imaginei dando-lhe aquela surra de deixa-lo de cama por seis meses, mas tentava não pensar nisso para não enlouquecer. Apenas mais seis semanas; quarenta e cinco dias, e tudo vai acabar, eu vou poder seguir minha vida em paz sem me preocupar com essa palhaçada...

No inicio da segunda feira da semana de numero quarenta, fui convocado pelo General Dias Azevedo para a mesa diretora do Exercito. O erro de brigar com quem não tem nada a perder, é que quem não tem nada a perder vai jogar merda no ventilador as Toneladas.
- Soldado Prado, te convoquei aqui por que preciso de exclarecimentos.
- Sim, General, em que posso ajudar o senhor?
- Eu recebi denúncias por parte do Tenente Braga a respeito de comportamento sexual irregular por parte do Senhor e de outros soldados. Quero que me confirme isso.
- Eu confirmo, senhor...
NESSA HORA, UM SORRISINHO CÍNICO SURGIU NO CANTO DA BOCA DO TENENTE BRAGA.
-... inclusive, o proprio Tenente Marcelo de Souza e Braga pode confirmar isso, não é, tenente, a final, ele foi minha mulher aqui dentro durante nove meses, até eu descobrir quem ele realmente era e não ceder mais aos desejos dele, ai começaram as represalias, serviços baixos para me humilhar diante da tropa, inclusive ameaças. O Senhor assume estes crimes, Tenente? Ja que estamos em uma mesa diretora, a verdade seja dita; - O Tenente Marcelo de Souza e Braga, molestou sexual e moralmente o soldado, hoje Cabo Leonel Silveira a ponto do Cabo ter que ser socorrido por medicos fora daqui para esconder as lacerações no seu ânus. 
- Mentira! O Soldado Prado esta mentindo pra me encriminar, ele quer me fuder, General!
- Quero não, ja te fudi e você pediu mais! Nove meses... Além de tudo o que disse, eu também descobri que o Tenente Braga organiza orgias e chama até soldados dos outros braços das forças armadas. Pergunte aos soldados sobre a reunião do BRAÇO DE GUERRA, general, eles vão contar tudo.
- Desgraçado mentiroso! Eu nunca faria tais atrocidades!
- Eu ja ouvi o bastante. Soldado, dispensado. E quanto a você, tenente, quero explicações urgentes...

Saí da mesa diretora e voltei ao meu trabalho, era bom que me distraia a mente e ajudava o tempo a passar rapido.

No fim da tarde, fui novamente chamado pelo General para uma conversa particular, mas como eu ja estava indignado, chamei o Soldado Lammar e o Cb. Silveira. Fomos os três de encontro ao General que nos recebeu em seu gabinete e fez novamente a pergunta.

- General, trouxe aqui os dois soldados que também foram vitimas do Tenente Braga, inclusive ele me proibiu de sair do quartel até a formatura com medo de que eu contasse para seu sobrinho, Capitão Penacco, tudo o que aconteceu pra não chegar até seus ouvidos.
- Com mil diabos! Será possível que não se pode confiar em ninguém nesse quartel? Você a partir de agora está sob minha proteção e os dois soldados também. Amanhã, apresente-se no gabinete para continuar o trabalho até a formatura! Dispensados!

Enquanto saíamos do gabinete do General, fomos abordados pelo Tenente Braga, visivelmente transtornado, ele partiu para cima de mim, chorando e me esmurrando,  o Cb. Silveira e o soldado Lammar tentaram segurar, mas não conseguiram, só esperei ele dar o primeiro soco, e assim que ele fez, eu me enchi com toda a raiva que eu estava dele e o cobri na pancada, bati tanto que o deixei desmaiado no chão.
O General Dias Azevedo que havia assistido tudo da janela do gabinete decidiu afastar o Tenente Braga por tempo indeterminado. A grande surpresa foi que ele me nomeou como responsavel pelo Pelotão até a formatura!

Entrei em Pânico quando ele me informou sobre sua decisão, me pediu para levar as minhas coisas para o alojamento privativo e para me preparar para ser nomeado oficialmente o Tenente interino.
No outro dia logo pela manhã, o general reuniu todos no patio e informou sobre o afastamento do Tenente Braga para cuidados psicologicos e psiquiatricos e me empossou do comando do Batalhão.

No inicio da tarde, eu estava no gabinete cuidando de uma papelada para o General, quando batem a porta;
- Com Licença, posso entrar, tenente?
- Capitão Leandro Dias Penacco! Que surpresa em vê-lo! O que te traz até o nosso Quartel?
- Saudades dessa rola grande grossa e reta!
Quando eu me levantei da cadeira, meu pau ja estava tão duro que parecia que ia arrebentar a calça. O Capitão Penacco tirou o Quepe, ajoelhou e tirou meu pau pra fora, passando levemente a lingua por toda a sua extensão até chegar no meu saco, depois voltou, e me chupou com tanta vontade que eu gozei em menos de cinco minutos. Ele se levantou com a boca cheia do meu leite, engoliu e perguntou se eu estava satisfeito.
- Obvio que não! Te quero inteiro!
- Então vem comigo, hoje é sexta e dia de folga.
- Vamos para onde?
- La pra casa! O Tio Azevedo vai jantar com a gente!
- Tá maluco? Seu tio General vai jantar com vocês e quer que eu vá?
- Claro! Eatamos namorando, né?
- Sim, mas seu tio não sabe, né?
- Relaxa amor... Eu contei pra ele a duas semanas.
- O quê?!
- Eu contei pra ele. Ele ficou contente por nós. Meu tio é Durão aqui, mas é super compreensivo. Mas antes de irmos jantar la em casa, vamos passar naquele motelzinho? To com muitas saudades de você. A gente passa lá, mata um pouquinho das saudades e depois vai jantar, o que acha?
- Ah Leandro, serio, to com medo!
- Medo de que?
- Medo de seu tio me perseguir depois de confirmar que estamos juntos.
- Fica tranquilo. Você não vai reconhecer o tio Azevedo!

Fomos para o Motel, metemos feito dois touros e gozamos feito dois cavalos de raça.

DESEJO CAMUFLADOOnde histórias criam vida. Descubra agora