2.6

365 46 25
                                    

Capítulo não revisado.

~

Ao chegarmos no luxuoso prédio de Kaneko, já colocamos disfarçadamente escutas em nós mesmos, era importante que Manjiro soubesse de tudo que estava acontecendo ali, apesar de não podermos ouvir o que ele falasse, então estávamos por nossa própria conta.

Entramos pela garagem, não havia nenhum tipo de porteiro ou segurança pela aquela entrada, era tudo digitalmente. Percebi todos os detalhes daquele lugar, poderia ser importante.

Descemos do carro e fomos até o elevador, percebi que haviam câmeras no elevador, provavelmente logo Takeomi já iria as hackear para termos uma maior segurança. Entramos em seu apartamento, era gigantesco.

– Sintam se a vontade, por favor. Querida, pegue uma bebida para nós. – Kaneko falou com a mulher que o acompanhava, aparentemente era alguém que ele mantinha algum tipo de relacionamento amoroso.

Ficamos naquela conversa fiada por longos 30 minutos que pareciam 30 horas. O celular estava no silencioso, mas pude ver uma ligação de Manjiro piscar em sua tela, seu celular estava comigo e esse era o sinal de que podíamos dar seguimento com o plano, o único problema é que não contávamos era com aquela mulher que estava junto, mas eu sabia bem o que teria que fazer com ela, infelizmente.

– Com licença, irei retocar minha maquiagem. – A mulher que o acompanhava disse, se levantando do sofá carregando sua bolsa.

– Eu vou ir junto, também preciso retocar a minha e será bom ter um papo de meninas, se permitir.

– Claro, pode vir! – Ela sorriu de forma amigável, eu estava com pena dela, não parecia ser uma pessoa envolvida, mas mesmo assim sofreria consequências como se fosse.

Caminhando até o banheiro pude perceber diversos quadros de Kaneko, grande parte deles com crianças. A mulher americana percebe meu interessante nas fotos, e vem até minha para me explicar sobre elas.

– Esses são os filhos deles, os amores da vida dele. Esse mais novinho aqui é o nosso Harry, lindo, não é? – Ela sorria orgulhosa ao mostrar seu filho, e quanto mais eu passava tempo com a mulher, mais pena dela sentia, mas era ela, ou eu.

– Sim, ele é adorável, achei ele a sua cara!

– Finalmente alguém dizendo isso, normalmente só falam que os filhos são a cara do pai, você vai ver isso quando tiver os seus. Vocês dois já tem planos?

– Temos sim, mas estamos esperando a hora certa, acho que talvez demore um pouquinho.

– Realmente, tem que pensar bem antes de ter filhos, é um trabalho e preocupação pro resto da vida.

Conversávamos no banheiro, e a cada segundo que passava eu hesitava em acabar com a vida daquela mulher, mas eu sabia que aquilo precisava ser feito, não dava para deixá-la viva.

Enquanto a mulher retocava sem batom, abri a minha bolsa que tinha a minha arma, e em uma distância segurança o suficiente para não respingar sangue em mim, atirei diretamente em sua cabeça. Uma sensação ruim de culpa percorreu pelo corpo ao ver a cabeça da mulher bater contra a parede com o impacto do tiro minutos antes de cair no chão que acabaria ficando ensanguentado em alguns segundos.

A arma tinha silenciador, não poderia sair nenhum barulho de tiro se não corria risco de todo o plano ir por água a baixo, mas aconteceu algo que eu não esperava. No momento em que o corpo da mulher bateu na parede e em seguida no chão, o barulho de batida foi um pouco mais alto que eu imaginava. Com certeza o Kaneko ouviria isso.

Momentos antes, Haruchiyo conversava com Kaneko, mal tocando em sua bebida para não correr risco de estar com alguma droga, apenas fingia vez ou outra e distraia o homem com a conversa, ele nem percebeu que o copo continuava cheio desde que sua mulher o entregou.

𝐋𝐨𝐯𝐞 𝐟𝐫𝐨𝐦 𝐨𝐭𝐡𝐞𝐫 𝐥𝐢𝐯𝐞𝐬 - Rindou HaitaniOnde histórias criam vida. Descubra agora