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Capítulo não revisado.

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Meu corpo inteiro doía, sentia como se tivesse um elefante em minhas costas que me impedia até de me mexer. Minha cabeça latejava de tanta dor e sentia que podia vomitar a qualquer momento.

Abri os olhos, vendo que o elefante que eu sentia era apenas o Haruchiyo que estava deitado em cima de mim, me prendendo ali embaixo dele e que quase bloqueava a minha respiração, ele era bem pesado.

Felizmente, conseguia mexer um dos meus braços, já que o outro estava completamente imóvel e dormente pelo peso acima dele. Com o braço livre, comecei a bater nele, me debatendo para ver se ele acordava.

– Sai, sai, sai!

– Só mais 5 minutinhos, Mikey...

Ele resmungou, se agarrando ainda mais em mim. Novamente, me debati tentando o empurrar, o empurrando com mais força do que antes porque eu realmente precisava ir para o banheiro. Juntei toda a força que eu não tinha e consegui o afastar. Ele resmungou, se movendo novamente na cama, ocupando ela quase que por inteiro enquanto se agarrava a um travesseiro.

Parei em frente ao espelho aproveitando que meu enjoo tinha dado uma amenizada, eu estava péssima. Minhas olheiras estavam fundas, sentia minha pele toda pegajosa por conta da bebida que havia grudado ali, minha saia já estava quase toda levantada e minha blusa estava presa somente a uma alça, ao menos eu estava vestida, era sinal que nada de mais havia acontecido.

Novamente senti aquele líquido quente subir até minha garganta, corri para o banheiro, vomitando tudo o que eu tinha bebido - e usado - no vaso sanitário, vomitei tanto que sentia que todos os meus órgãos tinham saído para fora ali.

Aproveitei para tomar um banho gelado para despertar, me enrolei em uma toalha e voltei para o quarto. Meu celular estava jogado pelo chão e descarregado, mas acho que nem havia o levado para a festa. Coloquei no carregador para conseguir o ligar, e assim que o liguei, algo me chamou atenção: o horário.

Já se passavam das 15:00, tínhamos perdido mais da metade do dia. Nisso, comecei a bater em Haruchiyo para ver se ele acordava, e depois de quase 3 minutos tentando "reanimar" o de cabelos rosas, ele abriu os olhos com dificuldade.

– O que foi porra?

– Já são quase quatro da tarde, levanta! – Ele arregalou os olhos, levantando da cama em um pulo. – E vai tomar um banho que você tá podre. Tem toalha nova no armário do banheiro.

Ele sorriu malicioso, vindo em minha direção com os braços abertos e me agarrando em um abraço, me sufocando com aquele cheiro de bebida impregnado no seu corpo. Comecei a o bater para ver se ele desgrudava de mim enquanto segurava com a minha vida a toalha em volta do meu corpo para que ela não caísse.

– Gosto tanto de você.

– Sai, inferno!

Então ele saiu rindo em direção ao banheiro do quarto. Enquanto ele tomava banho, coloquei uma roupa qualquer, a mais fresquinha e leve possível, e fui até o quarto de Haruchiyo para pegar uma roupa para ele, já que o mesmo havia pedido de dentro do banheiro. Peguei qualquer coisa que eu achei pela frente, batendo na porta do banheiro antes de a abrir, com os olhos fechados com força.

– Tô entrando! Por favor, não esteja de pau pra fora.

Como não recebi nenhuma resposta negativa dele, imaginei que pudesse abrir os olhos. Me deparei com ele em frente ao espelho do banheiro, com uma toalha enrolada na cintura enquanto passava um creme no rosto, o meu creme.

– Você vai me pagar outro.

– Egoísta pra caralho você hein? A porra do pote está cheio e eu não usei quase nada.

𝐋𝐨𝐯𝐞 𝐟𝐫𝐨𝐦 𝐨𝐭𝐡𝐞𝐫 𝐥𝐢𝐯𝐞𝐬 - Rindou HaitaniOnde histórias criam vida. Descubra agora