06 - ARANHA CARANGUEJEIRA

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Desde meus seis anos de idade, eu sofro de Aracknophobia nível cinco (Talvez o mais alto nível de trauma.) Por conta do ataque de uma ARANHA ARMADEIRA que picou o meu braço enquanto eu brincava no sítio dos meus avós. A partir desse dia, desenvolvi um trauma muito forte de aranhas independente da espécie.

Acontece que durante uma folga no quartel, em uma conversa entre amigos, eu revelei essa fobia, mal, sabia eu que minha vida iria se tornar um inferno naquela mesma semana. O CB. Silveira estava ouvindo a conversa e decidiu colocar sua vingança em prática, ele havia tomado ódio pela minha cara, e eu pela dele também.

Acontece que na manhã seguinte, ele se embrenhou no matagal de treinamento o dia todo, e no final da tarde voltou com várias caixas de sapato. Eu nem desconfiei de nada e continuei na minha, até que de noite, após o banho, eu fui para o alojamento e quando ia me deitar, lá estava a vingança do Silveira, com suas oito pernas, nove olhos e muito pelo urticante. Na hora que eu vi aquela aranha negra em cima da minha cama, eu travei, não conseguia nem respirar de tanto medo, meu coração acelerou e os meus sentidos começaram a sumir, até que o Bruno entrou no alojamento e viu a aranha imensa em cima da minha cama. Imediatamente ele a matou com um cabo de inchada e me tirou dali pra me socorrer.

Depois que os lençóis e o colchão foram trocados, me levaram de volta, mas naquela noite eu não consegui dormir. Sentia algo andando pelo meu corpo. (Minha mente me prefando peças). La pelas onze da noite, eu estava em pé na porta do alojamento, assustado e com tremedeira como se estivesse no meio de uma geleira apenas de cueca. Por sorte, o Marcelo tinha se levantado pra tomar água e me viu pela janela.

- O que está acontecendo, Prado?
- Aranhas, Tentente. Eu tenho trauma de aranhas, e hoje tinha uma imensa aranha em cima da minha cama.
- Aqui é normal. Estamos em um quartel.
- Mas aquela aranha foi posta de proposito em cima da minha cama. Eu deixei o cobertor dobrado nos pés da cama e quando voltei, ele estava estendido para cobrir e esconder a aranha.
- Isso é grave. Venha. Hoje você vai dormir no meu quarto.

Por incrivel que pareça, naquela noite, não aconteceu nada entre o Marcelo e eu; apenas os beijos e abraços e dormimos de mãos dadas.

No dia seguinte, logo pela manhã, o Bruno e o Ricardo vieram em minha direção assustados.

- Luciano, acho que descobrimos quem colocou a aranha na sua cama.
- Quem, Ricardo?
- o Silveira.
- É verdade. Fomos buscar as ferramentas no Paiol e vimos ele saindo de la, quando entramos, vimos varias caixas de sapato com varias aranhas dentro.
- Sim, ai nos seguimos ele e vimos ele caçando aranhas no bosque e colocando elas dentro de caixas.

Enquanto eles me contavam, o Marcelo chegou. Ouvindo tudo ele deu a ordem;

- Rapazes, eu quero que vocês peguem essas caixas com muito cuidado e levem para o rancho do celeiro. Eu vou fazer uma surpresinha para aquele filho da puta do Silveira. Imediatamente eles obedeceram a ordem do Tenente Braga, que parecia estar possuido de tanta raiva.

Assim o dia passou, e no final da tarde tomamos banho e fomos para o refeitorio. Todo mundo ja estava sentado quando o CB. Silveira chegou, com um sorrisinho maquiavelico no canto da boca me olhando, enquanto os meninos me seguravam para que eu não voasse nele.

A janta começou a ser servida e todos fizemos a fila, porém o Tentente Braga surgiu com uma panela na porta do refeitorio, chamando a atenção de todos.

- Atenção todos vocês, muita atenção! Hoje um de nossos soldados tera um banquete digno do Rei da Mongólia. Ontem durante a noite, um de nossos soldados foi surpreendido por um presente inusitado que este outro soldado deixou em sua cama. Nosso "Heroi" resolveu pregar uma peça no soldado colocando na cama dele uma Caranguejeira gigante, mesmo sabendo que este soldado tem Aracknofobia e que poderia morrer de parada Cardíaca por causa dessa brincadeira.

Ao ouvir isso, o CB. Silveira arregalou os olhos e ficou estático enquanto o Tenente Braga continuou.

-... quando eu descobri sobre o caso, fui pesquisar e acabei vendo este soldado saindo do paiol com caixas de sapato nas mãos. Mas por que? Eu entrei no paiol e vi mais de vinte caixas, cada uma com uma aranha dentro, então decidi ir atrás do soldado e vi ele caçando mais aranhas para a sua coleção de sustinhos. Ah, mais eu não ia deixar barato não, ia? Eu decidi fazer uma iguaria que é muito apreciada na Tailândia e na Mongólia e até descobri que essa iguaria é um prato digno dos reis Mongóis! Cabo Silveira, hoje, você vai comer uma comidinha de rei, o Guizado de Aranhas!

Quando o Marcelo colocou no prato do Silveira aquele monte de aranhas cozidas no vapor, quase todo mundo saiu do refeitorio se contorcendo em ânsias de vomito, ja o Silveira foi obrigado a ficar e eu, a testemunhar o castigo. Em suma, eu assisti ele a comer aquele prato bizarro.

Naquela noite, enquanto o silveira vomitava e chorava, Marcelo e eu assistiamos a cena com um sentimento neutro... 

Ao sair dali, Marcelo me chamou para passar a noite com ele. Ao chegar no quarto dele, Marcelo tirou toda a minha roupa e beijou cada centimetro do meu corpo, me deixando com um tesão absurdo, meu pau parecia que ia explodir de tão duro que ficou! Ele chupava meu pau com força, e eu estremecia de tanto tesão, em seguida, ele me deitou na cama e deitou-se ao meu lado e encaixou o meu pau na bunda peludinha e branquinha dele... Cada rebolada que ele dava era um gemido meu que fui a extaze naquela noite. não demorou muito e eu gozei dentro dele que me beijava enquanto sorria e dizia pela primeira vez: - Eu te amo!

DESEJO CAMUFLADOOnde histórias criam vida. Descubra agora