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Haruchiyo estava na cozinha fazendo a maior bagunça pra fazer um simples ovo mexido. Estava apenas de bermuda e um robe enquanto se afundava em café e vez ou outra deixava um biscoito em formato de palito na boca, servia para enganar o cérebro dele pelo costume de estar sempre com uma maconha na boca.

De início, ele queria pelo menos se liberar para o uso da maconha, ele até tinha argumentos muito convincentes falando que era apenas uma planta e que era natural, mas dava brisa do mesmo jeito e poderia servir de recaída para drogas mais pesadas, então decidiu que nem maconha usaria mais.

– Você está ridículo com essa roupa. – Hanma novamente o perturbava.

– Ridícula é aquela sua cueca de onça, coisa escrota.

– Já estão brigando essa hora da manhã? Já não basta a noite inteira? – Falei ao chegar na cozinha com Rindou, dando um abraço de bom dia em cada um.

– Esse satanás desse Hanma que está me tirando do sério.

– Sanzu, pelo que eu ouvi da discussão ontem, o Hanma não está totalmente errado, você se mexe demais dormindo mesmo.

Rindou nos olhou de lado enquanto enchia dois copos de água, vez ou outra, esquecia que já tínhamos dormido juntos.

– Viu, e ele ainda teve a coragem de me empurrar da cama.

– Está mais que certo. Tem hora que ninguém te aguenta. – Peguei o copo de água e arrastei Rindou para outro cômodo, plantando a semente da discórdia e saindo.

– Saber que você já dormiu com o Sanzu me atormenta até hoje.

– Eu dormi, não transei. E não começa a falar de coisas que fizemos na época, você sabe que fez pior.

– Você hoje está na energia de jogar verdade na cara de todo mundo, hum?

– Sempre fui assim, vocês que não perceberam. – Eu estava com uma expressão seca e ele percebia, me puxou pela cintura pra perto dele, me abraçando.

– Mas hoje você está diferente, parece estar estressada. Aconteceu alguma coisa? – Deixou um beijo em minha testa antes de eu me afastar.

– Não. – Provavelmente era apenas TPM, eu costumava ficar insuportável de chata, nem eu mesma me aguentava.

Rindou também imaginava que fosse, então apenas não insistiu no assunto e me deixou quieta na minha, já estava acostumado com isso.

Assim que os outros acordaram, fomos todos tomar café da manhã juntos, Haruchiyo comeu mais uma vez só para poder nos acompanhar.

Iriam embora antes do almoço ainda, a grande maioria ali tinha alguns compromissos, mas disseram que voltariam logo em breve, não queriam novamente passar tanto tempo afastados.

Me despedi das meninas com mais atenção, afinal, eu acabei criando um laço mais forte com elas do que com os outros.

Prometi enviar um convite de casamento para todos eles assim que estivessem prontos e a data já estivesse estabelecida.

De início, eu queria um casamento mais simples e privativo, apenas com as pessoas mais próximas, mas eu não usaria um vestido de mais de um milhão de dólares em um casamento com apenas vinte pessoas em média.

Kiyoko ficou super chateada por seus novos amigos estarem indo embora tão rápido, o que era normal, desde que parou de frequentar a escola, não conviveu com mais nenhuma criança.

Ela abraçou os dois com força, os esmagando em seus pequenos bracinhos. Ela só era alguns meses mais nova do que os gêmeos, o que era bom, pois puderam desenvolver uma amizade com mais facilidade.

𝐋𝐨𝐯𝐞 𝐟𝐫𝐨𝐦 𝐨𝐭𝐡𝐞𝐫 𝐥𝐢𝐯𝐞𝐬 - Rindou HaitaniOnde histórias criam vida. Descubra agora