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Capítulo não revisado.

~

Acordei cedo no dia seguinte. Manjiro tinha avisado que teríamos a manhã livre, mas que de tarde precisava dos executivos com ele, então imagino que eu não esteja incluída nesses planos.

Ainda não tinha visto Rindou desde ontem, e não sabia como seria nosso tratamento ou se teria algum climão agora que o efeito da bebida já teria passado, então o máximo que eu pudesse evitar contato, eu evitaria.

Tomei um banho e me vesti, como iria ficar apenas em casa, coloquei uma calça branca com um tecido mais levinho e confortável, junto de uma blusa tomara que caia em um tom de verde pastel, junto de um chinelo slide no mesmo tom.

Como imaginei que não teria ninguém acordado naquela hora, fiz a conversão da hora e julguei que Ayumi não estava mais na escola, aproveitei e liguei para falar com Kiyoko, que atendeu logo em seguida e passou o telefone para que eu falasse com a pequena.

– Oi? Meu amor! Como você está?

– Mamãe! – Respondeu animada, me tirando um sorriso sincero. – eu estou com saudades! Quando você volta?

– Ainda não sei, princesa. Mas prometo que não demoro muito, certo? – Prendi o celular entre a orelha e o ombro, começando a passar um café.

– Certo. – respondeu convicta, Kiyoko tinha uma personalidade forte, mas não de forma mal-educada, o que me fazia rir por perceber que ela seria uma mini versão minha.

– Aqui tem vários brinquedos legais, sabia? Vou levar um para você quando eu voltar. O que você quer?

– Eu quero um "gogomelo".

– Um cogumelo? Tá bom gatinha. Mas só se você se comportar viu? A titia vai estar me contando tudo.

– Eu me comporto muito bem! A titia Hina, da minha escolinha, diz que sou uma das melhores alunas.

– Estou orgulhosa de você. – Eu sabia que ela estava mentindo, a professora jamais iria comparar as crianças na frente delas, mas apenas concordei. – Mas meu amor, agora tenho que ir viu? Estou muito ocupada agora. Mais tarde te ligo de novo, amo você.

Ela me respondeu e então desligou a ligação ela mesma. Sorri, colocando o celular em cima do balcão e voltando a passar o café.

– "meu amor", "amo você"... está falando com seu namorado? – Ouvi a voz de Rindou e me assustei, dando um pequeno pulo.

– Ai que susto! Não faz isso comigo! – Coloquei a mão no peito, sentindo meus batimentos cardíacos aos poucos se tranquilizando. – A quanto tempo está aqui ouvindo minha conversa, senhor?

– Não muito tempo, ouvi apenas essa parte, fique tranquila. – Respirei aliviada, ainda não queria que ninguém ficasse sabendo da minha filha. – Você não respondeu a minha pergunta. Era seu namorado?

– Não, não era. Estava falando com um familiar meu. – Respondi de forma um pouco seca, fugindo desse assunto. Ao finalizar o café, coloquei em uma xícara para mim, adoçado com açúcar. – Aceita?

– Sem açúcar, por favor.

Coloquei o seu café em outra xícara, entregando para ele e me sentando na mesa de café da manhã que ficava do lado de fora do apartamento, e pude sentir Rindou vir atrás de mim, se sentando em minha frente com um sorriso de lado.

– Espero que tenha dormido bem. – Falei sem olhar em seus olhos, ainda sentia um pouco de vergonha por ontem.

– Na verdade, dormi meio mal. Fiquei a noite inteira pensando em um ocorrido de ontem, não gosto quando não consigo terminar algo que havia começado.

𝐋𝐨𝐯𝐞 𝐟𝐫𝐨𝐦 𝐨𝐭𝐡𝐞𝐫 𝐥𝐢𝐯𝐞𝐬 - Rindou HaitaniOnde histórias criam vida. Descubra agora